quinta-feira, 31 de maio de 2007

[história 032: 1 dúzia de 11.]

Passei esses últimos três dias pensando muito no meu avô paterno, que já passou para o outro plano, como eu sou meio espiritualista acho que vovô ficou com inveja que eu escrevi sobre minha vovozinha agora não sai de minha cabeça para eu escrever sobre ele também. Eis uma história hilária sobre meio avô.

Então, quase todo mundo aqui na minha cidade tinha medo do meu avô, não por ele ser forte ou coisa parecida, mas por ele ser escandaloso, aff... para deixar alguém abaixo de cachorro, humilhar e xingar muito não tinha para ninguém, o show era melhor na rua para todo mundo ouvir – eu tive a quem puxar, já dizia a minha mãe.

Pois bem, eis a história: Meu avô foi para a feira para comprar as frutas e legumes para a casa dele, chegando lá entre todas as outras coisas ele comprou também uma dúzia de bananas. Feliz meu avô voltou para a casa [é agora que a coisa começa a esquentar] conferindo as coisas que ele comprou, meu avô percebeu que na dúzia de bananas que ele tinha comprado tinham 11 bananas e não 12 como deveria ser. Sentindo-se a mais enganada das criaturas do mundo, como se uma banana tivesse o valor de um bilhão de dólares, meu avô cuspindo fogo desceu na feira de novo e chegou na barraca do homem do qual ele tinha comprado a dúzia de 11 bananas, encostou, sem dizer nada meu avô deu um soco na cara do homem, enquanto o homem estava no chão, gemendo de dor sem entender nada, meu avô pegou uma única banana da barraca e falou:

"Isso é por você tentar me enganar vendendo 1 dúzia de 11 bananas".

Pronto, meu avô voltou pra casa com sua uma banana feliz, quanto ao homem que vendou a dúzia de 11 bananas passou a contar e recontar tudo que vendia, para nunca mais passar com isso.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

[história 031: Uhm? Não entendi nada]

Ontem tinha um monte de gente na casa de meu amigo, nós nos reunimos lá para jogar video-game, conversar e bagunçar muito... eu perdi no jogo e outra pessoa entrou no meu lugar, eu me levantei e fui para a janela do quarto, fiquei olhando lá pra fora, a janela tá vista para o quintal da vizinho de meu amigo, que é uma pessoa - como eu poderia dizer? - meio estranha, sei lá, sem noção.
Juro que eu não estava espionando a casa do homem, mas foi inevitável escutar a briga dele com a esposa, ao que parece ele estava nervoso com alguém. Eis o que ele disse:
"Manda ele vim, manda ele vim que eu tenho um "revorve" cheio de bala pra "descarga" nele, eu que não tenho medo de uma "purga" vou ter medo dele que é homem que tem uma rola e dois ovo igual eu?!"
Uhm? Não entendi nada. Até agora eu estou tentando entender a comparação entre a pulga com o homem. Se alguém aí conseguir me explicar vou agradecer.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

[História 030: Sou barraqueiro mesmo!]

Aí eu estava sentando nas escadas da igreja católica com um amigo. Escadaria grande e alta ponto estratejico para ver a praça inteira, o jardim, o ponto de ônibus mais embaixo, todos que sobem e que descem, estávamos conversando trivialidades da vida, quando eu observo que na rua vinha subindo uma menina de mais ou menos 14 anos acompanhada de um menino da mesma idade, eu estava usando óculos escuros e pela a distancia não dava para ela ver que eu estava olhando pra ela, pois bem, ela olhou pra nós falou algo para o menino e ambos riram, a chama da discórdia ascendeu em mim. O menino olhou pra nós, olhou para ela e confirmou algo com a cabeça e novas risadas, a irritação estava tomando todo o meu ser, meu amigo falando, falando, falando sem perceber nada. De repente a menina olha pra nós de novo e faz um gesto com as mãos como se tivesse os punhos quebrados obviamente querendo dizer que meu amigo e eu éramos gays, o menino deu uma gargalhada, a essa altura eu já estava tomada por deusabu capeta. Eu levantei e apontei para eles e comecei a gritar.

– Pausa para comentário –
Era hora da saída das escolas, ou seja, a rua estava cheia de alunos subindo e descendo. Ótimo! Com publico é melhor.
– Fim da Pausa pra comentário –

Agora sim... eu gritei:

“Pára aqui na minha frente e faz isso de novo sua vagabunda da roça, prostituta infanto-juvenil, encosta aqui e faz o gesto que você fez, vem aqui dizer na minha frente o que você disse para ele, tenta, experimenta falar isso na minha frente para você ver o que é bom para tosse, se você for boa mesmo pára aqui e fala vagabunda, nigrinha, descarada, sem vergonha e sem o que fazer, vai curar as vermes e lombrigas que você tem nesse bucho grande, rapariga, eu te conheço putinha, eu sei dos machos todos que você tem dando essa coisa fedorenta e suja, eu te denuncio para o conselho tutelar safada.”

A rua encheu [claro!] a menina que era quase negra ficou branca feito um papel morrendo de vergonha, a filha da putinha abaixou a cabeça, acelerou o passo sem dizer nada, eu ainda continuei gritando até perder ela de vista, quando eu me calei tive que explicar toda a história pra meu amigo que estava paralisado, coitado demorou um pouco para ele se recuperar da minha explosão de raiva. Iria ser a vez dela mas a menina já estava longe demais. Só estou esperando ver a cachorrinha de novo, só para ver a reação da safada. É exatamente por isso que ninguém meche comigo.

Perdoa-me Glória Kalil,
não consegui me segurar.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

[história 029: Dia de azar]

Estava eu mexendo aqui numas apostilas de inglês e lembrei-me da época que eu estudava, caramba eu era capeta transfigurado na forma de uma criança, tanta coisa que aprontei. Inglês sempre foi uma de minhas matérias preferidas, tanto é que até hoje eu estudo, isso aconteceu se eu não me engano na 6ª ou 7ª serie. Aula de inglês, eu mudo, imóvel, prestando atenção em tudo, meu erro nesse dia foi sentar entre João e Joaquim [nome trocados, sabe como é hoje em dia tudo dá processo] João à frente e Joaquim atrás eu no meio fazendo um sanduíche da dança do maxixe [sem duplos sentidos por favor].
Parece que exatamente no dia que a gente quer parecer gente o capeta atenta, eu lá caladinho prestando atenção Joaquim começa a provocar João, e João a provocar Joaquim, eu quieto sem dizer nada. O professor dando aula, de repente o professor vira olha bem pra mim e diz: "Dá pra você parar de incomodar por favor?!"
Como assim? Fiquei bege, eu não estava fazendo nada, me defendi ele simplesmente me mandou calar a boca. Ok, fiquei caladinho no meu canto – eu deveria ter mudado de lugar.
João e Joaquim, perceberam que com a brincadeirinha deles quem iria se ferrar era eu, os filhos da putinha continuaram a se provocarem, toda vez que o professor olhava para trás eles paravam e era eu quem levava a culpa, depois da terceira ou quarta reclamação o professor me colocou pra fora da sala [totalmente injusto] pior foi os filhos da putinha dos meus colegas que não falaram que João e Joaquim era quem estava fazendo bagunça, arrumei meu material na mochila, oh, lembrei agora de meu caderno das Chiquititas – eca! Que nojo.
Aquele só podia ser meu dia de azar, como era o ultimo horário, já que eu tinha sido expulso, claro que eu ia pra minha casa assistir Babulua, quando eu cheguei no portão o porteiro filho da putinha, olhou pra minha cara e disse: "Aqui você não saiu não, vai pra biblioteca ler!" olha o tipo do semi-analfabeto, nem sabia quem era Monteiro Lobato pra me mandar ler, eu tentei argumentar que era o ultimo horário etc e tal, mas não teve jeito, o povo tava cutucando a onça com vara curta, eu simplesmente coloquei minha mochila nas costas e caminhei para os fundo da escola, saltei o muro que dava para um terreno baldio, corri saltei outro muro e fui pra minha casa feliz, até hoje ninguém sabe como eu sai.

Comigo não bando de viado. Vou te contar.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

[história 028: Egoísta!]

Esse fim de semana um dos meus assuntos mais marcantes foi o assalto que aconteceu com uma pessoa ligada a mim, graças a Deus tudo mundo tá bem.
Por incrível que pareça eu nunca fui assalto [raridade no Brasil] tá vendo tem horas que é bom morar na roça, mas falando serio violência é um problema nesse país, pois bem, agora fiquei com o mais perto que eu cheguei de um assalto.
Era férias e eu estava visitando minha avó paterna na cidade dela, numa tarde saímos minha prima e eu para o centro, só pra bater perna e expor a face a figura na rua. Eu não me lembro bem só sei que eu me distraí com alguma coisa e minha prima [hiper-ativa] caminhou rápido me deixando pra trás, a bolsa pendurada no ombro balangando pra lá e pra cá, chamando os meliantes, enquanto eu caminhava para tentar acompanhá-la um menino da minha idade mais ou menos se aproximou do meu lado e disse: "Ei cara, pega bolsa e sai correndo, a gente divide lá na frente."
Sem entender direito eu disse: "O QUÊ?"
Como se fosse a coisa mais natural do mundo, ele falou [compassadamente]: "Pega a bolsa dela e sai correndo, lá na frente a gente divide."
Acho que na hora eu não me liguei que eu estava falando com um ladrão, um ladrão adolescente, porém, um ladrão, eu respondi: "Saí fora cara, eu não vou fazer isso não!"
Acelerei o passado ficando lado-a-lado com minha prima, de repente o menino que tinha ficado parado lá de trás gritou: "EGOÍSTA!"

Agora analisem vocês, eu me recuso a roubar bolsa de uma pessoa, bancando o bom cidadão e recebo em troca uma ofensa. Só aqui mesmo, vou te contar.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

[história 027: Eu prefiro ficar sem consciência]

Amigas universitárias é que há - pelo menos era o que eu pensava. Eu tenho vários amigos universitários na área de saúde, duas fisioterapeutas e uma enfermeira [futura obstetra, minha futura Helena de paginas da vida] isso sem contar um psicólogo e uma técnico em enfermagem, ou seja, eu me dei bem nas áreas da saúde.
Ter amigo que estuda saúde é ótimo além de você ficar sabendo de tudo quanto é doença que existe no mundo e escutar história absurdas, dá ainda pra aprender [de grátis] termos médicos para falar coisas super simples. Eis alguns exemplos:

Alopecia, ausência de pêlos, ou seja, peladura.
Broncoscopia, ou seja, o exame pra ver se você tem catarro no peito.
Escaras, ou seja, ferida.
Glaucoma, se algum medico dizer isso pra você é o mesmo que tá dizendo que você vai ficar cego.
Hematúria, ou seja, você está fazendo xixi de sangue.
Mialgia, ou seja, dor nos músculos.
Pericárdio, ou seja, uma pele que cobre nossos corações [sim, seu coração tem isso].
Toxemia gravídica, ou seja, você está grávida.

E por aí segue a lista, bom disso que você pode tirar onda com as outras pessoas e todo mundo pensa que você é super intelectual.
Essas amigas moram numa cidade vizinha [moravam aqui, mas mudaram para poder estudar] mesma cidade que eu estudo inglês todos os sábados, num desses sábados depois do inglês eu fui visitá-las, elas moram todos juntas [a enfermeira e as duas fisioterapeutas] conversa vai, conversa vem, depois de muita fofoca e falação do povo de nossa cidade uma das fisioterapeutas pediu pra testar o que ele tinha aprendido na aula, não sei explicar direito, mas era algo com o nome de valgo e varo, ou seja, quão torta é sua perna, valgo é torta pra fora, varo é torta pra frente ou ao contrario, enfim eu não me lembro, o certo é que ele queria saber o quanto minha perna é torta.
Fiquei de pé, como ele me pediu, com uma régua muito diferente minha amiga começou a medir, aqui e ali, me pediu pra mexer a perna para lá, para cá e veio o diagnostico:

- Você tem a perna torta para fora, você anda com os pés abertos ...

Ele é continuou falando, falando, falando e foi me dando um desespero de ter tanta coisa só na perna, eu não agüentei e desse: "Pelo amor de Deus, pára! Eu prefiro ficar sem consciência de tanta doença."

Lembrei de Aline Durel, quando ele diz: "Calem a boca, deixem eu ser burra porque ser inteligente dói."
Pura verdade!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

[história 026: Quem tem boca grande. fala o que não deve falar]

Ontem eu saí do emprego numero um e fui resolver coisas do emprego numero dois – emprego esse que eu comento muito pouco. Não se preocupem não tem nada haver com prostituição ou trafico de drogas, meu sonho que fosse, pelo menos eu ia ficar muito rico, ok. Eu fui à Secretaria de Educação fazer umas ligações etc e tal. Conversando com o secretario que estava precisando de um cadeado no infocentro [emprego 2] por que os moleques da rua estavam desligando o padrão com tudo ligado dentro, a coitada da mulher que trabalha limpado, outro dia resolveu limpar de noite e de repente tudo ficou escuro, a mulher coitada quase deu um enfarto de susto e me avisou do fato, para não perder 10 computadores eis que eu fui atrás de um cadeado pra trancar o padrão. O secretario disse que lá não tinha cadeado, mas que eu ligasse para o secretario de obras publicas e transporte que ele mandaria a ordem para eu comprar numa das lojas de material de construção daqui. Pois bem, foi exatamente o que eu fiz. Eis a ligação:

[ triim... triiim... triiiiim ]

– Alô?
– Eu gostaria de fala com o secretario de obras.
– É ele falando.
– Ah, oi Sr. Fulano, é Jarbas.
– QUEM?
Jarbas.
– QUEM? Eu não estou escutando nada.
– É JARBAS.
– Ah, pode falar meu filho.
– É que nós estamos precisando de um cad...
– O QUE? Não testou escutando nada.
– Nós estamos precisando de um cadeado no info...
– Cadeado pra QUE?
– Para o padrão do infocentro.
– Padrão de ONDE???
– DO INFOCENTRO.
– Mas por que você quer um cadeado para o padrão do infocentro?
– É porque os moleques estão desligando o padrão.
– QUEM tá desligando o padrão?
– Como eu vou saber?! O povo da rua.

[* letras maiúsculas significam gritos.]

Essa lutou durou mais ou menos uns dez minutos, até ele entender que eu era Jarbas e que eu queria um cadeado para colocar no padrão do infocentro e que tinha gente [vândalos] desligando o padrão com todos os computadores ligados dentro.
Uma coisa eu tenho que explicar: na cidade pequena todo mundo conhece todo mundo, por exemplo; aqui o prefeito é meu padrinho, o secretario de educação é um grande amigo, o secretario de obras é meu vizinho de frente, daí você imagina, aqui você peida na praça de baixo quando você sobre tudo mundo já tá sabendo na praça de cima, pior quando aumentam, aí você peida na praça de cima e dizem que você cagou nas calças na praça de baixo – relevem, por favor, essa exemplificação com excremento sólido e gasoso humano é porque eu sempre uso ele pra falar o nível de fofoca daqui, mas vocês entenderam ?
Voltando a história: Quando eu desliguei o telefone, meus nervos estavam tão alterados, eu estava tão estressado que eu falei alto: "Como coloca uma pessoa semi-analfabeta pra trabalhar numa secretaria da prefeitura". Quando eu olho pra atrás, adivinha quem estava atrás de mim ouvindo tudo? O filho do secretario de obras, meu vizinho. Eu fiquei totalmente bege, onde estava o buraco pra eu cair dentro? Eu quis morrer na hora, eu tinha me esquecido que ele trabalhava lá, pra que eu fui abrir minha boca grande.?!

[ Quando eu contei pra Sandro ele disse: "Isso que dá falar antes de pensar!". Ui! ]

Não sei como eu enrolei o filho do cara, só sei que no fim foi ele mesmo quem foi pegar o cadeado com o pai dele e trouxe pra mim, se ele escutou até agora ninguém veio falar comigo, aqui rezando pra Deus pra continuar assim na paz. Pior de tudo vai ser olhar pra cara do homem quando sair na porta de casa.

Moral da história: Nunca xingue alguém com parentes perto, é bom pra você e pra todos os seus dentes.

terça-feira, 15 de maio de 2007

[história 025: Ele tá tirando foto do negicio professora]

Pomba-gira tá solta na escola que eu trabalho. Quem vem acompanhando o blog, lembra que eu contei a história do menino tarado que mostrava o pinto para as colegas no fundo da sala. Pois é, mas como desgraça boa é desgraça em quantidade e a irresponsabilidade dos lideres dessa escola em não falar de educação sexual para os alunos, isso tudo junto formou uma nação de pré-adolescentes tarados nessa escola, eu que sou um humilde técnico de informática fico calado só vendo o circo pegar fogo. Olha a ultima que aconteceu:

Aula de artes, o menino chega com uma maquina digital que a mãe tinha dando pra ele de presente, aí você diz, sim e daí? Calma que lá vem bomba... O menino tirou fotos dos colegas, com a professora, das meninas, até aí tudo normal não é? De repente o menino saiu da sala com a digital - o que você julgaria? "Ah, ele foi tirar foto de outras pessoas pela escola, só tá deslumbrado com a digital, logo isso passa"; bombinho você, continua lendo... momentos depois voltou para a sala e sentou no fundo da sala.

- Pausa para comentário -
Concordem comigo que no fundo da sala é onde acontecem as piores coisas, ou melhores dependendo do ponto de vista que você utiliza, não é verdade?
- Fim da pausa para comentário -

Aula de educação artística é uma aula mais flexível [eu diria] então, os alunos caminhavam para lá e para cá enquanto faziam os trabalhos, a professora percebeu que o menino chamava as meninas e mostrava fotos na digital, depois as meninas saiam, como eu poderia dizer, ligeiramente assustadas, intrigada a professora foi até onde o aluno estava e pegou a digital, adivinha? Sim. Tinha exatamente isso que você está pensando agora; fotos do pênis do menino - diga-se de passagem, duro.
A professora foi rápida no raciocínio e falou: "Ah, era isso que você estavam vendo? Pensei que fosse uma coisa bem interessante, apaga essas fotos menino, seu pênis nem é grande."

Pronto, só bastou o "seu pênis nem é grande" para o menino quase morrer de vergonha e deletar todas as fotos da digital e nunca mais levar a digital para a escola, até hoje a diretora não sabe dessa história, isso só rola nos bastidores da sala dos professores, conto com vocês pra guardarem segredo. [risos]

segunda-feira, 14 de maio de 2007

[história 024: - É o nome dele ou é doença?]

Sábado foi um americano no curso de inglês, um daqueles membros da Igreja de Jesus dos Santos dos Últimos Dias. O menino era lindo, sabe aquele típico americano que nós vemos nos filmes de adolescente, ele é aquele cara que é otimo em esportes namora com lideres de torcida e é super popular na escola, obviu que eu disse isso pra ele em inglês - cof. cof.
Pois é, no sábado de noite lá vou contar a história do americano pra um amigo, sentando no banco eu começo a falar, descrever a criatura, aí e disse que ele era branco, muito branco, tipo aqui existem poucas pessoas pra falar que é brando de verdade, todo mundo é meio encardido, meio queimado do sol - inclusive eu mesmo.
Eu: "Nossa cara, ele era tão branco, e tinha olha azul, acho que foi a pessoa mais branca que eu já viu, só faltou o cabelo ser preto."
Meu amigo vêm e opina: "Um dia eu vi uma pessoa bem branca também, mas acho que era aquela doença que a pessoa não tem cor, por que até os cílios dele eram loiros quase brancos"
Eu digo: "Ah, era Albino"
Meu Amigo: "Você conhece ele? Espera aí... Albino é o nome dele ou é a doença?"
Preciso dizer mais alguma coisa? Quase morri de rir, depois eu expliquei pra ele que era a doença.
Cada coisa, vou te contar!

domingo, 13 de maio de 2007

[Por quê? Por quê? Por quê?]

Tanta coisa vem acontece né?!
O Papa está no Brasil - grandes coisas, quem é mesmo? O dólar está abaixando - isso é bom, agora minha viagem pra exterior sai. Aquecimento global - isso é coisa seria.
Tanta coisa acontecendo que eu também quis entrar na onda de mudanças e transformações não podia deixar de mudar algo também, não é verdade?!

Mudar, mudar, mudar ... nada é para sempre dizia o ditado ... tudo mudo o tempo todo no mundo.

Finado weblogger.com.br, falou, falou, falou e não explicou porcaria nenhuma.
Ok, não foi por causa do Papa no Brasil, nem da baixa repentina do dólar, muito menos por causa do aquecimento global que eu mudei do weblogger.com.br parablogspot.com, então por quê?

Simples, blogspot tá na moda, quando você fala parece marca de chiclete e porque ninguém estava conseguindo entrar no weblogger, alegando ser muito complicado o endereço, agora quero ver, quem não consegui escrever blogspot.com. Acho que é isso.

Para explicação ... o weblogger estava no ar desde 13/03/2007 e todas as postagens foram copiadas e coladas aqui, sem nenhuma alteração, inclusive os comentários de todos, aproveitando o espaço, muito obrigado a todos que comentaram e que comentarão, valeu mesmo.

Então, vida longa ao blogspot!

sábado, 12 de maio de 2007

[história 022: Esperando o café esfriar]

Estou eu na minha casa à tarde, lendo As crônicas de Nárnia, quando eu escuto um alvoroço na rua, uma gritaria, som de gente correndo, abri a janela do meu quarto para ver o que acontecia, uma mulher corria a frente gritando, mais ou menos umas trinta pessoas corriam atrás da mulher. Chamei um amigo que estava seguindo a multidão apressada e perguntei o que estava acontecendo ele me disse que o marido da mulher que corria à frente brigou com a dita cuja e disse que ia se matar afogado na barragem, mulher não acreditou e disse pra ele fazer isso mesmo, o homem saiu da casa agora a mulher estava correndo atrás do marido para tentar impedi-lo de se matar, aí eu me questionei "O que todas aquelas pessoas estão fazendo atrás da mulher?" Claro que eu perguntei o que ele e toda aquela gente estava fazendo atrás da mulher, ele simplesmente disse: "Oxe, quero ver o bafão todo!". Pensei profundamente e conclui que eu também precisa ver tudo pra contar aqui no blog. Só foi o tempo que eu calcei minhas sandálias e sair com meu amigo atrás da mulher continuava correndo gritando desesperada, como se o marido fosse ouvir ela.
Depois de três ladeiras enormes, uma pista reta de quase 200 metros e uma ladeira cheia de pedregulhos e barracos chegamos à barragem, a mulher de longe avistou marido sentando nas pedras perto da água, correu feito uma louca gritando: "Amor, amor, eu amo você, não se mata nãoooooo, eu estava mentindo, eu nunca coloquei chifres em você"
Essa foi no coração, quem diria que a aquela criatura, que todo mundo pensava que era um anjo de candura, uma santa casta mentia para o marido que o traia, mentia tanto que o coitado decidiu se matar para não conviver com o peso dos chifres em sua cabeça.
O homem olhou para cima sem entender nada, a mulher seguida de mais de trinta pessoas, a única reação dele foi ficar parado onde estava, sem dizer uma palavra, a mulher do homem desceu até a beirada da água onde o marido estava, conversaram, todos nós em silencio absoluto respeitando o momento intimo do casal - até parece! De repente, do nada, sem mais nem menos a mulher deu um tapa na cara do marido e saiu com uma cara de dar medo em pittbull raivoso, fungando feito touro bravo, ninguém entendeu nada, todo mundo ficou decepcionado, a mulher passou por nós sem dizer nada, foi aquele burburinho, todos questionando o que eles poderiam ter conversando e por que o tapa na cara do homem, sem obter resposta alguma, voltamos todos para casa altamente decepcionados, à noite eu fiquei sabendo qual foi o dialogo entre a mulher e seu esposo. Eis o:

Ela: - Amor não se mata não, eu te amo!
Ele: - Para mim não dá mais não Maria, eu vou me matar.
Ela: - Pelo amor de Deus homem, eu nunca te trai era tudo mentira, só pra te deixar nervoso.
Ele: - Mesmo assim eu vou me matar.
Ela: - Se você tá tão decidido assim a se matar, por que você não se matou ainda? Da hora que você saiu de casa dava pra você morrer umas três vezes.
Ele: - Eu tô esperando o café quente que eu bebi antes de sair esfriar na minha barriga, pra eu entrar na água.

Então veio o tapa na cara!.

Depois de uma dessa até eu senti vontade de dar um tapa na cara dele.
Francamente, até parece que ia fazer alguma diferença o café quente ou frio. Vou te contar!

[história 023: No culto de quarta-feira, no chão, mas não da feira]

Hoje me falaram tanto de Jesus Cristo que eu me lembrei de uns bafões dos tempos que eu era religioso e evangélico. Sim gente é difícil de acreditar, mas eu fui por mais ou menos seis anos membro assíduo de uma igreja evangélica. Essa história aconteceu num culto de quarta-feira, era um culto que geralmente iam poucas pessoas, mas parece que quando é para acontecer alguma coisa aparece gente muito mais do que o esperado, sim, a igreja tinha mais gente do que normalmente tinha nas noites de quarta-feira, porém não estava cheia. Estava sendo uma pregação lenta e monótona, eu mesmo abri a boca muitas vezes. O rapaz que estava pleiteando pediu para que cada um de nós, alí mesmo sentados abaixássemos a cabeça e fizéssemos uma oração pessoal pedindo a Deus a coisa que nós estivéssemos mais precisando no momento - pedi um video-game. Uma senhora que estava no banco á minha frente, continuou com cabeça baixa mesmo depois do rapaz finalizar o momento de oração, no começo eu pensei: "Essa tá precisando!" depois pensei: "Nossa, isso que é comunhão com Deus" mas finalmente conclui pensando: "A velha safada tá é cochilando rapaz!" isso mesmo que você leu, a velha foi fazer a oração, não aguentou e dormiu - sorte dele que ela não roncou. Aparentemente ninguém se importou, muito menos fizeram algum comentário, o rapaz preletor fez as considerações finais e iria concluir com uma oração pedindo por todos os pedidos que os membros tinham feito naquela noite - oração fraquinha a dele porque eu tô esperando o video-game até hoje. Eu não sei se foi o nível de sono que aumentou ou foi o susto como o "amém" exagerando que o rapaz quase gritou no microfone no fim da oração, só sei que de repente só via a mulher escorregando pelo banco e puff no chão, o baque foi tão forte que todo mundo na igreja tomou um susto, eu prendi, mas minha vontade era explodir de risadas da velha - coitada! Ela levantou meio desnorteada, meio sem saber onde ela estava e porque estava no chão, ainda meio dormindo, ela olhou ao redor, todos os membros olhando pra ela boquiabertos foi aí que a infeliz percebeu que tinha cochilado e caído no chão da igreja, vermelha feito um pimentão a velha só fez pegara a bíblia dela que estava em cima do banco e saiu sem dizer absolutamente nada. Essa senhora ficou um semana sem ir na igreja, exatamente a semana que eu e outros membros fizemos questão de expalhar o bafão - claro! Uma semana depois ele voltou normalmente pra igreja, mas dessa vez como cabelo roxo, mas essa é uma outra história.

[história 021: Ele tá mostrando o negocio professora]

Eu tinha que contar essa história, escutei-a na sala dos professores ontem de manhã. Sala de professores é o melhor lugar para saber fofoca de alunos. Que isso não saia daqui e dei-lhe liguá nos coitados.
- nomes e matérias escolares serão trocados -
Pois bem, essa história aconteceu assim: A professora de português estava corrigindo os trabalhos nos cadernos de cada aluno por vez, de cabeça baixa ela chamava o aluno de acordo com a ordem da caderneta de presença e revisava os textos que eles tinham produzindo, de repente chegou uma menina, usando as próprias palavras da professora, branca igual um papel oficio recém tirado do pacote. A aluna aproxima-se e chama a atenção da professora, que logo percebeu o estado pré-catatônico da criatura.

A aluna: "Professora João tá mostrando o negocio lá no fundo!"
A professora: "O negocio? Que negocio Maria?"
A aluna: "O negocio professora!"
A professora: "Assim fica difícil Maria, se você não me disser que negocio é esse eu não vou poder fazer nada."
A aluna [vermelha feito pimenta madura]: "João tá mostrando o pênis lá no fundo da sala professora."

A professora coitada nos contou que ficou pasma na hora, sem palavras, como assim? Mostrando o pênis, isso tudo por que o menino só tem 14 anos de idade, agora imagine o quanto de hormônio essa criatura não tem loucos para sair e ganhar o mundo, esse menino deve ter hormônio saindo até pelo nariz. A professor percebendo que o caso era "grave" e que o menino não fazia a minima questão de fingir que não tinha motrado o pênis para as colegas, mandou a criança falar com a diretora [azarado!] conversam, conversaram, conversaram o menino não voltou mais na aula da professora. Mas não pensem que parou por aí, o menino recebeu uma advertência verbal e voltou as atividades normais do dia escolar dele, quando foi mais tarde na hora do intervalo uma menina abaixou-se pra amarar o cadarço do tênis, ficou naquela posição que dizem que Napoleão perdeu a guerra, por azar dela [coitada!] quem estava atrás? João, o tarado! João veio por trás e deu uma acochada menina que a mãe da coitada da menina sentiu cócegas nos fundilhos lá na casa, por azar de João que nesse dia só podia estar com a pomba gira no corpo uma das disciplinadoras [aquelas mulheres que ficam rodando as escola o tempo todo pra ver se a gente tá fazendo danuria] viu e contou para a diretora, que por sua vez chamou o menino na sala dela de novo, conversam, conversam e fico que o menino só entraria na escola no outro dia se viesse acompanhado da mãe ou do pai.
Quando o menino saiu a disciplinadora que já sabia o que ele tinha feito na sala de aula perguntou o que ele tinha, o que ele tava sentindo, porque ele estava agindo daquela maneira. O menino respondeu que tinha uma coisa presa dentro que ele queria colocar pra fora, uai deu medo.
Pra finalizar a história no outro dia a mãe do menino apareceu na escola e escutou o caso inteiro da boca da própria diretora, na presença da professora e da disciplinadora, a única coisa que a mãe do menino disse foi: "Mesmo todos vocês me falando eu não acredito que meu filhinho fez isso."
É de querer morrer não?! como diz o velho ditado: "O pior cego é aquele que não quer ver". A mãe do menino ficou de sobre aviso de que se repetisse isso de novo ele seria suspenso da escola.

O que eu tiro de lição disse: Graças a Deus eu na sou mais professor e graças Deus eu não sou professor do taradinho da caatinga, imagina se esse menino invoca de querer me comer aqui nessa sala de 5X7 m².

Cada coisa viu ... vou te contar!

[história 019: Põe o koo pra cima filho!]

"Mãe eu estou grávido!" Essa foi à frase que disse quando acordei, no outro dia após comer uma maldita salada de repolho no jantar na noite anterior, a gravidez poderia até ser possível se não fosse as impossibilidades físicas e por pertencer - acho - ao sexo masculino. Minha barriga estava tão estufada que eu senti medo de que um alien saísse dali numa cena típica de filme de terror protagonizado por monstrengos.
Eu juro sobre a Sagrada Bíblia que nunca mais eu como aquela maldita verdura - ou será legume? Deus que duvida cruel - Se eu soubesse que o tal continha grande quantidade de metano eu não o teria comido, isso só pode ser praga, como diz a propaganda do Greenpeace "A natureza não se defende. Ela se vinga" eis aí vingança do repolho assassino causador de gases e flatulências.
Deus salve as mães, com sua eterna sabedoria, mamãe preparou um chá e minha barriga em alguns minutos murchou feito um balão furado, com os sons de esvaziamento bem mais amplificados.
Foi terrível, eu pensei que aquelas bombas explodindo dentro de meu estomago nunca ia parar, eu experiência realmente muito traumatizante, já sofri com ressacas por causa da cervejadas com os amigo, azia por causa da feijoada de domingo e até má digestão por causa da lasanha de sábado em antigos almoços na casa de vovó, mais nada comparado a flatulência causada por uma salada de repolho. Um grande dilema sobre veio minha cabeça, depois que eu percebi que aqueles ares indesejados não iriam embora, ou seja, acabar antes da hora do trabalho, o que os usuários e alunos inocentes iam dizer de mim após soltar um punzinho despercebido? E se resolvessem fazer reunião exatamente naquela hora? E se a diretora chegar e quisesse falar comigo? O desespero me tomou e eu suei frio, não podia passar por uma humilhação tão grande, não podia permitir que me vissem soltando flatulência aos quatro ventos, sem controle. Confesso que não tenho [muito] pudores para meus gases, confesso até que já andei destruindo os mesmos para meus amigos mais íntimos - coitadinhos sofrem - mais esses gases eram diferentes - de certa forma, especiais - seus graus de periculosidade eram altíssimos e os malditos foram causados pela verdura - ou será legume? - carregada de muitíssimo metano. Eu não queria ser exposto, não queria ser ridicularizado, iram rir de mim e dos meus gases. A preocupação tomou conta de meu ser, minha mamãe em sua saberia fez mais por mim, ensinou-me um exercício um tanto estranho se analisado pelo ponto de vista de machões freqüentadores dos altos círculos.
"Põe o koo pra cima filho, é a única solução". Disse minha mãe, sem dar muita importância para o linguajar "rude".
"Você está louca minha mãe!" exclamei em ânsia descarregando mais uma rajada mortal de gazes.
"Ou você faz isso ou vai pro emprego peidando feito gambá". Disse minha mãe virando e saindo do meu quarto, acho que o cheiro dos gases não tava muito agradável.
Eu fiquei sozinho, abandonado até por minha mãe, jogado no fundo daquele quarto branco, eu e minha flatulência, rodeados apenas por pôsteres de cantores, que parecia também torcer o nariz a cada punzinho que eu soltava.
"O que eu farei agora?" questionei-me durante um tempo e as palavras de mamãe retornaram a minha mente, "Coloca o koo pra cima filho" achando-me um ridículo deitei na cama e de koo pra cima liberei todo o ar que estava preenchendo o meu ser, não sei se foi horas ou minutos, só sei que fiquei murcho feito uma bexiga furada, emagreci uns três quilos - me senti maravilhosamente bem - fui trabalhar em paz, agradecido por minha querida mãezinha ter me ensinado este segredo milenar, eis o melhor remédio para gazes.
Quanto ao repolho, talvez eu experimente essa verdura meliante outras vezes, agora sei o antídoto para suas façanhas, gazes por causa de repolho nunca mais.

[história 020: mas era o que grava CD]

Estava eu na minha sala curtindo a minha solidão, quando batem na porta; adivinha quem era? Sim, ela mesma, a diretora. Veio falando que o computador da sala dela estava travando toda hora e que ela iria precisar de uma das CPUs da minha sala para usar na sala dela até p técnico viesse para concertar, explicou o motivo pedido de empréstimo, mas eu não fiz muito esforço para memorizar [coisas do PDE e outras complicações de escola] . na minha sala tem 15 computadores, sendo que apenas 10 estão ligados à internet.
Pois bem, dito isso ela saiu e eu comecei a desplugar uma das CPUs que não estava ligada à internet; conseqüentemente começou a crise de espirros e alergia por causa da poeira armazenada a anos ali, parecia até que o Saara inteiro tinha passado e ficado debaixo daquele gabinete [exarado!] aff, mas eu juro que tinha 3 insetos mortos ligeiramente grandes debaixo da CPU, enfim, terminei de desplugar tudo e fui carregando a CPU nos braços para a sala da diretora, aquele monte de ferro e fios parecia pesar uns 100 quilos, também aquela coisa é tão antiga que funciona a lenha.
Usando a própria CPU eu bati à porta, a diretora abriu, entrei, ainda com a CPU na mão ela olhou pra mim e disse: "Esse computador é daqueles que grava CD né?"
Eu respondo: "não, você queria um que gravasse CD?"
Ela olha para mim com uma cara de 'é obviu' e disse: "eu quero o que grava CD, leva esse de novo e trás a outra."
É de querer morrer, não é? Minha vontade era de soltar aquela CPU no pé dela e depois gritar bem alto "PEGA DO CHÃO AGORAAAA". Reduzi meu ímpeto assassino a uma cara feia e saiu pisando duro, fungando de raiva.

- Pausa para questionamento profundo -
Porque aquela mulher desalmada não disse que queria a porcaria da CPU que gravasse CD na hora que ela foi na sala dizer que queria uma CPU na sala dela?
- Fim da pausa para questionamento profundo -

Voltei pra minha sala, despluguei toda a outra CPU num minuto, a raiva me consumia da cabeça aos pés, aí minha vontade era que alguém chegasse lá e me xingasse ou coisa parecida que eu ia desossar sem derramar uma gota de sangue, nem Augusto Cury gritando na minha cabeça iria me acalmar, peguei a desgraçada da CPU que gravava CD e instalei lá na sala da diretora. Voltei pra minha sala irado. Só acabou de tarde quando eu recebi uma ótima noticia.

Eis toda a questão: Por que as pessoas não se comunicam?
Cada coisa ... vou te contar.

[história 018: Faz mais barato pra mim!]

Tudo começou a algum tempo atrás numa dessas noites quando tava todo a galera reunida na rua, pois bem, um de meus amigos trouxe um amigo dele, bem feiozinho [coitado!] conversa vai, conversa vem, fui bem simpático como o patinho feio tentando inturma-lo no grupo, até aí tudo bem, ser simpático não faz mal a ninguém [doce ilusão]. Acho que uns 15 dias se passaram, lá estava eu na rua de novo com outros colegas, estávamos no trailer de lanches comendo, quando aquele meu colega, o que trouxe o patinho feio, me chamou dizendo que tinha um segredo pra mim contar. Segredo? Isso não tava me cheirando coisa boa.... mas lá fui eu. Meu amigo muito desconcertado, eis o dialogo que se seguiu:

[vou chamar meu colega de Carlos e o patinho feio de João]

Eu: "Diz aí cara"
Carlos: "Tô meio sem jeito"
Eu: "Tô vendo... aff... fala logo, você tá me deixando nervoso"
Carlos: "tá, tá, vou falar logo, oh, mas você não fica com raiva de mim não, é que, você lembra de João?
Eu: "Lembro, e o que tem ele?
Carlos "Pois é, ele pediu pra eu lhe perguntar quanto você cobra no programa, porque ele quer ficar com você, mas ele pediu para você cobrar mais barato porque vocês são amigos e ele tá meio que sem dinheiro."

Eu fiquei bege com bolinhas verde-limão bioluminescente, não, eu não tinha escutado direito, havia com certeza um mal entendi, ele tava me confundido, eu pedi para Carlos repetir, ele disse tudo exatamente igual e garantiu que era comigo mesmo. O patinho feio da caatinga estava me confundido com um garoto de programa, pra piorar estava me pedindo desconto alegando uma amizade que nunca existiu. Eu só falei com o menino uma única vez e ele já acha que nós éramos amigos, aí aquela hora eu necessitei de minha bazuca de mísseis teleguiados, mas me contive em apenas respirar fundo pensar nas lições e Augusto Cury e disse: "Carlos, diga para João procurar o que fazer, se masturbar é uma boa idéia, por que eu não tô precisando de fazer programa ainda, não preciso por causa do dinheiro e nem preciso para ficar com alguém e si eu tivesse fazendo diga para ele que com certeza eu não faria com ele, e quanto ao desconto, nunca iria rolar, pra agüentar a cara feia dele tem que ser por muito dinheiro e ele nunca foi meu amigo e depois dessa provavelmente não vai ser."

Carlos saiu mais desconcertado do que chegou, tenho absoluta certeza de que ele passou o recado direitinho pra João depois disso ele nunca mais olhou na minha cara.
Francamente, isso é que dá ser simpático com as pessoas. Cada cosia!

[história 017: O chapéu de viado e a faca]

Sexta-feira! Graças a Deus, como sexta-feira é dia de muito bêbado na rua, bêbado me lembra bar, eis a história que aconteceu aqui essa semana, segunda ou terça, enfim, eu não me lembro, foi mais ou menos assim:

Um homem chegou no bar usando um chapéu, pelo que consta nos altos da história os colegas de bar do homem começaram a provocá-lo dizendo que o chapéu era de viado. E assim se segui, tudo mundo do bar dizendo que o coitado que ele tava usando um chapéu de gay, ele se defendendo, eis que a graça da história acabou, mas vocês sabem que sempre existe aquele pessoa pentelha que mesmo depois do fim da graça da piada ele fica cutucando a ferida aberta só pra ver a gente nervoso, pois bem, nesse bar tinha um pentelho assim, e ele ficou fazendo o que mais sabia fazer provocar, o moço do chapéu foi ouvindo, ouvindo, ouvindo as provocações até que não agüentou mais e tirou uma faca que estava presa ao cinto, que até então era desconhecido a existência por todos, o silencio reinou na hora, o pentelho calou a boca, mas não foi rápido o suficiente para fugir da facada, sim o homem do chapéu de viado cortou o ombro do moço pentelho-provocador, [povo violento, né?!] ao mesmo tempo que gritava:

- EU NÃO SOU VIADO!

O moço com o ombro cortado saiu do bar correndo, mas não pensem que o bafão acabou, agora que fica bom, daí né, ele correu até o deposito da prefeitura que fica ao lado do bar e pegou um pedaço de madeira e voltou para o bar, enquanto isso todo mundo já estava fora do bar inclusive o homem-do-chapéu-de-viado-esfaqueador e todo a vizinhança [inclusive euzinho!] e ficaram assim os dois, um de lá o outro de cá se ofendendo e fazendo ameaças, o homem do ombro cortado sangrando horrores, mas nem parecia sentir dor, incrível nunca tinha visto uma coisa daquela.
O homem cortado gritou: "Eu vou te matar de paulado!"
[detalhe que o pedaço de madeira que tava na mão dele realmente era muito grande]
o homem da faca falou: "Vem, vem, daqui eu não erro você nunca, acerto seu coração com essa faca"

Atrás do homem do ombro cordado tinha um carro parado, o carro é do dono de um marcado que também é próximo ao bar.
O homem da faca gritou de novo: "Eu vou jogar essa faca em você!"

Nessa hora a mãe do dono do carro e do mercado, ou seja, a mesma pessoa saiu correndo de dentro do mercado e gritou: "Pelo amor de Deus, acerta a faca nele, porque se você acertar no carro do meu filho eu te mato, tá novinho esse carro,meu filho comprou a poucos dias."

O povo todo ficou paralisado olhando a mulher quem nem se importou com nada e continuou à porta, acho que ele demorou um pouco para perceber o teor de desumanidade da fala dela, a situação foi tão estranha e feia que o homem da faca foi embora ainda usando o chapéu de viado, o homem cortado foi para o hospital e levou 10 pontos no ombro, eu corri para o computador para escrever isso.

É, tem gente que acha que carros novos valem mais do que vidas!
Bem-vindos ao Planeta Terra, esses são os humanos.

[história 014: A Cigana]

Daí né, eu estava vendo umas fotos do curto período de tempo que eu fiquei em Curitiba, deu uma saudade tão grande dos parques, shoppings, ui chega me dar uma dor no coração ... tomara que eu possa voltar lá logo!
Me lembrei de uma história que aconteceu comigo numa das vezes que eu fui pra rua sozinho.

- Flashback por favor -

Lá estava eu caminhando pela Rua XV de Novembro, após ter perdido e me encontrado umas 5 vezes no centro de Curitiba; tenho certeza que eu estava andando meio aluado, também pudera né gente, eu sai da roça e fui pra capital é muita informação para meu cérebro de catingueiro, a gente entra em curto. Ok, voltemos para a Rua XV de Novembro, então... eu caminhava achando que eue estava na própria Champs Elysees em Paris, foi exatamente a imagem da Champs que eu tive quando eu vi aquelas mesinhas dos cafés e bares, coisa típica da Europa [ai aquilo que era vida Deus].
Deslumbrado olhando os prédios, as pessoas, uma cigana me abordou: "Posso ler sua mão?" - Ela disse, tinha os 5 dentes da frente de ouro, super diferentes porque era um ouro, sei lá, moldado em forma de flor, xique de classe.
Ela não imaginava que o catingueiro tivesse uma quedinha por misticismo e magia e entendia do assunto mais do que ela imaginava, sem dizer nada eu estendi a mão direita [atentem ao detalhe que lê-se a mãe esquerda] Ela segurou minha mão, olhou desconfiada, coçou a cabeça, analisou, balbuciou algo que eu não esforcei pra ouvir e entender, olhou pra mim e disse: "Se eu ti disser coisas boas você me dá 5 reias?"
hua hua hua hua. Ela só podia tá fazendo uma piada né?! Deu vontade de arrancar minha mão da mão dela e dar uma lição de quiromancia para ela, mas nunca fração de segundos eu mudei de idéia, admito que os outros ciganos que estava ao redor abordando outras pessoas me influenciaram muito na decisão que tomei, resolvi ser dramático.
Eu olhei para a cigana com o olhar marejado de lagrimas, rebusquei bem o sotaque baiano e disse: "Dona, eu sou da Bahia, tô aqui procurando emprego desde 8 horas da manhã sem almoçar, sem beber um copo d'água, o único dinheiro que eu tenho é pra pagar o ônibus e voltar para minha casa, a senhora realmente quer meu dinheiro?"
A cara que a cigana fez foi de cortar o coração, ela olhou para mim quase chorando, fechou minha mão e disse: "Vá com Deus meu filho, boa sorte com os empregos."
Só faltou a cigana tirar dinheiro do bolso e me dar dinheiro, eu segui meu caminho, apesar de que eu acho que ela descobriu tudo com seus poderes místicos e me rogou uma praga, por que depois disso eu me perdi umas 3 vezes de novo.

Vai enganar outro, comigo não viada!

- Fim do Flashback -

[história 013: A maldição da Páscoa]

Eis que chega a páscoa mais uma vez, minha mãe uma semana antes gritou na minha casa "eu não quero ovo de chocolate por que eu não vou dar pra ninguém esse ano!" para mim valeu como uma ordem divina, eu já estava saltitando, crente que eu não ia ganhar nenhum ovo de chocolate - não é que eu não goste de chocolate [coisa que eu não sou fã mesmo] mas é que sem chocolate, significa sem espinhas e cravos.

Acordo domingo de páscoa, morrendo de ressaca do churrasco do dia anterior, morrendo de azia por causa da salada cheia de pimentão que eu comi no churrasco, combinada com muita cerveja e whisky [aí eu não sei escrever wisky].

Quando eu olho para a mesa, adivinha o que tinha em cima dela?! Um ovo ligeiramente grande, muito bem embrulhado.

- É pra quem? - Eu perguntei.
- É pra você - Respondeu minha mãe, aff. ela tava de mal humor.
- Oh mãe, brigado, não precisava, eu nem comprei nada pra senhora, a senhora disse que não queria ovo esse ano.
- Oxe, não fui eu quem comprou, apareceu aí - disse minha mãe, ah! Entendi porque ela tava de mal-humor.
Admirador secreto? Ui, é duro ser moreno, alto, bonito e sexual [até parece!] descobri horas depois que tinha sido minha amiga quem tinha mandando o ovo de chocolate. Já que o ovo estava ali, o que mais eu podia fazer?! Comi e dividi com minha mãe, recuperando o bom-humor dela.

Passei meu domingo de páscoa inteiro comendo chocolate, a segunda-feira também, dormi tranqüilo, quando eu acordei na terça-feira... aí eu tinha um problema, tinha uma espinha tão grande na minha testa que parecei que um terceiro olho ia sair acima de minha sobrancelha esquerda, eu quis morrer claro, depois eu quis estourar aquele coisa gosmenta, mas lembrei-me das palavras da dermo: "Suas unhas são seus piores inimigos, nunca estoure uma espinha!" pois bem, resolvi conviver com a afecção dos folículos sebáceos da pele, caracterizada por espinha, especialmente no rosto.

Fui trabalhar, ninguém falou nada.
Fui na casa de minha avó e duas tias, ninguém falou nada.
Fui trabalhar de novo, ninguém falou nada.

[caiu a noite]

Eu estava praticamente eufórico, todos pareciam ignorar minha espinha-quase-olho, eu até esqueci da existência dela.

Lá vou eu pra rua à noite, me sentindo, encontrei com a galera inteira, misteriosamente todo mundo tinha saído na terça-feira à noite - isso não era um bom sinal.
Conversa vai, conversa vêm, eis que chegou uma amiga da qual eu prefiro nem comentar o nome; sabe aquela pessoa errada, que faz o comentário errado, na hora errada, com as pessoas erradas? Pois é, ela é exatamente esse pessoa. Nem dá pra acreditar, a primeira coisa que ele disse quando encostou perto de nós foi: - Jarbas, que espinha grande acima do seu olho é essa?!
Eu fechei os olhos, tremi da cabeça aos pés de nervoso, questionei Jesus Cristo onde estava minha bazuca, aí que vontade de morrer, que nada que vontade de matar aquela criatura ignóbil, resisti ao meus instinto animalesco e assassino, ri para ela perceber que eu não tinha gostado do comentário, mas a anta do pantanal não percebeu o real significado do sorriso; eu sempre digo isso, porque é a pura verdade, desgraça quando vem, vêm acampanhada. Pra completar ele disse: - Tá parecendo que vai nasceu outro olho.
Arrgh! Todo mundo riu de minha cara, eu calado lutando para não regredir uns 11 milhões de anos da cadeia evolutiva e avançar em cima dela de soco e chutes; como eu não presto, olhei bem para cara dela e disse: - Fiquei sabendo que você estava grávida, é verdade?

Coitadinha ficou bege na hora, as gargalhada foram silenciadas, o povo se esqueceu de mim e começou a perguntar mil coisas pra ela, que coitadinha ficou lá morrendo de vergonha, sem saber o que fazer, eu sabia que era a oportunidade que todo mundo tava esperando pra cair matando de pergunta em cima dela.

Comigo não viada, deixa minha espinha no lugar sossegada!

[história 012: O policial abusado]

O ditado já dizia: "mexer com gente, não é coisa de gente", e não é mesmo. Tem cada tipo de gente no mundo que nem dá pra acreditar, uma das piores classificações de seres humanos são os abusados, pior ainda são os que abusam do "poder" que possuem.

Quer entender isso? Então leia a história...

Resolveram colocar uma placa dizendo "Internet Comunitária" na porta de minha sala, agora aqui virou festa na casa da mãe Joana, todos da comunidade podem vim acessar a Internet de graça. Eu estava na sala lindo e loiro [não sei onde achei o loiro, só foi para rimar] feliz da vida porque faltavam apenas 15 minutinhos para eu ir embora, mas como nem tudo é flores e todo mar de rosas tem espinhos, batem na porta da sala, um policial, dizendo que precisa usar a Internet urgente, eu aviso que faltavam apenas 15 minutos pra o sinal da escolar tocar e eu ir embora, ele diz que dá tempo, entra, senta e ignora a minha presença, vocês sabem que desgraça quando vem ela nunca vem sozinha, numa crise depressiva inexplicável a Internet ficou absurdamente lenta [nenhuma novidade] mas tinha que ser exatamente na hora que o policial estava usando o PC?!

5 minutos para o fim das aulas, eu comecei a manifestar visualmente meu incomodo, balançava a perna rápido, soltava baforadas de ar pela boca, mas meus sinais de impaciência pareciam não alterar o policial em nada.
11:40 o sinal tocou, a algazarra dos alunos indo embora para suas casas podia ser ouvida dentro da sala, eu viro para o policial e digo: - Tocou o sinal, eu tenho que ir embora.
Ele olhou para mim inalterado, sem mover um só músculo do corpo inteiro, como si eu tivesse dito; "comi café com pão" aí ele falou: - Pode ir embora, eu fico aqui, quando terminar eu bato a porta e pronto!

Ele só podia ter fumando folha de "bananeira", a ordem prioritária, primordial, principal e todos os outros "PRI" que signifique algo importante é: "Nunca saia da sala com pessoa dentro. Nunca permaneça na escola após o sinal de saída". Agora pensem comigo, imagina se esse policial quebra alguma coisa, queria ia ter que pagar? EU é claro!

Eu disse: - Se eu ti deixar aqui, no outro dia eu tô demitido.
Ele olhou para mim e disse: - Eu só saio daqui quando eu terminar.

Respondam-me, como eu ia colocar para fora da sala um homem de quase 2 metros de altura, uns 90 quilos de puro músculo e para piorar tudo com uma arma presa no cinto?!
Por mim ele ficava lá até 3 horas da tarde.
A única solução que me restou foi deixar a chave na secretaria e esperar o policial terminar tudo que tinha pra fazer.
Eu que volto para minha casa 11:40 tive que esperar o policial até 12:15, azul quase roxo de fome e revoltado por não ter assistido A Liga da Justiça.

[história 010: Homofobia já era!]

Quando é necessário, nós temos que parar [infelizmente] com as piadas e histórias engraçadas e falar serio. Prestem atenção no que me aconteceu dia 31/03/2007 sábado passado.

Antes de ir para o curso de inglês encontrei um grande amigo que mora lá em Vitória da Conquista, sabe aquela pessoa que você gosta de graça, que ocupa seu coração e não paga um centavo de aluguel, que quando vocês se encontram tem que parar pra conversar e quando está conversando dá vontade de nunca mais sair de perto?! Pois é assim que eu me sinto quando eu encontro esse amigo.
Fomos para um praça perto do meu curso, sentamos num dos bancos dessa praça e começamos a conversar, papo muito animado, mil resenhas, mil bafonds, mil fofocas [claro, ninguém é de ferro] conversamos por muito tempo, fomos importunados por um doidinho que passava, muito engraçado, nada serio.
De repente surgiram do quinto dos infernos três rapazes. Nada de extraordinário você deve estar pensando, mil pessoas passam numa praça e nada acontece, mas você esta correto centenas de pessoas realmente passam pela praça e nem olham na sua cara, mas voltemos aos garotos, quando ele passaram por nós, um deles apontou em nossa direção e disse: - Olha dois viados!
Por extinto eu olhei para eles, o outro gritou: - É mesmo, duas bichas!
Caramba eu não quis acreditar no que tava acontecendo conosco, eu bem achando que tinha acabado, eles pararam mais à frente o terceiro falou: - É dois viados mesmo, duas bichonas.

[onde estava minha bazuca?!]

Ele falou num tom desafiador, ficou lá parado com um ar de superioridade, um olhar desafiador, talvez ele imaginou que nós iríamos nos rebaixar a levantar do banco e brigar com eles ali no meio da rua. Nessas horas o melhor remédio é ignorar e foi exatamente o que nós fizemos, eles seguiram o caminho deles, quem parou pensando que ia ver barraco frustrou-se foi embora e nós continuamos conversando como se nada tivesse acontecendo.

Agora eu pergunto: Cadê a tolerância desse mundo? Por quê as pessoas não cuidam de suas próprias vidas? Estar sentando no banco de uma praça, conversando com um amigo, desde quando deixa explicito que ele ou você são gays? Ser gay prejudica alguém? Ser gay ter algum tipo de doença?

As pessoas têm que parar para olhar para seus próprios umbigos tem que deixar de tentar encontrar grãos de areia nos olhos dos outros enquanto nos seus próprios olhos existe uma praia inteira. Nós temos que deixar de perder tempo com coisas tão pequenas e nos preocuparmos com problemas reais que explodem diante nossas caras a todo hora.
Existem heterossexuais terrivelmente ruins e gays também, como existem gays ma.ra.vi.lho.sos e heteros tão bom quanto.
A orientação sexual da pessoa não faz dela boa ou má, não desvirtua o caráter de ninguém, porque quem tem tendência para ser ruim, É, sendo gay ou não.
Gays não são diferentes de ninguém, são iguais a você, seus pais, seus parentes e amigos, eles tem família, amigos, inimigos, pagam contas, tem suas casas, empregos, amam e odeiam assim como você.
Então por que tanto preconceito?
Nós estamos no século 21, na era da informação, da globalização, está na hora de dizer chega para esse tipo de atitude retardada, os gays não passaram a existir de ontem para hoje, os gays existem desde que o mundo é mundo, desde sempre, mas agora que eles estão recuperando o espaço que sempre foi deles, o espaço que sempre mereceram, mas que foi arrancado por mãos de pessoas como esses três rapazes, de quem eu tenho muito pena de verdade.

Eu sonho com um mundo melhor, mais tolerante, livre de preconceitos e pensamentos mesquinhos, se esse mundo não existir para mim, que os Deuses abençoe que existe para meus filhos e neto, minha futura geração não merece passar por isso, na verdade ninguém merece!

[história 011: Sobre meu funeral e tudo e tal]

Quando a gente não tem nada o que fazer, pensa cada coisa absurda, que às vezes nem a gente mesmo quem pensou acredita que fosse possível alguém pensar no que nós pensamos [ai, foi tanto pensar que meu cérebro fundiu agora].

Numa dessas crises de não ter o que fazer, eu pensei sobre como eu gostaria que fosse meu funeral - não você não leu errado é funeral mesmo. Ah, vai dizer que você nunca pensou como você gostaria que fosse seu funeral; não é escolher com você vai morrer isso é mórbido demais até para mim, mas é tentar imaginar como seria a festa - sim festa sim - da despedida de seu corpo carnal, pode até ser considerado coisa de doido, mas não vou mentir porque eu pensei mesmo. O problema é que as pessoas temem demais a morte, quando ela só deveria ser encarada como um fato inevitável que nos uni num único grupo, os mortais, quando todos entenderem que a morte é apenas mais uma etapa, que todo ser tem que passar e pronto, tudo vai ser melhor, pelo menos no tópico morte.

Vamos ao tal funeral?

Antes de qualquer coisa, que fique bem claro que eu não estou prendendo morrer, nem ma matar tão cedo [vocês vão ter que me agüentar muito mais].

E o funeral? Ok... ok... Vamos para o funeral ...
Tudo vai começar na hora que disserem: - Jarbas morreu!

Quero ser velado num templo budista, com incenso queimando ao meu redor, quero um caixão de pau-brasil [me perdoem pessoal do greenpeace, mas essa é uma exigência que eu não abro mão] eu acho que nem existem caixões de pau-brasil, enfim, eu vou ser rico, planto um monte de pau-brasil e mando fazer meu caixão depois.
Ah, outro coisa não quero ficar na horizontal não, quero ficar inclinado igual uma Barbie que ainda está na embalagem [aloka]
Quero ficar 24 horas completas sendo velado, vai que eu dei aquela doença que eu me esqueci o nome agora, mas que deixa a pessoa em estado de pré-morte, nunca que eu quero acordar dentro de um caixão abaixo de 7 palmos de terra.
Outra coisa, eu não quero ser enterrado, quero ser cremado. Por quê? Nada nessa terra vai me comer, só o fogo vai me consumir [bem doida!]
Depois das 24 horas completas de meu velório quero sair do templo ao som de mantras sagrados cantados e falados pelos monges budistas. Me cremem, mas não pensem que vocês vão se livrar de mim assim tão fácil, quero ficar 1 ano e 1 dia numa ampulheta que terá a forma de dois dragões, um de prata e outro de ouro; quero ficar 1 ano e 1 dia subindo e descendo, na verdade descendo e descendo. Depois desse período quero que todos os meus amigos e familiares se reúnam na beira de uma praia de preferência no Rio de Janeiro, coloquem a música "American Pie" de Madonna numa caixa de som bem grande, na hora que Madonna cantar: "Bye Bye miss american pie" , ou seja, o refrão da música, a pessoa que estiver casada comigo na data, ou minha mãe, enfim vocês decidam, estará depois da quebração das ondas num barco vai começar a jogar minhas cinzas no mar, da praia quero que todo mundo faça sinal de adeus com a mão, quando a música parar toda a minha cinza vai estar no mar, aí eu viro peixe e vivo feliz para sempre [amém, que assim seja].

Você que acabou de ler isso, acabou de se tornar responsável na efetuação desse funeral, se você, não ajudar para que isso aconteça eu volto para puxar seu pé e te atormentar pelo resto de sua vida.

Eu? Doido? Que nada, você que tá sem um pouco de criatividade.

[história 009: Quem tá perguntando coisa aí?]

Cada coisa que acontece com a gente que dá vontade de rir, a vida à vezes parece uma piada.
Ontem eu resolvi sair para a rua, mesmo já pronto pra ir dormir, mas o bichinho da tentação não brinca em serviço, ele me tentou até eu sair, sob as reclamações de minha mãe.
Pois bem, encontrei uns amigos das madrugadas, sentamos no banco do jardim, naquele em frente ao trailer de lanches, conversa vai, conversa vêm, eu com minha boca grande pergunto:

- Ôh gente, qual o nome daquele menino que chegou aí de novo?


Quem menino novo?! Para que não está inteirado [todo mundo] por favor ...

- pausa para comentário -
O tal menino novo de novo, que agora eu já sei o nome era um rapaz que vivia aqui em minha cidade e foi embora sob suspeita de ter roubado um monte de gente ... coisa que nunca ficou provada, agora depois de muito tempo ele voltou, ou seja, ele é o mais novo tópico das fofocas daqui.
- fim da pausa -

então um amigo disse: - Cecília deve saber o nome dele.
Eu: - Ôh, pergunta ela lá.


Por coincidência ou não, Cecília estava no trailer, e meu amigo foi lá falar com ela, quando ele voltou, ela veio atrás, eu estava sentado no meio fio perto do banco e minhas duas amigas no banco. Cecília chegou com a maior pose de marrenta, cruzou os braços e diante de minhas amigas, disse:
- Quem tá fazendo pergunta sobre Cláudio de vocês duas?

As meninas arregalaram os olhos, eu fiquei bege na hora e abaixei a cabeça sem querer acreditar que aquilo tava acontecendo, pensa numa mulher barraqueira, pensa numa mulher que adoro um escândalo no meio de rua, pensa numa mulher que quer bater e bate em todo mundo, agora multiplica por 3 e você vai chegar em Cecília. As meninas só disseram: - Eu não fui.
E veio o silencio mortal, se não foram as mulheres quem foi?! Aí Cecília, que não tava sossegada com a resposta resumida de minhas amigas completou dizendo:
- Cláudio tá namorando comigo, se mexer lá, já viu ... encontra confusão comigo.
Terminou de falar, chegou uma mão e bateu na outra. Quem ia adivinhar que o homem tava namorando com aquela doida? Aí meu Deus, eu não podia deixar minhas amigas passar por aquilo, eu disse:
- Cecília, na verdade quem mandou perguntar fui eu, mas não é por interesse nem nada, é porque a gente escuta mil coisas aqui e eu ouvi umas histórias sobre ele e queria saber o nome e só isso.


[É bom ressaltar que eu nunca tive problemas com Cecília, na verdade eu sempre a cumprimentei na rua pra fazer media]


Ela olhou pra mim assustada, olhou ao redor, ficou vermelha, roxa, lilás, verde de vergonha, com certeza não era o que ela esperava escutar, sem entender ela disse:
- Aí meu Deus, me desculpa Jarbas, eu não sabia, eu pensei que tinha sido as meninas, aí me desculpa mesmo, que vergonha, desculpa viu.


Ela saiu sem despedir, sem saber onde colocava a cara. Até a hora que eu fui embora não a vi de novo.
Agora imagina, eu apanhar por causa de um homem que eu nem tenho interesse de ficar. Cada coisa viu!

Lição: Ser simpático com tudo mundo é bom e mantém todos os dentes na boca!

[história 007: No banco, um bebado e dois meninos de rua]

Aí eu fui no banco ontem à noite pegar dinheiro, já estava estressado porque eu ia tirar dinheiro do limite de minha conta, era o único jeito porque eu estava completamente sem dinheiro. Auto-atendimento BB vazio, tirei o dinheiro que precisava, na paz do Senhor Jesus e fiquei vendo outras coisas na minha conta, de repente batem na janela, eu levei um susto exagerado - eu admito - até parece que eu tô morando no Rio de Janeiro [desculpem cariocas a piadinha foi inevitável] . Vi com dificuldade através do vidro fume que uma mão me dava sinal para a porta como no interior tudo mundo conhece todo mundo eu resolvi ir até lá sem me preocupar. Quando eu cheguei na porta, quem estava lá? Um bêbado , aproximei-me do individuou, quando ele abriu a boca cambaleei dois passos para trás, quase desmaie três vezes de tão forte que estava o cheiro de cachaça do rapaz, quando eu voltei em mim já meio chumbada por causa do bafo e recuperado do estado pré-catatônico que eu tinha entrando escutei o rapaz dizer:

- Tira um dinheiro da conta de meu irmão aqui pra mim!

Pensei em milhões de coisas num só segundo, vasculhei meu cérebro atrás de uma desculpa, mas meu senso de solidariedade falou mais alto [tá bom!] peguei o cartão do rapaz, pensando "si ele tiver roubando o dinheiro do irmão, minto que ele falou pra mim que a conta era dele, como ele tá bêbado nem vai lembrar do que disse" gente que mente diabólica, quem pode com isso? Ok... voltando a história...
O rapaz me deu um pedaço de papel escrito a senha, daí né, diante do caixa eu nem vi saldo nem nada fui direto para a parte de saque, você não estão entendo o nível de odor que eu tava tendo que agüentar, o que eu mais queria era ir embora logo dalí, perguntei:

- Você quer quanto?
- Tira uns 100 real aí!

Pois bem, digitei 100 reais e confirmei a operação...

CONTA PRIVATIVA

Conta o que? Nunca tinha visto aquela mensagem antes, agora eu tenho consciência de que era um sinal de Deus pra eu cancelar tudo e ir embora dali, ignorante como sou ignorei o sinal divino, resolvi olhar o saldo da conta do irmão do moço bêbado.

SALDO ATUAL R$ 0,00

Eu olhei bem para a cara do homem que não estava se agüentando nas próprias pernas, minha vontade era de agarrar ele e dar uns três murros na cara, mas resumi tudo minha fúria temporária num pensamento, pensei; "Esse homem tá tirando uma com minha cara!", então eu disse:

- Não tem dinheiro na conta não.
- Tem rapaz olha aí direito.
- Aqui na tela tá dizendo que o saldo atual é de 0,00 real.
- Pois então, pode tirar isso mesmo.

Hello Kitty, como assim tirar 0,00 real? Essas coisas só acontecem comigo. Eu disse:

- Seu irmão vai ter que depositar dinheiro pra depois você sacar.
- Não precisa disso não, pode tirar o que tiver aí.
- Mas não tem nada. [aí como eu sofro]
- Tem sim, olha direito.
- Eu já olhei, não tem nada!

Pronto, minha paciência tinha chegado ao fim naquele instante, finalizei o sistema, devolvi o cartão e o papelzinho escrito a senha para o homem e sai cuspindo fogo do banco, quando eu estava na porta do banco, dois meninos de rua me abordaram:

- Dá dois real!
- Que dois reais o que ... se eu tivesse dois reais eu ia pra China.
- Vixi, mas você ia pra longe.

Glup! O.O' como assim? Onde estão os meninos de rua que nos pediam 10 centavos? Isso é causada pela crise do país, até os meninos de rua estão trabalhando com a cotação, como o dólar tá valendo 2 reais, eles já pendem esse valor, é mas a gente nunca sabe como o mercado financeiro vai amanhecer no outro dia, os meninos de rua estão é certos. Outra coisa, menino de rua com noções de geografia isso eu nunca tinha visto; como ele sabia que a China é longe?
Sei não viu, até o povo da rua tá estudando agora, é melhor eu entrar numa faculdade urgente, as coisas no mundo tão ficando muito competitivas.

[história 008: O menino do *koo de ouro]


Como eu já disse eu trabalho numa sala de informática, agora as aulas que eu dava foram canceladas - questões curriculares; a sala ficou para os alunos fazerem pesquisa e para acesos em aulas vagas e intervalo, só para constar nos altos dessa história, um comentário básico: lembra que eu falei que tinha um ar-condicionado quebrado? Pois é, nas férias foi substituído por 2 ventiladores enormes.

Prestem atenção no que me aconteceu semana passada... Aula de português vaga, 5ª A serie inteira na minha sala, pensa num monte de pirralho com deusabu capeta no corpo, entram os mais ou menos 30 alunos na minha sala minúscula , resolvi não dar explicação nenhuma e deixar que cada um decidisse o que queria fazer. [meu primeiro maior erro naquela manhã]

- Tio me ajuda aqui.
- Tio o site da Xuxa não entrou.
- Tio tem jogos?
- Tio isso, tio aquilo, tio, tio, tio, tiooooo.

Eu já estava pirando o cabeção, mas como desgraça quando vêm, vêm de monte e ao mesmo tempo, eis que um menino me chamou perguntando como aumentar a borracha do paint.

- Pausa para comentário -
Nas versões anteriores do Windows XP a porcaria da borracha do paint crescia a diminuía apertando apenas + ou - no teclado numérico, hoje, não sei porque, você precisa apertar CRTL depois + ou - . Porque me tomás Bill Gates? Porque complicas nossas vidas?
- Fim da pausa para comentário -

Lá fui eu atender ao chamado da criança, quando eu encostei, até hoje eu não entendi porque meus benditos pulmões me pediram mais ar, é claro que eu obedeci, dei uma cafungada, um suspiro daqueles ... quando o ar chegou no meu nariz eu fique tonto, minha vista embaralhou e ficou turva, meu estomago embrulhou na hora e veio as anciãs de vômitos seguida de três pré-desmaios, o desgraçado do menino ou os colegas que estavam do lado soltou um peido [tenho quase certeza que foi o menino da borracha do paint ele tava com cara de culpado] o peido era tão fedorento, tão fedorento [aff. dá vontade de vomitar quando eu lembro] que chegava a arder o nariz, agüentei firme e respondi a maldita pergunta da criaturinha do esgoto.
Corri e liguei um dos ventiladores no máximo - meu segundo maior erro. Era tanto vento, quase um furacão, o cheiro que estava concentrado num só lugar espalhou-se dentro da sala inteira, os alunos começaram a fazer cara de nojo, uns tocaiam e todo mundo reclamava do cheiro, para completar meu desespero bateram na porta, quem poderia ser? Agradeci a Deus por me conceder uma oportunidade de abrir a porta e respirar ar puro, quando eu abro a porta, adivinha quem estava? A diretora da escola, entrou, ela tinha vindo ver como os alunos da 5ª serie estavam se comportando na primeira visita à sala de informática e para explicar como a sala funcionava.
Na hora que ela entrou, puxei muito ar do lado de fora e fechei a porta. Nunca que eu ia sofrer o bodum sozinho, antes de começar falar a direta coçou o nariz, fez cara de nojo, cara de "vou vomitar agora" mas manteve sua pose e fez o discurso pré-fabricado inteiro sem reclamar, saiu sem fazer comentários.
Desejei que o garotinho soltasse mais uns 3 gazes daquele tipo com ela lá dentro, mas isso não ocorreu; segundo depois o cheiro dissipou completamente, também já nem me incomodava mais, a alegria de saber que a diretora também tinha passado por aquela provação do purgatório comigo me deixava totalmente aliviado, o que me intriga até hoje é saber o que aquele menino comeu.

*koo: partes traseiras do ser humano [as nádegas e/ou ânus].

[história 006: você já viu uma onça?]

hey.
Minha vida tá meio tumultuada ... minha avó continua muito doente e nem tenho animo para escrever coisas para postar aqui no blog ... aff. Graças a todos os Deuses que tá tudo mundo esperando e preparado para o inevitável, minha vózinha vai morrer com muita dignidade, já está na hora dela atravessar o véu e ir para o outro lado, tudo que ela podia fazer aqui ela já fez ... duro é não ficar triste, mas a vida continua...

Essa história aconteceu com uma amiga minha, resolvi contar isso aqui porque é ridiculamente hilário.
Minha amiga nasceu e viveu em São Paulo, a mãe dela que era daqui da Bahia e foi para lá, depois de muito tempo morando na maior metrópole do Brasil a mãe de minha amiga resolveu voltar para a cidade natal, trazendo a moça quebra, que diga-se de passagem veio a força, hoje ela ama esse lugar [gente doida é assim]

Pois bem, ela começou a namorar um rapaz ... a coisa foi ficando seria ele resolveu apresentá-la para a família [coisa de gente antiga] e o bafond acontece agora, na hora que minha amiga chega na casa do [naquele dia] futuro sogro. Quando ela entrou na casa o senhor xucro da roça, bem caipirão mesmoooooo estava na sala esperando sala de estar, tudo mundo sentou e começaram a conversar.
Conversa vai, conversa vêm, para o azar dela o namorado saiu para ir à cozinha deixando minha amiga sozinha com o sogro, eis que o velho vira para ela e pergunta:

- Minha filha você já viu uma onça?

[ coitada de minha amiga, sozinha com o sogro na sala, e agora o que responder? Sem saber se era uma piada do povo da zona rural ela resolveu dizer a verdade ]

- Não, nunca vi!

- Se você vê você caga!

Ela ficou uns 30 segundos parada sem respirar ... com assim "se você ver você caga!" ? O que isso tinha haver com a história? Ela não disse nada e nem o velho, ficaram assim calados um olhando para a cara do outro, pelo que ela me contou o namorado dela voltou e o resto do encontro foi bem normal, hoje eles são casados e todas as vezes que ela e eu nos vemos perguntamos um para o outro:

"Você já viu um onça?

Moral da história: Quando você não tiver nada para falar, é melhor ficar calado!"

[história 005: minha vovózinha]


Aff. A vida é assim, uma hora tudo está muito bem, noutra o mundo parece que desmorona na sua cabeça sem motivo nenhum, ninguém está livre de receber uma má noticia, garanto até que más noticias são as que chegam mais rápido.
No começo dessa semana recebi a noticia que minha vózinha ia ser internada por uma complicações medicas, ela já passou por 3 derrames e sobreviveu [bem forte minha velhinha] mas sabe como é o corpo vai ficando velho e as defesas baixas então uma gripe da nada pode até matar ~[Deus livre minha vózinha]~

Eu nem gosto de falar sobre isso [...] às vezes eu nem gosto de ir na casa de minha avó só pra não vê-la deitadinha na cama sossegada, muda.

Então para homenagear minha vó que eu amo muuuito vou contar uns bafonds que teve com ela umas histórias engraçadas, porque é assim que eu gosto de lembrar de minha vó, forte, sorridente e feliz.

Caso 1. Vovó em: Diabas!
Isso é muito interessante ... minha avó quando ela gostava da empregada domestica que minha tias contratavam ela chamavam as coitadas das moças de diabas, se ela não gostava ela chamava de fía.
Era assim; um dia eu cheguei com minha mãe lá na casa dela, hora que nós entramos escutamos ela gritando: - Diaba, pega um copo com água pra mim.
Aí minha mãe disse: - Graças a Deus dessa moça ela gosta!

Caso 2. Vovó em: morre de tanto apanhar.
Essa história aconteceu recentemente, minha tia Leônia estava na casa de minha avó com minha mãe e outra tia; aí minha tia abaixou-se para ajeitar o tapete, minha vó está, como eu posso dizer, esclerosada, assim horas ela lembra das coisas e pessoas, horas ela esquece, é uma situação terrível, mas não deixa de ser engraçada, pois bem, quando minha tia abaixou-se minha vó disse:
- Coitadinha, é magra assim porque o marido falta matar de tanto bater.
Na hora todo mundo faltou morrer de rir ... minha tia apanhar, não mesmo, tá mais fácil o marido dela apanhar.

Caso 3. Vovó em: Célia a preguiçosa
Num dia desses minha mãe foi dar o almoço para minha vó, aí enquanto minha vó comia, ela disse: - Minha filha, eu tenho um menina, Célia, tão preguiçosa, já pedi não sei quantas vezes pra Célia ir levar a água pra Diu [meu avô, já falecido] na roça, mas Célia não foi ainda, vai ficar todo mundo com sede lá.
Minha mãe me contou isso quase morri de rir, atentem ao detalhe que ela tava xingando minha mãe para minha mãe.

Caso 4: Vovó em: Você não é Adélia
Adélia é uma vizinha e amiga da família, pois bem, ela foi visitar minha avó, quando ela chegou lá conversa vai, conversa vêm minha avó disse:
- ôh gente, cadê Adélia?
Minha mãe: - Ué mãe, Adélia aqui sentada.
Minha avó: Essa aqui não é Adélia não, Adélia é bonita essa aqui é feia.

Opa! Ela foi ofendida e elogiada ao mesmo tempo ... se é que isso existe!

Então gente é isso ... minha avozinha é tudo de bom ... adoro aquela velhinha que corria trás de mim para bater por que quebrava os moveis, que me adulava e me colocava no colo, que me dava um monte de biscoitos e que todas as vezes que fazia feira no supermercado comprava um saco de bala e me dava. Prefiro lembrar de minha assim, por isso esse post.

Até.

[história 004: meus cabelos e as vacas]

Esse post era para ser escrito e publicado no sábado, mas como a preguiça que me consome falou mais alto nesse fim de semana, só hoje que eu tô postando.

Daí né, isso aconteceu no sábado [17/03/2007]

Os sábados tem sido o melhor dia de minha semana, é o dia de acordar 5:30 da manhã, às vezes pegar ônibus lotado, viajar duas horas até Vitória da Conquista, chegar 7:30 da manhã e ter que esperar até 10:30 para estudar inglês no YES. Acho que a grande maioria das pessoas pensariam que fazer tudo isso seria um esforço descomunal, mas eu não, faço com maior prazer, fazer isso me faz sentir vivo etc e tal . vamos parar por aqui porque está começando a ficar profundo demais [!] e quando isso acontece a tragédia é certeira.

[...]

So, Saturday is the day to talk in English, but now portuguese please.
Tudo começou quando André [my teacher] anunciou o coffe-break [milagrosamente sem ninguém precisar lembrá-lo]

Just fifteen minutes ... just fifteen [ele não cansa de dizer isso]

Sentamos Emi, Lidi, Sandro e eu perto do bebedouro [.]

- pausa para comentário de nível teórico e filosófico -

Durante o tempo que nós passamos perto do bebedouro, cheguei a uma conclusão sobre essa invenção analisando a posição que as pessoas ficam quando estão bebendo água; eis que concluo que: bebedouros são invenções do diabo para nos deixar constrangidos e principalmente nos causar acidentes, a partir de hoje analise a posição ridícula e altamente perigosa que ficamos, as chances de nos acontecer um acidente é altíssima; pense bem:

1. Alguém mal intencionado pode vim por trás de você e te empurrar, você pode cair do outro lado do bebedouro dando um salto mortal carpado seguido de uma pancada na cabeça e um traumatismo craniano.
2. Você pode receber uma facada nas costas podendo morrer na hora [se você tiver sorte] ou ficar tetraplégico num nível tão alto que vão precisar piscar o seu olho pra você.
3. [caso exclusivo para quem usa carteira no bolso de trás] Alguém vem e rouba sua carteira [com documentos e dinheiro] enquanto você distraído bebe água, na melhor das hipóteses o cara que roubou pode pegar seus documentos e usar para abrir uma conta fantasma e dar um desfalque de milhões e some do mapa, você quem vai ter que responder por todos os processos na justiça e ser acusado de líder o crime organizado do Rio mesmo morando no Ceara.
4. [caso exclusivo para que usa bolsa de lado] Alguém pode puxar sua bolsa, aquelas bolsa que ficam de lado que passam pelo pescoço, com o puxão você que bebia água distraidamente bate a boca na torneirinha do bebedouro e rasga a boca toda, si tiver sorte quebra uns 10 dentes no mínimo, daí né você vai ter que gastar milhões com cirurgias plásticas e dentistas, como você não tem milhões vai ter que conviver com sua cara deformada e nunca se casar, mesmo porque ninguém vai querer beijar sua boca tronxa.
5. Existem ainda os casos [muito raro, mas existe] de pessoas que só conseguem casear sua sede bebendo água num copo, com nem todos bebedouros tem copos a pessoa bebe, bebe, bebe água e continua com sede. [você conhecer alguém assim Emi? Cala-te boca!]

conclusão: Não usem bebedouro, há não ser no caso dele ter copos, aí tudo isso muda de figura.

P.S: Caso alguém tenha pensado em alguma conotação sexual para a posição que ficamos no bebedouro, aviso que você tem uma mente muito suja, acidentes nesse nível são quase impossíveis de acontecer.

- fim da pausa -

Ui . essa pausa foi tão grande que eu perdi a linha do pensamento, o que eu estava falando mesmo???
Ah sim, eu estava falando que estávamos Emi, Lidi, Sandro e eu sentandos perto do bebedouro [a coisa mandada por satanás] no coffe-break de meu curso de inglês, quando chegamos no tópico da conversa "carne, comer ou não comer?" aff. Ser vegetariano tá me dando um trabalho, vou te contar ... Lidi disse que achava xique parar de comer carne, mas ela não para porque gosta muito; Emi disse que visitou uns sites vegetarianos, com as informações que ele leu lá ela diminuiu muito o consumo dela de carne [aaêêê!] eis que Emi disse:
- É mais tem que substituir a falta da carne por outras coisas.
Eu: - Verdade, eu como proteína de soja e muita verdura, legume e frutas.

Sandro tomou a palavra e falou:
- Mas tem vitaminas e outras substanciam que só são encontradas nas carnes, carne mesmo, a vitamina que faz o cabelo ficar bom é uma delas.
como assim? Carne de vaca pra melhorar o cabelo? O que uma coisa tem haver com a outra?!
. um flash-back por favor ...
- dialogo entre eu e minha mãe: -
Eu: - aff mãe tô achando meu cabelo tão feio, meu quebrado.
Minha mãe: - vixi meu filho tá mesmo, deve ser esse shampoo novo que você tá usando.
Eu: Só pode ser mesmo.
- fim do dialogo -

Eu estava culpando o shampoo e condicionador Seda pretos luminosos pelo momento bombril de meu cabelo e quando tudo é culpa da carne da vaca morta, será que isso é possível? Na hora eu não quis acreditar, na verdade eu não tô acreditando nisso até agora, vou mudar de shampoo e depois eu conto aqui o resultado, prefiro perder o cabelo a comer a uma vaca. Caso não dê certo a mudança de shampoo só comendo uma vaca inteira pra ver se meu cabelo melhora, vou te contar...

[história 003: mas que tipo de carne?]

Como hoje é sexta-feira [graças a Deus] começa o fim de semana [ui delicia!] resolvi contar um bafinho que aconteceu comigo numa dessas sextas-feiras de minha vida, aproveitando também a deixa do tema da história anterior, sim, essa história também tem haver com vegetarianismo.

- pausa para comentário -
Toda sexta-feira aqui na minha cidade tem feira livre, ou seja, é o grande evento da semana, às vezes o único, a maior concentração de gente feia e mal vestida por metro quadrado do planeta. São nas sextas-férias que nós podemos expor nossas figuras na Medina da caatinga para as centenas de pessoas da zona rural que vem fazer suas compras semanais de frutas, verduras e legumes, mas não fique você pensando que na feira de minha cidade só tem isso, lá você pode encontrar roupas bregas e de má qualidade, que rasgam na primeira lavada, Cd's piratas que arrasam com o laser do seu som, DVD's que destroem seu aparelho comprado na Ricardo Eletro em 12 prestações, fumo de corda para você fumar a vontade totalmente livre de aditivos e muuuuito, muuuuito mais.
- fim da pausa -

Daí né, nesse dia [eu ainda tava de férias] eu não encontrei uma alma bondosa, um filho de Deus pra descer na feira comigo para expormos nossas figuras na Medina do sertão baiano, assistir 'as meninas super poderosas' já estava me dando no saco, resolvi ir sozinho para féria.
O grande atrativo alimentício do local é o pastel bem sem recheio e oleoso, que se estende num leque enorme de opções de sabores que são: carne, frango e queijo. [aaêêêêêêêêêê!]
Eis que me veio uma idéia: - Poderia eu comer um pastel agora?
Eis que me veio a resposta: - SIM!
E assim foi, escolhi a barraca mais limpinha e atentem no dialogo que procedeu:

Eu: - Bom dia, tem pastel de queijo?
Atendente: - Dia, tem não acabou.
Eu: Ah, e esses aqui são de que? [eu nunca deveria ter feito essa pergunta]
Atendente: Tem esses aqui são carne e esse SÓ esse de frango [nunca entendi a ênfase no de frango]
Eu: Moça, essa carne é carne mesmo ou é proteína de soja?
Atendente: Não ... nós usamos carne mesmo, nada de carne de soja, meu pastel é dos bom meu filho, essas outras barracas que vendem com carne de soja. [ela na contava que eu fosse vegetariano e que só comeria o tal pastel se a carne fosse de soja]
Eu: Ah, então tá.
Atendente: Ué, você não vai comer não, é carne de boi mesmo.
Eu: Não, eu sou vegetariano, só ia comer se a carne fosse de soja.

Eu comecei a andar ... de repente eu escuto: - Psiu, menino volta aqui!
Eu olhei para trás era a atendente da barraca de pastel, voltei, talvez ele teria encontrado um pastel de queijo lá perdido entro os pasteis com vacas e frangos mortos, fui encostando ela foi pedindo pra eu encostar cada vez mais até que eu estava inclinado para dentro da barraca numa posição completamente ridícula, meu ouvido estava colado na boca da mulher, aí ela disse: - O pastel é de carne de soja mesmo, eu falo que é de carne de vaca para o povo comprar mais.
Gente, eu fiquei horrorizado, como é isso? Ela engana o povo! Ah não ... Onde nós vamos parar, na hora eu senti vontade rir [juro!] eis agora a duvida: como ou não o pastel?! Quem provaria que ela não estava mentindo para mim também, só pra vender o tal pastel?!

Voltei para uma posição apreciável e disse: - Muito obrigado moça, achei um pastel de queijo na outra barraca!

Ela me olhou com uma cara de "I'll kill you bitch!" Sai de lá correndo e nunca mais comprei pastel naquela mulher.