segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

[ 2008 are coming... ]

o último post do ano.
finalmente 2007 terminou, apesar de ter sido um ano que tive a impressão de que nunca ia começar.

não quero fazer balanço de coisas ruins e boas, não gostei de 2007 isso é fato.
e começo 2008 com esperança palpitante.

porém, coisas boas aconteceram em 2007, isso eu não posso negar. – o começo desse blog é um grande exemplo pra mim. e são nessas coisas boas que vou ater em minha consciência quando começarem a gritar 5... 4... 3... 2...

se fizermos a soma de 2 + 0 + 0 + 8 = 10. 1 + 0 = 1.
1 é começo. 1 é singular. 1 é ímpar.
eu espero para 2008 um ano de inícios e que seja inicio de coisas boas, só boas.

sem promessas para esse ano que inicia, juro que estou ansioso, mesmo porque meus planos já começaram, antes mesmo do ano acabar e eu tenho certeza que coisas vão mudar na minha vida, mudarão para melhor, é claro!

só prometo uma coisa: esse blog vai continuar insano – ou ainda mais. eu vou continuar sendo esse mesmo menino bobo que gosta de escrever que vocês conhecem, aqui ou em qualquer outro lugar, o mundo é grande e tem muita coisa hilaria ainda para acontecer.

aff. a inspiração está indo embora e eu estou começando a falar coisa com coisa, então é melhor terminar enquanto ainda existe coerência.

muito obrigado a todos que estiveram em meu blog durante todo esse ano.

é isso... que seja feliz [nosso] 2008.

sábado, 29 de dezembro de 2007

[história 092: - vamos almoçar?]

hoje eu fui na pseudo-cidade grande vizinha, pagar mensalidade do inglês, comprar umas revistas na banca [DOM e junior::2] enfim, essas coisas que da para se fazer por aqui.

próximo da hora do almoço, eu estava olhando uma vitrines, vendo umas bolsas e sapatos quando eu esbarro [literalmente] com um ex-affair. pedidos de desculpas e dez primeiros segundos de constrangimento, cumprimos e abraço tímido. conversamos, e a conversa rende, porque tinha quase meio século que nós não nos viamos, sabe quando você olha para a pessoa e pensa: "uau! ele melhorou desde a ultima vez, se fosse pra fazer um re-filmagem da sexy tape eu fazia"? é mais ou menos o que eu estava pensando enquanto ele falava de como a vida tinha mudado, vestibular, trabalho, blá blá blá etc e tal.

eis que venho o silêncio, aquele silêncio constrangedor.
eis que minha barriga deu um sinal de vida, ou melhor, deu um sinal de que estava perdendo a vida, sim senhoras e senhores minha barriga roncou e alto – ai que vergonha, nem meu corpo me respeita mais.

[rimos]

- acho que tem algo vivo dentro de mim – eu disse. [piadinha para aliviar meu constrangimento]
- vamos almoçar comigo? - ele sugeriu. mas antes que eu pudesse abrir a boca para responder – e eu ia responder sim. ele continuou: - vou comer uma buchada maravilhosa que vende um restaurante aqui pertinho, vamos?

buchada? pelamor de deus. alguém me solta um raio na minha cabeça.
pra quem não sabe buchada é uma comida típica aqui do nordeste, nada mais é do que o estômago do bode recheado com outras vísceras do animal e cozido por horas com milhões de temperos e ervas [um nojo].
quando ele me disse: "buchada!" me deu um arrepio frio que subiu do dedo mindinho passando pelo baixo ventre, estômago e garganta desaparecendo no mais cumprido de meus fios de cabelo e veio a ânsia de vomito isso tudo misturado à minha frescura.
misericórdia, pense vocês comer o estômago do bicho misturado com outras porcarias do próprio bicho, é nojento de mais – deus salve o vegetarianismo.

recusei o convite dizendo que tinha marcado com minha prima e tia que estavam rodando fazendo compras, fui embora deixando o mocinho visivelmente chateado, infelizmente buchada nem com o príncipe willian windsor, vou te contar...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

[história 091: de qual buraco você saiu?

[direto da era mesozóica. do tempo que eu dava aula de informática]

sala de aula minúscula, apenas quinze computadores e quase quarenta alunos, pra piorar a situação, porque desgraça pouca é besteira, eu estava dando aula pra quinta série, pensem nos demônios hiperativos, meus ex-alunos.

enfim, a conversa paralela estava ensurdecedora, eu já estava pedido deus uma sessão de depilação com cera quente no corpo inteiro ao invés de dar aquela aula.

cinco gritos de silêncio e nada. mandei meio mundo calar a boca e nada.

a voz dela se destacava no meio de todas as outras. repetente ela era "mãe" da sala, era quem incendiava o outros as fazer bagunça depois tirava o corpo fora.
eu olhei bem pra cara da filha da putinha e gritei, não um grito qualquer, foi um grito gutural:

- cala a boca fulana.

[silêncio total]

continuei: - de qual buraco você saiu criatura, que eu vou lá fechar pra nunca mais sair um igual a você?!

- ué, professor eu sair do buraco do pixeu de minha mãe.

com disse jackson jr.: "sutil como um elefante caindo na lama."

uma sala inteira explodiu em risadas. pensei: "toma coisa boa, quem mandou cutucar a onça com vara curta" o que eu fiz? ri também oras, depois lamentei o quanto professor sofre, vou te contar...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

[história 090: meu natal]

céu sem nuvens e salpicado de estrelas, noite de temperatura agradável e com uma brisa suave, era noite de natal. todos muito arrumados e bonitos, cabelos lavados e penteados, peles cheirosas e roupas novas, peru quentinho sob a mesa, arroz brando com passas e outras guloseimas, árvore cheia de presentes, tudo tão arrumadinho.
e veio a troca de presentes, palmas, risadas e abraços.
meia noite chegou, e trocamos abraços felizes, cumprimentos e desejos de boa sorte, os corações se enchiam da magia do natal.

hora do jantar, sentaram-se todos á mesa, mães faziam os pratos do seus filho, adultos conversavam enquanto bebiam vinho e todos sorriam.

meu primo que tem fala de ser o capeta em forma de humano e que faz jus à fama, veio e reclamou com a mãe que minha tia tinha colocado mais peru pra filha dela do que pra ele.

- larga de ser guloso rodolfo, come esse ai primeiro, depois você pega mais – disse a mãe do menino.
- é mesmo, ninguém tá reclamando só você, deixa de ser o problema – disse minha tia, a mãe que deu mais peru pra filha.
- não tem perguntei nada sua puta, cala a boca se não eu te furo com essa faca – disse meu primo pra minha tia. [bem sutil ele. ôh, que família feliz]

as cenas seguintes foi um tia enfurecida que pegou meu primo e deu uma rasteira num lindo golpe de capoeira [aprendido não sei como] deixando-o no chão, pegou um garfo sob a mesa e colocou tão próximo do olho do menino que dava agonia só de olhar e pisou no tórax dele com um lindo scrapim vermelho e disse:

- próxima vez que você me chamar de puta e disser que vai me furar, faça! ou eu quem vou fazer.

soltou meu primo e saiu triunfante, quase um guerreira valquiria nórdica, deu vontade de bater palmas, foi tão cinematográfico, mas preferi ficar queitinho no meu canto, menos arriscado.

e é assim que passamos nosso feliz natal, não a coisa melhor no mundo do que família, vou te contar...

sábado, 22 de dezembro de 2007

[história 089: mudanças drásticas de assunto]

estávamos nós dois conversando. ela em pé pegando roupas no guarda-roupas e eu analisava as combinações e a conversa fluía.

- jarbas, o que você acha dessa roupa?
- sinceramente não gostei.
- e essa?
- essa está legal.
- mas eu vou usar onde?
- usa no aniversário amanhã.
- não... muito simples.
- nem tá tão simples assim.
- dar o cu dói, não dói?
- o que menina?
- você não acha que dar o cu dói?
- uhm?
- aff. amigo até parece que é o fim do mundo.

[ risos ]

- prefiro não comentar.
- e o que você acha dessa calça?
- ué, mas não estávamos falando agora de cu?
- estávamos, não estamos mais.
- odeio essas mudanças drásticas de assunto.

...e segui-se mais um dia normal na minha vida, vou te contar...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

alô, chics!

sabe aquele livro que quando você termina de ler pensa: "já acabou?"

estou falando de alô, chics! de glória kalil, para quem acha que etiqueta é coisa pra patricinhas, dondocas, socialights, peruas e bicha fresca, você não sabe o quanto você está enganado, eu recomendo que leiam alô, chics!, pois é um livro bem-humorado, mesmo sendo uma espécie puxão de orelha em muita gente – tudo muito sutil, é claro.

é um livro dinâmico e com um ritmo gostoso, um livro informativo sem ser enfadonho é o tipo de livro perfeito para acabar com o stress do dia-a-dia. não dita, sugeri. não se resumi em dizer qual talher usar à mesa – na verdade nem de talheres fala, mas diz o quão é bom ser educado e generoso.

deixa claro que todos somos iguais mesmo não tendo tanto dinheiro ou freqüentando locais sofisticados, pode-se ter uma conduta civilizada até mesmo no churrasco na laje, porém em determinados trechos o livro dirigi-se para o um publico mais rico, contudo sem perder a essência da idéia de igualdade.

ter etiqueta, mas do que saber como lidar e sair-se bem de situações constrangedoras, é não causar constrangimentos aos outros, como a própria glória kalil diz: "ninguém é chic se não for civilizado"

leitura recomendada, vou te contar...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

[história 088: chove chuva, chove sem parar]

Você já teve a sorte de sentir o quão revigorante é um banho de chuva?
O céu estrelado começou a se fechar, vento e relâmpagos no horizonte eram os primeiros sinais de que possivelmente dali a algumas poucas horas [ou minutos] iria chover. Na rua todos olhavam o céu escuro, já passava das 22:30 e a rua foi ficando vazia de gente, mas eu permaneci no mesmo lugar.
E veio o primeiro pingo em minha testa, outro e outro, lembrei-me do celular que estava em meu bolso, a quantidade de pingos caindo aumentava a cada minuto, sem muito o que fazer, na esperança de salvar meu aparelho eletrônico da água [oh, tecnologia] sai correndo, como muitos faziam. Corria por puro praxe, todos sabem que quanto mais você corre mais você molha, porém mais rápido você chega, corri não para "salvar-me", mas para salvar o aparelho comunicador que não foi tão barato assim.
Quando em minha casa estava, blusa e bermuda salpicadas de água e pés molhados olhei pela janela. Na rua apenas a chuva caia tão forte e tão volumosa que eu não resisti. Coloquei o celular em cima da cama, calcei novamente as sandálias e sai correndo na rua sob os protestos de minha mãe, ouvi algo? Não!

Corri na rua livre, molhando meu corpo e roupas, nada mais importava, nada parecia ter valor, ali na rua eu e o mundo inteiro, eu e a chuva, molhando-me, lavando-me, tirando-me tudo quanto era coisa ruim.

Corri, não sei bem por que, talvez para me sentir liberto, escorreguei e cai na calçada de cerâmica, sorri. Brinquei feito criança, brinquei como nunca mais tinha feito, como nunca deveria ter parado de fazer. Sorri.

Caminhei por ruas que a muito não fazia, passei por lugares que não em interessavam outrora e a minha cidade assim molhada de madrugada parecia ter outra cara. Gradativamente a chuva foi parando e aquela sensação de nostalgia foi tomando conta e comecei a lembrar de coisas, de pessoas e momentos e tive certeza no caminho de volta para casa que viver era bom, mesmo que a vida não estivesse do jeitinho que nós imaginávamos, mesmo assim estar vivo era bom demais.

Completamente molhado, entro e minha casa em fazer barulho, ao menos tentando não fazer, quando já do lado de dentro fecho a porta e giro a chave, ouço a voz sabia de minha mãe vinda de seu quarto:

- se você ficar gripado eu quebro as suas pernas.

Um preço a si pagar, vou te contar...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

[história 087: feio...]

daí né, estávamos alguns amigos e eu sentados na esquina conversando, quando chega uma conhecida. ela é mais amiga de um de meus amigos do que de mim, porém ela chegou cumprimentando todos e interagiu na conversa e tal, bem simpática diga-se de passagem, algum tempo depois ela fez o anuncio de que ia embora, tipo daquele jeito que você fala: "vou embora" mas fica mais um pouco, depois você vai.

alguém que estava passando me chamou para conversar, saí. quando eu voltei para a esquina sentei do lado da menina.

ela fez menção de que ia levantar-se, parou no meio do caminho e sentou-se novamente, olhou para mim e disse:

- jarbas, você parece o professor paulo.
- é?
- eu acho vocês bem parecidos.
- já me disseram isso antes, paulo que dá aula no marieta, não é? [marieta é o nome da escola]
- ele mesmo, aquele feio. [ o.O' ]

sem dizer mais nada ela levantou-se e saiu, eu fiquei no vácuo e ofendido.

- amigo, ela te chamou de feio.
- percebi.

bom começo de semana para todos, cada coisa que me acontece. vou te contar...

sábado, 15 de dezembro de 2007

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

[história 086: - oi, eu sou batista]

quem acompanha esse blog sabe que nas sextas-feiras tem feira livre aqui na minha cidade, logo todas as pessoas da zona rural vem para fazer suas feiras de frutas, legumes, comprar roupas que fariam coco chanel cair dura no chão depois de um avc entre outras coisas mais. o número de pessoas aumenta o número de carros também aumenta, o que tem de pau-de-arara aqui sexta-feira não está escrito nem na bíblia [olha que a bíblia fala do começo ao fim do mundo]

lá estava eu descendo a rua para expor minha figura na feira um pouco, ali perto da igreja católica vi minha amiga chorando até parecia que tinha acabado de fazer parto de trigêmeos e um menino que eu não conhecia; ele parecia consolá-la. quando ela me viu me chamou, encostei, ela me abraçou e disse aos prantos:

- oh ja, lula morreu!

[não animem-se lula é o nome do cachorro que ela tinha – deus não é tão bom ao ponto de permitir que nossa “metaRmofosO ambulantO” que finge ser presidente morresse, talvez não da forma que o cachorro da minha amiga morreu.]

- como foi isso inha? – perguntei.
- minha mãe o soltou hoje e um ônibus o atropelou. – disse seguida de uma crise de choro. [ser atropelado por um onibus não dever ser legal]
- ai que chato! [não pensei em nada mais inteligente para dizer]

e o rapaz? esse estava em silêncio respeitando nosso momento, bem chic.

- fica assim não amiga quanto mais você chora mais ele fica preso aqui, deixa ele ir tranqüilo para o céu dos cachorros.

isso foi surreal e infantil eu sei, mas eu não sei mesmo o que dizer nessa horas, porque eu sou muito tranqüilo com morte, é uma coisa inevitável e pronto e o meu lado bruxa cassandra + xuxa + infância = céu dos cachorros.
ai veio aquele silencio mortal [odeio isso] eu olhei para o rapaz, ele sorrio e estendeu a mão para um aperto, eu retribui o gesto apertando a mão do rapaz.

- oi eu sou fabiano da igreja batista.
- oi eu sou jarbas de nenhum igreja.

evangélico! num dou valor pra essa raça.

- muito prazer – ele disse.
- igualmente.
- aproposito, céu dos cachorros não existe.

ai que saco! odeio gente racional demais.

- muito obrigado pela informação – eu disse seco, fui hostil mesmo.

sem muito o que dizer e fazer [mesmo porque eu não aprendi ressuscitar cachorros ainda] despedi e minha amiga e de fabiano da igreja batista e desci para a feira.

virou moda agora ficar evangélico, também é um dos negócios mais rentáveis do mundo, lembra lá em Mateus quando o diabo mostra pra jesus o mundo inteiro e diz que em nome de jesus seriam feitas as maiores guerras e as maiores atrocidades dos mundo? ui que medo, penso que está se cumprindo... arrependei-vos raça de víboras ou queimarás no fogo eterno do inferno. [ui que medo]
eu acho isso um ignorância, essa coisa de eu sou batista, advenstista, católico, nova sião, deus é amor, testemunho de jeová. e daí espírito sem luz? a placa da igreja não vai te salvar não [se é que essa tal salvação vai haver mesmo] vamos colocar na cabeça que deus é um e pronto! [amém]

imaginem se essa moda desse menino pega.

- oi, eu sou khaled muçulmano.
- oi, eu sou maria católica.
- oi, eu sou eva evangélica.
- oi, eu sou joão macumbeiro.
- oi, eu sou pedro espírita.

- oi, eu sou Jarbas o anti-religião, o que acredita no poder da vida.

vou te contar...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

enquanto isso no pronto-socorro do hospital...

cá estou agora no pronto-socorro do hospital de minha cidade, sentindo o que bee? rim! tinha que ser o rim de novo? que saco!

não vou mentir que meu sonho agora era tomar um daqueles calmantes mata leão pra ficar vendo elefante cor-de-rosa voar e nuvens de algodão doce [sonhos de infância]

[anyway]

nem calmante mata leão, nem nada. sim! o medico não chegou ainda e deus salve o SUS. deixarei bem claro que eu prefiro sentir dor até morrer do que ser atendido por aquele medico boliviano (vide
história 064) e eu ainda estou querendo o calmante, será que se eu fizer um escândalo gritando e dizendo que está doendo horrores meu rim querido, eles me dão o tal calmante ao invés do buscopan na minha veia?

e os elefantes cor-de-rosa que não aparecem... pronto! comecei a delirar. [crise de risos – mentira!]

e eu quem estava pensando que depois de ter feito xixi a tal “preda” do rim (vide
história 072) seria libertado, me enganei [coitado] parece que a pedra deixou sucessores que causam tão estrago dentro de mim quanto a outra, mas ela não perde por esperar, o chá de quebra-pedra está vindo por ai [crises e risos maléficos].

coloquem a caatinga a baixo, tragam-me todas as mudas de quebra-pedra eu quero beber o chão, meu rim é mais importante que a Amazônia [ui que medo do greepeace] depois que a caatinga tiver toda no chá, meu rim curado a gente manda oscar niemeyer construir uma mão sangrando igual a que tem em São Paulo.

Ai gente agora falando serio dor é a pior coisa do mundo, por isso eu quero meu tarja preta, dei-me meu calmante mata-leão ou então manda esse médico chegar logo [menos o boliviano] vou te contar...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

enquanto isso numa madrugada de insônia...

quando você está com insônia...
não tem nada para fazer, liga a tv. eis suas opções...


coitados de nós que temos tv aberta ... ei cadê minha sky?

sábado, 8 de dezembro de 2007

[história 085: vai lá, dirigi!]

e todo sábado é a mesma ladainha. Acordar cedo, pegar o ônibus e ir pra a pseudo-cidade-grande vizinha para estudar inglês.
e todo sábado tem uma coisa louca que acontece, só pra variar. [that’s my life]

chego no ponto, pra começar chovendo [great!] o ônibus demora um pouco, mas chega, entro, ônibus vazio [não podia ser melhor] agradeci deus, mas desconfie que algo ainda podia acontecer [anyway] sentamos meu amigo e eu em poltrona separadas, para aproveitar o espaço, sentei numa das poltronas da frente, porém nem tudo são rosas, ainda mais quando eu estou próximo como minha sorte infinita. [cof. cof. cof] a cada ponto o ônibus foi enchendo de gente e pessoas pediam para parar fora dos pontos, rapidinho o ônibus ficou cheio e do meu lado sentou uma senhora que possivelmente não tinha mais do que 65 anos.

até aqui tudo bem...

mas não pensem vocês que eu tive paz, a cada ultrapassagem que o motorista fazia a senhora do meu lado se contorcia feito uma artista do cirque du soleil, todo vez que o motorista apartava o freio do ônibus a senhora do meu lado praticamente enterrava o pé no chão do veiculo automotor [até parecia que a criatura queria dirigir o bus] e isso me dava um agonia tão grande, antes mesmo de ela puxar papo comigo eu fiz a linha bela adormecida. sim! ru fingi que estava dormindo só para não falar com a mulher.

até aqui tudo bem...

como eu estava de olho fechado eu não vi, mas acho que o motorista fez uma ultrapassagem perigosa, só sei que de repente a senhora grudou no meu braço e apertou tanto que quase eu perdia os movimentos do membro por falta de circulação sanguínea. eu levei um susto tão grande [penso que fingi estar dormindo bem demais] a mulher soltou meu braço na hora, louca seria ela se não soltasse e foi esse suplicio até chegar à pseudo-cidade-grande vizinha, ou seja, duas longas horas de viagem com uma motorista da terceira idade do meu lado, quando o ônibus estava próximo do ponto final ela vira pra mim e diz:

- quantas horas meu filho?
[olho no celular]
- sete e vinte e cinco.
- quanto?
- sete e vinte e cinco.
- sete e oitenta e cinco?
- vinte e cinco.
- ah, brigado...
- não por isso senhora.

além de "motorista" é surda, vou te contar...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

[história 084: espera lá que eu vou ]

terça-feira 04 de dezembro de 2007 . 23:40

antes de começar esse história é bom ressaltar que eu estava em minha casa em paz. celular toca, número conhecido.

- oi – eu respondo.

- onde você está? [bem direto eu diria]
- minha casa.
- ah. - disse desanimado.
- por quê? [eu tinha que cutucar a onça]
- queria te ver. [isso me deixou animado]
- cinco minutos eu estou ai.
- agora quatro minutos.
[rimos]

desliguei o notebook, fui no banheiro, xixi, escovei os dentes, perfume, camisinha no bolso e quando eu coloco a chave na fechadura.


- para onde você está indo jarbas ribeiro? - pergunta minha mãe de dentro do quarto [ai meu deus, ela estava acordada?]

- na rua minha mãe.

- fazer o que na rua essa hora?

- encontrar uns amigos.

sai antes que ele continuasse o interrogatório.

[ 23:43 ]

já na rua disco o número do celular.


- alô?
- já estou na rua, você está onde? - perguntei.

- por que está usando número privado?

- não quero arriscar que vejam o número do meu celular no seu.

- todo paranóico.
- eu diria precavido.

- onde você está?

- na praça, próximo ao trailer de lanches.

- longe.
- onde você está?
- onde a gente vai se encontrar? [eu perguntei primeiro, eu tenho que obter resposta primeiro]
- me diz onde você está.

- próximo à minha casa.

- bom, estou indo pra ai, bom que sua rua é escura ninguém nos verá. está sozinho?

- não. estou com uns cara aqui, mas eles vão dormir logo.

- e agora?

- me espera na frente da lanchonete que eu te encontro lá.

- até.

[ 23:45 ]


eu fui para frente da lanchonete, engraçado que quanto mais você esconde mais fica a mostra o que você quer esconder; todas as pessoas que não precisavam passar naquela rua e naquela hora passaram e todas que me viram todos me perguntaram o que eu estava fazendo lá tão tarde, ainda por cima sozinho, e eu? fazendo a linha katia.
enfim... tá na chuva é pra se molhar.

[ 00:00 ]


disco o número do celular. "sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagens"
disco o número de novo. "sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagens"
disco o número mais uma vez. "sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagens"

o orgulho pulsa na veia do coração eu levanto, olho ao meu redor, nenhum ser vivo na rua, acho graça da situação, acho graça de eu mesmo. sem mais para fazer e vou embora.
amanhã é o novo dia e talvez novas ligações. o que teria acontecido? espero que tenha sido atropelado por um caminhão. ops! ... então é isso, vou te contar...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

[o homem e sua particularidade - part. final]

[continuando]

dez dias se passaram e veio a lua cheia.
Severino não tardou em fazer o banho com todas aquelas verduras e legumes de duplo sentido, saiu de casa todo vestido de branco com uma sacola na mão, dentro a vela vermelha e o fósforo, despertou olhares de todos enquanto passava, mas não si importou com ninguém, aquela era sua noite, ninguém podia deixá-lo desanimado.
depois de muito caminhar, enfim Severino chegou na beira da lagoa da água barrenta que ninguém bebe das terras de nhô Tião, tratou-se de ficar nu segurou a vela e à meia noite em ponto acendeu-a.

começou a cantar a música que mãe Dalziza havia lhe ensinado, a lua cheia refletia seu brilho na lagoa de água barrenta espelhando uma imagem borrada da mesma.
Severino se sentiu muito bobo, mesmo assim cantava em plenos pulmões:

exu bebeu, exu sambou
exu bebeu, exu gloriou.
vem aqui sapo casamenteiro
exu te chamou.

Até um dança meio desajeitada Severino tentou, e quanto mais ele cantava, mais a vela derretia e queimava sua mão, mais ele se sentiu idiota e menos o sapo verruguento aparecia.
Severino olhou ao seu redor, agradeceu a deus por não estar sendo observado por ninguém, pensou em desistir a cera quente em sua mão incomodava, mas ele agüentaria para diminuir seu rolão.
Voltou a cantar e dançar, a água da lagoa fez uma onda, borbulhou e Severino cantou mais alto ainda. O borbulhar da água da lagoa aumentou, até parecia um caldo de feijão quente na panela e quanto mais borbulhava mais Severino cantava e dança, de repente Severino olha para a água lá no meio vinha surgindo um sapo, bem maior do que os sapos normais, bem mais feios que os sapos normais, absolutamente um sapo anormal. Ele estava em cima de uma vitória-régia.

- ogum iê meu sapo, exu vem me ajudar – gritou Severino, arrepiando da cabeça aos pés, não suportando a felicidade dentro dele.

O sapo que tinha os dois olhos fechados, tremeu a pálpebra esquerda, mas não abriu, tremeu a pálpebra, mas não abriu, mas Severino gritou outra vez:

- ogum iê meu sapo, exu vem me ajudar.

O sapo tremeu a pálpebra direita, tremeu de novo. Severino lembrou-se do aviso de mão Dalziza: "se ele abrir o olho direito primeiro sai correndo sem olhar pra trás". Sentiu medo, quis saber o que um sapo de mais de um quilo poderia fazer com ele, enfim era uma coisa que ele não queria descobrir, coisas do além é melhor não mexer.

O sapo mexeu desconfortável na vitória-régia e tão de repente que Severino nem percebeu ele abriu o olho esquerdo, deixando um Severino tão feliz que caiu no chão, porque tinha perdido a força das pernas. O sapo olhou pra Severino com cara de desanimo e cara de mau educado [uma cara de mau educado que só sapos mágicos sabem fazer]

- é o que é? – perguntou o sapo com um tom desaforado.
- você quer casar comigo? – perguntou Severino.
- não – respondeu, o sapo automático.

Eis que uma nuvem de purpurina envolveu o pinto de Severino, ele sentiu uma coceira no baixo ventre quando a poeira brilhosa sumiu o pênis de Severino estava 5 centímetros menor, a felicidade que Severino ficou é totalmente indescritível, mas ele sentiu vontade de sair assim nu mesmo gritando pra todo mundo ouvir que ele não era mais Severino do rolão.

"35 ainda é muito grande" pensou.

- sapo quer casar comigo? – perguntou, Severino outra vez.
- nãooo – respondeu, o sapo mais desanimado do que antes.
Depois da coceira no baixo ventre, eis um pênis de 30 centímetros.

- quer casar comigo sapo? – perguntou Severino outra vez.
Silêncio.
- NÃO! – gritou o sapo, tão de repente que Severino levou um susto.

E mais uma vez o pinto dele diminuiu 5 centímetros. Agora estava com 25 cm.
"só mais um vez eu vou perguntar" pensou Severino "20 centímetros é bom demais"

- quer casar comigo senhor sapo? – perguntou Severino e ficou olhando para o pinto, já esperando o diminuir mais cinco centímetros.

Porém, o sapo mexeu-se desconfortável na vitória-régia, coçou o olho com a pata, olhou para Severino e respondeu stressado:

- eu... já... disse... que... não, não, não, não e NÃOOOO!



[triste fim. com 40 centímetros de pênis eu virava ator pornô]

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

[o homem e sua particularidade - part. 2]

[continuando]

- bom dia meu filho em que eu posso te ajudar? – perguntou mãe dalziza ao sentar na cadeira.
- eu tenho um problema no meu corpo minha mãe, vim vê se a senhora pode me ajudar. – respondeu Severino meio constrangido.
- vós-me-cê me diga então qual esse problema.
muito envergonhado Severino coçou a cabeça e disse:
- meu pinto tem 40 centímetros e eu não agüento mais isso.
- aaah, bem que eu tava te reconhecendo de algum lugar, você não é Severino do rolão?!
- sou eu mesmo mãe dalziza.
- mas o que lhe preocupa meu filho? tanto homi queria tanto ter esse picão.
- ninguém quer trepar comigo.
- já tentou Matias, viado gago?
- já.
- e ele não te quis?
- não
- vixe, seu problema é grande, deixa eu ver esse rolão.

Severino levantou-se, abaixou a calça, abaixou a cueca e mostrou para mãe-de-santo toda aquela fartura.
Mãe dalziza arregalou os olhos, arrepiou da cabeça aos pés e escancarou a boca.

- oxum misericórdia, - ela disse, ainda meio assustada – nem eu tinha coragem de enfrentar, guarda isso ai dentro meu filho, eu tenho medo só de olhar, seu problema é grande mesmo.

Severino mais desanimado do que antes colocou o pinto pra dentro e sentou-se novamente.

- tá vendo minha mãe, é disso que eu estou falando, ninguém tem coragem de ficar comigo, até de três pernas me chamam, se a senhora não tiver solução, vou fazer uma arte comigo, vou me matar.
- calma, calma meu filho, não precisa de tanto afobamento.

a mãe-de-santo pegou um saco de seda preta e abriu derramando conchas de búzios em cima de uma peneira de palha, pegou essas conchas mexeu pra cá, mexeu pra lá e jogou no tabuleiro. mãe dalziza olhou bem para os búzios na peneira, fez cara de raiva, sorriu, fez cara de desanimada e gritou:
- AXE!

Severino levou um susto – coitado.
- eu tenho a solução – disse mãe dalziza muito alegre.
Severino tava que não se agüentava na cadeira, pensava como aquelas conchas do mar podiam ter a solução do seu problema particular, talvez aquele foi um dos momentos mais felizes da vida de Severino, tirando é claro a única vez que ele transou, mesmo sendo num milharal, mesmo sendo com Adelaide, a anã, e mesmo ela ter ficado aleijada das duas pernas depois, enfim, gozar foi bom.

- pois então me diga mãe dalziza, eu tô que não me agüento.
- você vai fazer o seguinte – mãe dalziza começou – na próxima lua cheia à meia noite tome um banho com mandioca, pepino, cenoura e berinjela mais sal grosso, depois do banho cê veste uma roupa branca sem cueca e vá na lagoa barrenta nas terras de nhô Tião, aquela lagoa que ninguém bebe da água, fique nu, segure uma velha vermelha na mãe esquerda acesa e cante:

exu bebeu, exu sambou
exu bebeu, exu gloriou.
vem aqui sapo casamenteiro
exu te chamou.

- de dentro da lagoa vai sair um sapo verruguento e feio, cumprimente o sapo com o cumprimento assim: “ogum iê meu sapo, exu vem me ajudar” se o sapo abrir o olho esquerdo primeiro você pode prosseguir se abrir o direito, sai correndo sem olhar pra trás, você vai perguntar o sapo se ele quer casar com vós-me-cê toda as vezes que o sapo dizer não diminui 5 centímetros do seu rolão, mas tome cuidado o sapo não pode tá num dia bom.

Severino coçou a cabeça, repassou tudo mentalmente e fez cara que entendeu, e já ia se levantando. Mãe dalziza pigarreou e olhou para Severino com um sorriso amarelo, indicando para o rapaz que ele tinha esquecido alguma coisa.
- quanto foi a consulta mãe dalziza? – perguntou Severino, sem graça.
- 200 real. – respondeu mãe dalziza automática.

Severino chegou fechar o olho ao ouvir o preço salgado, lá ia embora 15 dias de capinagem na roça, tirou a carteira surrada do bolso e pagou, foi embora tão animado que nem conseguia esconder a excitação.


Dez dias se passaram e veio a lua cheia.


[continua...]

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

enquanto isso numa loja do futuro...

- ...então senhora, além de tudo lhe consola nas horas de depressão, e nós dividimos no cartão em 12 vezes.

- uhm... embala dois pra mim.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

[o homem e sua particularidade - part. 1]

lá nos confins do sertão, havia uma cidade, nessa cidade existia um homem e uma particularidade no seu corpo, esse homem se chamava Severino e era um homem infeliz – coitado.
vivia cabisbaixo pelos cantos, alguns até diziam já o ter visto chorando, mas cabra macho que era nunca admitiu tal calunia. tudo isso por causa da sua particularidade de seu corpo.
quando passava na rua as pessoas comentavam sobre Severino, às vezes riam e isso o incomodava demais.
o que para muitos era de falta, para Severino era de sobra [tinha para dar e vender] o que para muitos seria uma benção, para Severino era uma maldição, e é esse exatamente o motivo de tanta depressão.
sem mais enrola, porque eu sei que vocês estão curiosos, vou direto ao ponto; Severino tinha 40 centímetro de pênis [sim tudo isso] e era conhecido na cidade como Severino do rolão – coitado!

é por causa dessa fartura toda que nenhuma mulher, nem viado queria transar com Severino – eis o motivo de toda a sua depressão. nem mesmo a Leidiane, filha do Sr. Julu, aquela que tem fama de ser puta e “dadeira” não quis ficar com Severino, dizem por ai que escondeu dentro de casa quase um mês e nem para as festas queria ir mais. nem Matias, o viado gago que tinha o apelido de aspirador [chupava tudo a sua volta] quis o pintão de Severino enfrentar.

"de de deus me livre da da daquele ca ca cavalo"

num ato de desespero Severino foi num centro de macumba, queria saber se seu caso tinha algo haver com espiritual, quem sabe algum santo compadecido com tanto sofrimento poderia lhe fazer um milagre.

no terreiro de mãe Dalziza, Severino entrou, foi conduzido para um sala mau iluminada, humida, abafada e cheirando a incenso. não demorou muito mãe Dalziza entrou, era negra e gorda, vestida de brando com turbante na cabeça e brincos grandes na orelha.
a mãe-de-santo sentou-se à frente de Severino, entre eles uma mesa, cheia de coisas.

– bom dia meu filho em que eu posso te ajuda?


[continua...]

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

[história 083: mas lá tem... ?]

[tá chovendo na bahia. obaaa!]

eu sou tão gongado por morar na bahia que eu nem sei contar quantas vezes, pior ainda é por morar numa cidade do interior do interior; eu nem me importo às vezes eu acho até engraçado e tiro sarro comigo mesmo.
olha essa história que aconteceu comigo no dia que eu fui tirar meu passaporte.

entrega-se os documentos para o policial gordo e barbudo, ele confere e te dá uma senha, você espera, chamam seu número e você entra numa sala, as cenas seguintes é dentro dessa sala na hora de entregar meus documentos para o agente feio de dentes amarelos e bafo de cigarro.

- você mora na cidade x?
- sim.
- fica quantas horas daqui?
- mais ou menos 10 horas.
- longe.
- bastante.
- lá é cidade ou distrito de outra cidade?
- cidade.
- tem prefeito?
- sim.
- e com dez vereadores?
- sim.
- e pega celular?
- sim.
- tem internet?
- sim.
- e tem ...?

[eu não suportei mais e antes mesmo dele terminar a próxima pergunta esdrúxula eu disse]

- tem água encanada, luz elétrica e vendem botijões de gás, ah, e ninguém anda nu com macaco nos ombros.

[ele soltou um sorriso amarelo percebendo minha impaciência pegou meus documento e conferiu, mas ele não deixou barato, quis [tentou] se vingar do menino da roça ]

- cadê sua passagem?
- o quê?
- sua passagem de avião para comprovar que você vai viajar.
- eu estou indo para os EUA, sem passaporte eu não tiro o visto, sem visto eu não compro passagem.

[silêncio]

penso que ele pensou: "droga é da roça, mas não é besta"

- pode aguardar lá fora.

[20 minutos depois eu estava embora feliz com eu passaporte na mão]

dois meses depois meu visto foi negado ["você é um imigrante em potencial"] opa. é a vida né?! até deus me passa gongada, vou te contar...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

[ porque elogios são sempre bem-vindos ]

hoje eu vou postar um comentario que eu recebi do Jamal do blog Báu do Jamal.
foi uma das coisas mais bonitas que alguém já me disse... é meio estranho falar de elogios, por que por mais que a gente tente não puxar o saco da pessoa, nós acabamos puxando [sem duplo sentido por favor] mas enfim, vou tentar não o fazer, mesmo porque o blog o Jamal é ma.ra.vi.lho.so [opa! fiz.]

alguns podem até achar estranho postar um elogio, mas eu explico porque pra mim é meio novidade, aqui poucas pessoas não me dão valor ou acham que o que eu escrevo não presta para alguma coisa. não estou dizendo isso para que fiquem com pena do menininho do caatinga, mesmo que porque quem quiser se manter vivo não sinta penta de mim, mas é a pura verdade.

quando o Jamal diz no texto abaixo: "pq sabemos que vc é um peixe fora d'água nessa caatinga em que vive" me deu um nó na garganta, é exatemente assim que eu me sinto, mas não reclamo, uma vida de de reclamações é chata, é por isso que eu escrevo um blog de humor.

pensem, é melhor ser alegre do que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe.
meu muito obrigado ao Jamal e a todos os seus amigos que leram meu blog . com esse comentario vocês firam mais um dia muito feliz na minha vida, muito obrigado mesmo.

mas antes de terminar, tenho que dizer que me arrepiei quando o jamal disse: "livres de preconceitos, epirituosos e crentes que o mundo tem jeito." e é com essas palavras que eu termino. [segui abaixo o comentario completo].

ah, antes que eu me esqueça vou te contar... estou particapando de uma disputa sexy de blogs . apartir do dia 26/11/2007 fotos semi-nu e sexy minha vão estampar esse blog . quem viver verá e contará. [ui delicia]


Jarbas...

Sabe que seu blog tem sido motivo de comentários entre meus amigos. Outro dia comentei sobre seu post do culto evangélico e muitos buscaram ler. Virou unanimidade em nossas conversas, pq sabemos que vc é um peixe fora d'água nessa caatinga em que vive. É superior em tantos aspéctos que dificil acreditar que seja tão jovem. O bom é saber que ainda tem tanto para buscar, que em breve o mundo vai ser pequeno pra vc.

É incrivel seu poder de estar antenado a tudo que se passa em sua volta, aí e no mundo.

Admiramos sua capacidade de extrair o que há de bom numa cidade de 4000 hab., e fazer de sua vida uma obra prima de Frederico Fellini.

Há poesia em suas histórias. Há uma criatividade ingênua. Você descreve as situações com certa inocência, típica de moradores de cidades interioranas, mas com uma capacidade de absorção do que se passa no mundo, absurda. Sua narrativa é profissional.

Seu senso de humor é muito peculiar. Encontramos esses insights geralmente em roteiristas de humor, de teatro. Pode-se de dizer que certas histórias que vc conta, poderiam muito bem serem encenadas em seriados como "os normais".

Parabéns por seu desprendimento, por sua inteligencia, por ser jovem, com esperanças e ideiais. Por acreditar que não é o meio em que vivemos que traça nossa personalidade e carater

Pena que as pessoas em geral observam os blogs como um passa tempo banal. Deveriam olha-los como um espelho da juventude que vem por aí. Livres de preconceitos, epirituosos e crentes que o mundo tem jeito.

Somos seus fãs.

abraço.


terça-feira, 20 de novembro de 2007

[história 082: alguém pára lá pelamor de Deus]

tem coisa pior no mundo do que você está querendo dormir e algo de atrapalhar, ainda mais quando esse "algo" é algo que você não pode fazer parar?! só de pensar me dá uns arrepios de nervoso.

eu tenho uma vizinha [ou tinha] que está beirando os 350 anos de idade, praticamente a múmia de uma das concubinas de Tutankhamon [exagerado] falando serio, ele está próxima dos 90, pois bem, e velha tem filhos espalhado em tudo quanto é canto do Brasil, por vezes ela sai lá da casa e vai ficar com nas casas dos filhos.

Já tem quase dois meses que ela viajou para ficar com uma filha, mas todos dos domingos depois das 23:00 hrs uma pessoa liga para o telefone da casa, pior de tudo é que por a velha ser surda a campainha do telefone é mais alta que o alarme que soou antes da explosão atômica de Chernobyl [si é que tocaram um alarme lá]

meu sonho era saber quem é que tá fazendo isso, pior de tudo é que a pessoa não entende que ninguém está atendendo e continua ligando, ligando, uma, duas, três, quatro etc cinqüenta vezes numa só noite, e o telefone lá gritando feito porco antes do abate, eu mereço? me digam eu mereço? penso que essa insistência dessa pessoal miserável é que tá achando que a rainha dos Maias não está escutando o telefone chamar, mas não é isso, a verdade é a casa que tá vazia, enquanto isso eu fico no meu quarto, que é praticamente parede com parede com a casa da velha suportando o barulho infernal.

dei-me opções de como destruir esse telefone. tô falando serio, vou te contar...

sábado, 17 de novembro de 2007

[história 081: avisa ai que eu não vou]

percebi hoje que eu sou usando por todos os meus colegas do inglês, se não todos, quase todos, adivinha pra que? pra avisar o professor que eles não irão para o curso.

hoje [sábado] é dia de estudar inglês [ eba! ] pois bem, fiz login no meu orkut na sala de informática do curso lá estava um recado de uma colega pedindo para avisar o professor que ela não iria para o curso porque estaria estudando para o vestibular da federal [falando nisso boa sorte Dessa] okay. obvio que avisei, foi daí que eu tive um insight e portas de meu mundo se abriram para a revelação, percebi que durante esse ano de 2007 alguns colegas não freqüentaram o curso por diferentes motivos e eu fui o mensageiro para dar a noticia de que eles não iriam e si tratando da vida de Jarbas aqui no meio da caatinga claro que tem coisas meio fora do normal para contar:

lembro de uma vez que eu fiz login no orkut lá estava um recado de uma colega [não a mesma de hoje] era mais ou menos assim:

oi jarbas.
tudo bem com você?
queria te pedir um favor, avisa para André [nome de meu professor]
que eu não irei no curso hoje porque eu vou para Paris.


obrigado
beijos.

sim queridos, sim, sim, sim ela estava indo para a capital da França, e sim, ela falou de Paris como se ela estivesse falando assim:
"vou alí na padaria na esquina de shortinho, blusinha básica e havaianas" e para os mais curiosos ela estava indo visitar o pai, porque ela é chic bem, enfim, mordido de inveja foi no recado e respondi assim [agindo bem naturalmente, ou pelo menos tentei]:

oi querida.
tudo ótimo comigo e você?

pode deixar que eu aviso.


enjoy your trip.

beijos.

resumindo, sou pobre, mas não deixo transparecer que provavelmente não irei para Paris nos próximos três anos, sou pobre, mas sou soberbo beim.
uma semana depois fui ver as fotos da moça lá estava ela ao lado do Arc de triomphe, na Champs-Élysées, na Torre Eiffel e Musée du Louvre, ou seja, ela foi mesmo para Paris. [ai que ódio]

outra situação que teve foi ainda no começo dessa semana. lá estava eu de bobeira no MSN de repente uma colega abri conversação comigo.

colega:
jarbas?
eu:
oi.
colega [assim na lata, sem rodeios]:
avisa para André que eu não vou para o inglês próximo sábado não, porque meu pai teve 3 infartos e 2 derrames [ou 2 infartos e 3 derrames, enfim, foi uma coisa absurda] e ele precisa de mim agora.
eu:
ai meu deus e ele ta vivo?
colega:
tá, fez umas cirurgias ontem. [não consegui pensar em nada menos obvio para perguntar]
eu:
pode deixar que eu aviso, seja forte amore e melhoras para seu pai.
colega:
obrigado inho, vou sair.

[colega fica off-line]

caraca, eu ainda fiquei assim uns cinco minutos aturdido com a noticia, percebem que meus colegas vão do quinto dos infernos ao sétimo céu não freqüentando as aulas de inglês.

só pra ressaltar o motivo desse texto não é pra reclamar não, continue me pedido para visar André que vocês não vão na aula, eu adoro essas coisas, ser porta-voz dessas noticias malucas é um prazer, se tratando de Jarbas não podia ser diferente, daqui a pouco vou ser considerado uma coruja mensageira de Harry Potter, vou te contar...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

quase um template novo...

...tô changando lá.
aff. tudo que o blogspot tem de bom tem de perverso por ser baseado em XML ... aff. não aguento.
só porque eu não sei mexer nesse código do diabo. [ui!] se fosse HTML até que ia ... meu template ia ser otimo.

enfim, a gente aprende a conviver com isso.
então o que acharam da motagenzinha que eu fiz?

até mais... mas não deixem de dizer-me o que acharam.
ah, se alguém souber um programa de edição de XML pelamor de deus em diga.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

[história 080: peixe morre é pela boca]

"O negócio é falar, falar, falar bastante, porque, depois de morto, você vai ter muito tempo para ficar calado" (Chacrinha)

frase retirada do blog ontem à noite de jackson jr.

mas porque esse frase? porque hoje eu acordei prensando num velho ditado: "peixe morre é pela boca" e isso é a pura verdade...
um flash back para meus tempos de escola, quando essa história aconteceu [era jurássica] hi hi hi

então, estava em casa quando quatro amigas chegaram para eu digitar um trabalho para elas, mandei tudo mundo entrar e fomos para meu quarto, enquanto eu digitava as meninas sentadas no tapete conversavam e eu por vezes dava minha opinião sobre os assuntos explanados pelas garotas.
num determinado momento uma amiga falou: "vocês viram fulano na rua ontem quase morto de bêbado?!"

eu não titubiei e comecei a falar: "eu vi... meu deus que vergonha tava parecendo um cachorro sarnento sem dono, só faltou os vira-latas lamberem a boca dele, sem falar que ele vomitou na roupa toda, aquilo é um vagabunda, desempregado, não sei com alguém consegui namorar aquela coisa, fulana [eu disse o nome da namorada dele] quem é corajosa de ficar com ele, nem quem..." antes que eu terminasse me deram um beliscão, atentem que até então eu estava falando de costas para minhas amigas, quando eu virei para ver quem tinha me dado o beliscão, dei de cara adivinha com quem?
não, não foi o fulano, se fosse ele seria cueldade demais da parte do divino, eu dei de cara com a fulana, aquela mesma que eu tinha acabado de chamar de corajosa por namorar com o fulano. sabe quando você engole seco, que parece que desce um tijolo na sua garganta e você pede um buraco para enfiar-se dentro?! pois é, foi exatamente assim que eu me senti. e agora josé? explicar? não tinha nada para explicar, eu tinha acabado de xingar o namorado da menina [inclusive] na frente dele, só me restou apelar para o pedido de redenção, eu disse: "fuluna, me perdoa eu..."

"tudo bem Jarbas, você está certo, tudo mundo tá certo, só eu quem não cnsigo exergar
, eu entendo você."

ops! acho que acabei com um namoro [ai que dor no coração] meus olhos lacrimejaram, mas eu preferi ficar calado. ela falou num tom tão triste que eu queria morrer naquela hora, mas depois passou. (6)
minha raiva foi que a desgraçada ficou tão calada que eu tinha esquecido que ela era um das quatro amigas que estavam no quarto, mas se eu tivesse ficado calado nada disse teria acontecido.

lição de moral: cuidado com o que você fala e quando for falar mau de alguém, olhe em todas as direções.
é assim né. porque vergonha pouca é besteira. vou te contar...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

[história 079: é o homem mais cheiroso do mundo]

lembram do lugar de minha queda da história 074?
lembram do moço bêbado da história 077?

pois é, antes de contar esse história, uma pausa para um esclarecimento, SIM! o moço bêbado é bonito, digo mais, ele é lindo, porém, contudo, toda via, portanto é preciso ressaltar que ele também usa um anel de ouro no dedo anelar da mão esquerda, ou seja, casado.

voltando... lá estava eu descendo a rua quando o avisto ainda do meio da ladeira, eu estava com uma amiga iamos num supermercado, de longe ele me viu e abriu os braços, nem teve como fingir que não tinha visto ele, o coração acelerou, a rua lotada de gente [pra variar] eu encosto. detalhe ele estava mais uma vez parcialmente bêbado [tenho desconfiado que esse tem sido um de seus estados mais freqüentes] e estava molhado também.
[despois descobri que ele estava tomando banho de mangueira lá na oficina do amigo dele]

- grande jarbas! - ele praticamente gritou com quando eu aproximei.
- oi.
- iaê como você está?
- tudo bem e você?
- tudo bem, mas tá faltando uma coisa.

gelei da cabeça aos pés, sabia que esse
"mas tá faltando uma coisa" ia sobrar pra mim, não podia me permiti uma exposição de minha figura no meio da rua. gritei pra mim mesmo "não pergunte o que, não pergunte o que está faltando" mas o espírito de puta, como diria uma amigo, meu lado paris hilton falou mais alto e eu com a cara mais lambida do mundo perguntei: "o que tá faltando fulano?"

"um abraço seu" ele respondeu; fiquei verde bioluminescente com listras roxa.

eu disse não disse?! dei uma olhada ao meu redor, muitas pessoas nos olhavam, obvio ele praticamente gritava enquanto falava comigo.
abriu os braços e me abraçou todo molhado, eu ovulei três vezes seguidas, quando eu estava me afastando do abraço ele deu um cheiro no meu cangote, aqui pertinho da orelha que me fez arrepiar.
quando eu pensei que tudo tinha acabado ele gritou, gritou mesmo:
"meu deus, meu deus, o homem é cheiroso demais gente, é o cara mais cheiroso que eu conheço" [cadê o buraco pra eu pular dentro?] ele abaixou o tom do voz só pra eu escutar e disse: "qual o perfume que você usa? essencial? humor?"

- natura homem – eu respondi.
- eu sabia – ele disse; pensei:
"não você sabia, mas tudo bem"
- eu vou alí, depois a gente se fala.
- vai lá jarbão, até mais.
- não se manifesta, a rua tá cheia de gente – foi a única coisa que minha amiga disse.

eu que não sou bobo nem nada obedeci a sugestão dela, segui meu rumo em direção ao supermercado, quando eu voltei ele já não estava lá mais, melhor assim. vamos aguardar os próximos capitulos dessa novela mexicana, essa história ainda vai render muita coisa [se deus quiser (6)] vou te contar...

sábado, 10 de novembro de 2007

eu estava aqui pensando...

...o quão chato é ser uma arvore, ficar lá paradona sem fazer nada, se for arvore de cidade até que vai, dá pra ver uns carros passando, umas pessoas e até sacagem da galera de madrugada; ruim mesmo é ser uma arvore na minha cidade além de não ver nada [só sacagem do povo de madrugada] ficar parada ao meio dia com o sol a pino no meio da caatinga, vendo suas parentes todos secas e murchas, isso que é sofrimento, pior é nem poder mexer do lugar pra procurar uma sombra, porque é você arvore quem faz sombra, mas pensando bem ruim mesmo é ser uma arvore na áfrica [ui que medo] lá sim que faz calor no meio do deserto, a única coisa que um arvore se questiona nesse lugar é: "oh, porque o deserto é tão... deserto?!" ou "o que eu fiz pra merecer ser uma arvore num deserto?!" enfim... se essa coitada arvore tiver sorte não será uma arvore comestível na somália, mesmo porque se assim fosse ela nem teria nascido na hora que o broto surgisse na terra já seria comida, a galera lá passa uma recessão do diado.

[suspiros]

mas pensem comigo: e ser uma arvore alasca?! se é que lá tem vinda né?! não sei se é pior a neve e o frio durante o ano inteiro, o fato de que você não vai ver nada nem ninguém [só pingüim e urso] ou se é o fato que lá é dia durante seis meses e noite durante seis meses, assim fica complica né?!

por falar em alasca, se no alasca tivesse uma rave, dessas que começam de noite e terminam de dia, ela ira durar seis meses até o sol nascer?!

[suspiros]

sendo assim se tivermos sorte na próxima vida não nascermos arvores, nem no deserto, nem na somália ou alasca, e nunca irmos numa rave num dos pólos.

acho que minha mãe já acordou ... vou ali beber café. ficar sem fazer nada me faz pensar cada coisa. vou te contar...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

[história 078: você está fora da moda!]

lá estava eu num churrasco no domingo passado com amigos, amigos de amigos, colegas, conhecidos, enfim, muita gente... eu não sei o que eu vegetariano quero fazer num churrasco, mas tudo bem. conversa vai, conversa vem, cerveja, montila, risadas, mais cerveja, eu evitando bastante beber.
lá pela tanta uma conhecida encosta [muito bêbada diga-se passagem] perto de mim, olha bem para minha cara e diz: "camiseta verde, bermuda caqui e chinelo azul?! não tem nada haver né?! você está completamente fora da moda!"

O.O' [ "CUMA?!" ]

tive meus primeiros trinta segundos de ué-porque-ela-falou-isso-comigo? depois olhei na cara da bêbada, analisei a indumentária da individua e disse: "é o verão 2008 meu amor, combinadinho é brega!"
ela respondeu: "eu tenho assinatura de mil revistas e não vi isso ainda."

[ela sabe ler? isso era novidade]

minhas amigas me olharam com olhar de cobrança, sim! eu tinha que dizer algo, eu disse: "no dia que você freqüentar os portifolios da louis vuitton, chanel, versace, dolce & gabbana, prada, gucci, fendi e alexandre herchcovitch você venha falar comigo de moda." ao final da frase soltei um bate cabelo e fiquei de costa, a bêbada não disse mais nada e saiu, comigo não viada.

agora eu digo com a bêbada estava vestida, antes como ela é: baixa, um metro e sessenta e cinco no máximo e gorda. [preciso dizer algo mais?] então ela estava vestida com um short curtíssimo de tactel [não sei se escreve assim] laranja quase fluorescente, com duas listras marrom de cada lado e na bunda tinha escrito kawaii beach [okay.. japaenglish] usava uma camiseta básica regata da hering laranja num tom mais claro que o short e mostrava a alça do sutiã marrom [cof. cof. cof.] a mulher cenoura ainda tem o topete de querer discutir moda comigo, vou te contar...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

[história 077: diretas já!]

segunda-feira, dia de branco - com diria minha mãe.
o dia que tudo volta ao normal [amém] feriadão foi bom, pelo menos deu pra descansar um pouco, mas antes do feriado coisas aconteceram:

cá estava eu na quinta-feira [um dia antes do feriado] voltando pra minha casa depois do trabalho, quase meio-dia, morrendo de fome, sol a pino quase me causando um auto-combustão, pra completar eu estava subindo uma ladeira enorme [porque nesse cidade sem mais ladeiras do que gente] passo perto de um árvore onde tinha três rapazes [conhecidos, porém não intimos] bebendo e conversando em baixo da sombra, de repente escuto:

- Jarbas?
[olha para trás e percebo que era um dos rapaz que estava sentado em baixo da sobre da árvore, estava levemente alcoolizado]
- eu?
- é. venha cá.
[aproximei, cumprimentei-os]
- iaê tudo bem?
- tudo ótimo e você?
- tudo bem também.
[silencio. eu realmente não tinha nada o que conversar com ele e aquela sol quente, a fome e o calor não estava me deixando ter pensamentos lógicos e inteligentes]
- encosta aqui, deixa eu ti falar uma coisa - ele disse, fazendo sinal para eu constar meu ouvido próximo á boca dele.
[encostei]
- e nós dois?
- e nós dois o que?
- vamos transar e fumar maconha?!

[engoli seco, sorri envergonhado e fui embora]

lá de longe eu escutei ele gritar: "tá falhando comigo"

como é isso? acabou a decência do mundo?! pense você passar na rua e te chamarem para transar e fumar maconha. não entendo porque tudo mundo nessa cidade tem tatuado na mente que eu fumo maconha, mesmo eu não fazendo uso da droga, tô pra gritar no meio da rua: "EU SOU ASSIM MESMO, EU NÃO FUMO MACONHA!" [anyway] foi-se os tempos que havia um corte, a conquista, o povo tá tão moderno que já chega dizendo tudo na cara. uau! depois dizem que eu sou "moderninho" aff.

com diria na década de 80 o semi-analfabeto que finge ser presidente desse país: "diretas já!" vou te contar...

sábado, 3 de novembro de 2007

não sou de filosofias...

...mas ontem foi um dia muito especial.
como um bom baiano, a preguiça é um dos pecados que me governa, ou seja, esse post era pra ter sido escrito ontem, enfim... cá estou agora.

[02 de Novembro de 2007]


meu dia de gente.
muito para dizer ... pouco que eu realmente pode ser dito.
só queria que soubessem que ontem eu completei um ano como ser humano. porque antes eu fingia ser o que eu não era.
um ano que a pessoa que eu mais amo no mundo [minha mãe] soube quem eu realmente era.
juro, estou adorando ter deixando de ser uma coisa.

um ano como Jarbas Ribeiro Bahia.

vou te contar... bom demais!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

[história 076: cuidado com o besouro]

calor. calor. calor.
eu não suporto o calor, mas para provar que deus tem humor negro ele me colocou no nordeste, no interior da bahia, onde num dia normal sem nuvens no céu fazem fácil, fácil 39 ºc de calor. é a vida tem disso.
acho quem te uns cinco dias que eu não faço xixi toda a água do meu corpo está evaporando antes mesmo de ser expelida. o suor é meu fiel companheiro e eu sou um pouco exagerado. [risos]

[dei-me o inverno europeu na veia agora]

enquanto eu fico aqui achando que vou morrer de tanto calor, me recordo que um dos mais recorrentes temas no verão [mesmo estando na primavera] é o problema da dengue, me recuso a acreditar que existe alguém que leia esse blog que não saiba o que é a dengue, pois bem, dengue é uma doença que causa dores musculares, vomito, diarréia e dores de cabeça, como se pega? através um mosquito muito fashion diga-se passagem, um mosquito preto e branco [sim. listras ainda estão em alta] arrasa aedes aegypti, esse nome ai é o nome cientifico do mosquitinho, que veio lá do Egito [chiquerrimo] junto com os navios negreiros para infectar nossas terras tupiniquins e o que eles acharam aqui foi ótimo, poucos predadores, mata cheia de água parada para se reproduzir o mosquito fez a festa, agora tá infestado nas cidade, infectando todo mundo que é picado pelo dito cuso. olha o vou te contar... também é cultura. então gente, nada de água parada para o bichinho não se reproduzir.
mas pra que essa aula toda de controle de endemia e saúde publica? é que hoje eu acordei lembrando de uma história que aconteceu quando eu estava estudando o ensino médio, ou seja, no paleolítico.

eu estudava o 2º ano do ensino médio, mas nessa hora eu estava conversando com um amigo na sala dele [3ª ano] – o mesmo amigo que me derrubou na rua, diga-se passagem. conversa vai, conversa vêm, um povo vestido com uma roupas amarela e bolsa do lado pediu a professor para entrar, a aula tava tranqüila era só uma correção de redações [isso explica a minha presença na sala] – só pra nós, eu estava matando aula de matemática.

os homens pediram pra entrar, a professora deixou, eles conversaram baixo depois um dos homens começou a dizer que fazia parte da equipe de saúde publica do estada da Bahia etc e tal que eles estavam fazendo uma campanha contra o mosquito da dengue etc. etc. etc. ensinou todo mundo como evitar a proliferação do mosquito e convidou todos para estarem na praça principal no dia seguinte para uma ‘caça-ao-mosquito-da-degue’ todas as escolas iram participar, seria dividido grupos cada grupo iria para um bairro e o grupo que conseguisse recolher maior numero de recipiente proliferadores do mosquito ganharia premio e tal.
eis que uma colega de meu amigo levantou-se e disse [com a maior pinta de cidadão responsável]:
"eu estarei lá, mas acho que o premio maior é acabar com o besouro da dengue".

eu agüentei e soltei um risada alta, acho que ninguém entendeu na hora, os homens olharam feio pra mim achando que eu estava desdenhando da menina, sortuda, por causa da minha gargalhada ganhou vários elogios e ficou toda inflada, façamos agora uma analise sintática e morfologia do frase da criatura:
"eu estarei lá, mas acho que o premio maior é acabar com o besouro da dengue". ela disse: "besouro da dengue" sendo que dengue é transmitida por um mosquito, um miserável mosquito que não chega a ter 1 centímetro, agora imaginem vocês se a dengue fosse mesmo transmitida por um besouro, olha cena:

você tá na sua casa tranqüilo, daí vem um besouro enorme, preto com listras branca e pousa em cima de seu braço ou começa a te perseguir, fazendo o maior barulhão ninguém ia ter dengue no mundo porque um besouro ia ser a coisa mais fácil no mundo de si ver. Enfim, cada cabeça é um mundo, e eu não perdi tempo fiz mil piadas com a menina depois que os homens saíram, no fim a vaca que tava se achando ficou murchinha no canto da sala.

ah, francamente que chamar a atenção, pelo menos fingi ser inteligente direito, mas vamos concordar que seria um grande premio mesmo acabar como o besouro, opa! o mosquito da dengue. vou te contar...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

[história 075: o circo dos horrores]

[um suspiro] ... [outro suspiro]

é não passa... e se depois do segundo suspiro eu não consigo esquecer é por que eu tenho que falar mesmo.
o circo dos horrores, é um titulo forte não? [vão dizer que eu tenho a pomba-gira no corpo... eu agüento já disseram coisas piores de mim aqui]

meu final de semana, na verdade, meu sábado, pode ser definido como bizarro e hilário [no mínimo]. cidade de interior é fogo, nunca tem nada e quando tem [mesmo que seja algo religioso] mil pessoas aparecem para conferir.
onde eu quero chegar? ao evento evangélico que teve aqui na minha cidade na ultima sexta, sábado e domingo. mas vou me resumir a falar o que aconteceu no sábado que foi o pior dos dias ou o melhor dia, porque foi o que eu mais dei risadas.


então, o que esse tal evento evangélico pretendia? segundo eles resgatar minha cidade [inteira] das garras do capeta [uau!] pois é, armaram um palco enorme na praça, caixas de som muito potentes e daí-lhe pastor gritando.
eu [obvio] fui para praça ver o que realmente acontecei, depois de estar no banho tranqüilo e escutar um pastor gritar que seria tocada a trombeta da libertação e não é que soou mesmo uma trombeta, arrepiei todinho me sentindo em senhor do anéis [anyway] depois de um bom banho totaly in black fui para praça, encontrei amigos meio [anti-religião-evangelica como eu] e sentamos num banco para assistir as pregações.

e tinha uma pastora de outra cidade, essa sim era uma "artista" de primeira, eis os pontos altos do a paletra da moça:

- a pastora começou a falar em "línguas" [cof. cof. cof] tá ... ela tinha uma frase decorada como eu tenho mil em japonês e dizia ela ser "inspiração do espírito santo de deus" okay ... era mais ou menos assim: "isherema ranere kadalai me re lan kadanralarrara" achei digno não vou mentir ... essa coisa jerusalém oriente médio é tendência.

- a pastora olhou na cara de um dos membros da igreja e começou a gritar que não conhecia o moço [coisa que eu acho que é verdade] e que "deus estava falando pra ela" que ele seria o novo prefeito da cidade, meu deus... ela está mexendo num vespeiro, imagine vocês o peso dessa declaração numa sociedade onde a prefeitura é a absoluta mantenedora de quase todos os habitantes, aqui se você falar que o prefeito é feio te demitem no dia seguinte. okay, ela é corajosa admito.

- um rapaz no meio da platéia começou a pular feito louco [ai que vontade de falar o nome. olha o processo bee] a pastora vendo aquilo, mandava o homem pular cada vez mais dizendo que ele estava "matando a serpente do diabo que queria destruir a vida dele e da família" [sei...] para completar todo mundo começou a pular também, assim logicamente matando as serpentes de sua vidas, imaginem vocês dezenas de pessoas pulando ao mesmo tempo numa praça e ela gritava: "pula, pula, pula para os homens isso é loucura, pra deus é louvor" [cadê a galera do sanatório de plantão???]

- ela começou a gritar que tudo quanto é tipo de doença seria curada naquela noite, espertinha não ousou falar o nome aids, quem conhece aquela musica dos titãs "o pulso" ? pois é, ela praticamente recitou aquela música para a platéia alvoroçada. [eu de cá só rindo] pena que minha pedra do rim já foi mijada se não eu corria pra frente pra ser curado também.

- depois viram a parte que atava a homossexualidade, um conhecido, bicha até dizer chega, não sei porque foi pra frente a pastora percebendo a pinta do rapaz olhou pra ele disse que o mesmo tinha a pomba-gira [é né?!] de repente a mulher começou a gritar: "sai pomba-gira dos infernos, sai capeta desse corpo" eu de cá explodindo de rir, se alguém olha pra mim e diz que eu tenho pomba-gira, eu mato! enfim, numa é que esse conhecido ficou tão eufórico, ou quis chamar à atenção do povo que desmaio no meio da multidão e tiveram que carregá-lo para os fundos do palco com a pastora gritando: "tem demônio forte ai dentro, ele tem o capeta no corpo, mas deus é maior" [amém] depois eu não consigo olhar na cara dele sem dar crises de risos.

- outras duas conhecidas, foram para frente do palco, eis que a pastora vira para elas e para as ditas cujas não terem duvidas de que é com era com elas a pastora aponta para ambas e começa a gritar para sair o espírito de prostituição, olha isso gente, pense, alguém olhar pra você e lhe dizer que você é prostitua, ou sei lá o que, as idiotas começaram a chorar dizendo que "sentiam o diabo saindo da vidas delas".

e disso muito mais coisa aconteceu até às 23 horas.
agora eu lhes pergunto: são normais? muitos dos membros dessa igreja dizem que eu choco, por causa de minhas roupa, gosto musical, opiniões polemicas, orientações etc e tal. mas ninguém numa parou para pensar no que me choca, esse tipo de atitude retardada [não consigo encontrar outra definição] isso sim me choca, e muito, muito mesmo.

deus. quem é esse cara afinal?
pessoas diferentes encontram "deus" de forma diferente [isso é obvio] pessoas tem necessidade de sentar na num banco de igreja e rezar, outras oram para uma imagem, outras sambam numa roda, outros acendem fogueira e dançam, iaê? qual deles está certo? quem tem a razão? de quem é a verdade? será que esse tipo de evento tão expositivo existe realmente a presença do que eles chamam de deus?

eu fui evangélico por cinco anos, li a bíblia diversas vezes, não só ler como uma livro qualquer, ler com ajuda e interpretação, e porque eu não sou evangélico? por que não quero, por que eu não sou hipócrita, por que eu não estou afim de fingir ser o que eu nunca conseguirei, por que eu não quero me tornar um ser humano plástico fingindo que mesmo passando fome minha vida está maravilhosa.

eu tenho pena dessas pessoas que se resume num culto no meio da praça, que ficam eufóricos com um pessoa gritando um nome, eu agradeço por não ser assim, não fazer papel ridículo [não dessa forma] agradeço por ser quem sou, agradeço por conseguir sentir DEUS em tudo, em mim, em vocês que estão lendo o texto agora, em minha mãe, amigos, minha cachorra, mas arvores, nas estrelas, no sol, na lua, no vento, de janeiro a janeiro de verão a inverno, eu sinto DEUS nas fotos, na arte, nesse texto ... em tudo.

termino esse texto com uma frase de Marilyn Mason: "eu não sou contra Deus, eu sou contra as religiões" [amém]

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

[história 074: Madeiraaaaaaa!]

cair é uma coisa realmente ruim e desagravel, ainda mais quando você tem um metro e oitenta e seis como eu. imagina só essa criatura desse tamanho todo caindo... é praticamente uma sequoia caindo [exageradooo]

então... eu tomei um quedinha outro dia aí, mas não foi nada interessante, porém me fez lembrar de uma história que aconteceu comigo nos tempos que eu ainda estudava o ensino médio, foi mais ou menos assim:

todos os dias eu descia para minha escola com um amigo, no caminho para a escola nos passavamos pelos "centro" na verdade por um lugar cheio de bares, super mercados, trailers de lanches, essas coisas, ou seja, num lugar onde reunia muita gente no final da tarde [eu estudava à noite] e no meio tem um parte lisa do calçamento que serve na época das festa de são joão para fazer os shows de forró e ao longo do ano 'os cara' usam para jogar futebol, eu num malfadado momento, inspirado pelo capeta vim durante todo o trajeto provocando meu amigo, eu falava de algum mico que ele tinha pagado, admito eu estava insuportável, quando nós chegamos no meio da praça, no meio do povão, eu simplesmente comecei a cair, só sei que só me deu tempo de colocar a mão no meu rosto para não machucar, não livrando meus cotovelos de arranhões, pensem na gritaria, na algazarra, tinha uns homens jogando futebol, o jogo simplesmente parou para o povo e vaiar quando me viram indo ao chão, acho que eu nunca passei por uma momento tão vergonhoso na minha vida. como são as coias né?! eu provocando meu amigo por um mico, no momento seguinte eu estava pegando um mega mico no meio da rua.
ai vocês me pergunta: ", por que você caiu assim tão de repente?" alguns até poderiam dizer que foi castigo de deus por eu estar provocando meu amigo, mas não! deus não tem nada haver com minha queda, meu amigo na vilania e maldade colocou o pé para eu cair, sim! ele fez isso ... pior ele escolhei exatamente o lugar cheio de gente para eu passar muita vergonha. gente ruim? nada! até hoje ele não admiti que fez isso comigo [anyway] eu já disse pra ele que no leito de dele morte eu vou pergunta: "foi você quem me derrubou aquele dia?" se ele não admitir eu termino de matar ele asfixiado, ruim? eu? nem um pouco. não fiquei chateado nem nada, porque se fosse eu estivesse no lugar dele teria me derrubado também.

pra finalizar, as vaias só acabaram quando eu virei a esquina, ainda bem que tudo mundo aqui é humano e prestativo, vou te contar...