sábado, 30 de junho de 2007

[História 047: Marinheiro de primeiro trago] - São João 2007 -

Incrível como numa única noite tanta coisa pode acontecer, no intervalo de uma banda para outra [ainda no primeiro dia] estou eu conversando com o povo quando um amigo me chama de canto e diz: "Percebeu alguma coisa diferente em mim?"
Eu respondo: "Nãooo... tô achando sua make up bem básica" - eu tinha que fazer a piadinha.
Ele diz: "É serio, eu tô normal?!"
Eu respondo: "Beeem normal, mas diga logo o que aconteceu, que eu tô sentindo a sua língua coçando"
Ai ele começou: "Eu estava mijando no beco..." eu tive que interromper dizendo: "Ok, concordo que mijar num beco não pé muito confortável por causa do cheiro etc e tal, mas nada que mudo alguém consideravelmente né!"
Ele me olhou com um cara feia, achei mais prudente me calar e deixar ele contar, ele disse: "...Então eu estava fazendo xixi no beco quando um cara mais a frente acendeu um cigarro, aí eu pedi um trago, aí ele me disse que não era um cigarro normal, que era maconha! ... você não acredita, eu fu-me-i ma-co-nha!!!" Ele deu muito enfase no final.
"...E?" foi a única coisa que eu disse. Também foi a única coisa que eu consegui pensar, não que eu saia por aí fumando maconha, na verdade nem cigarro eu fumo, até já experimentei, mas odeie a sensação e nunca mais quis saber e essa minha fase drugged já passou a muito tempo, logo não achei algo tão extraordinário ele ter fumado maconha, algo que o deixou visivelmente decepcionado.
Pra dar o mínimo de credito e fazer a linha amigo eu disse: "...E então o que você está sentido?"
Ele disse: "Então, nada, não sei... tá tudo mais iluminado não tá?! Foram poucos tragos, não sei se foi suficiente... será? Mas eu tô normal não estou?"
Eu disse: "Toma cuidado viu ... mas tô achando você bem normal"
Quando eu terminei de falar ele saiu. Rindo da situação voltei pra roda do povo e me esqueci do bendito. Quando eu estou lá dançando chega ele de novo e diz: "Vi lá no espelho do carro que meus olhos estão vermelhos é normal?"
"É... é sim"
respondi.
"É?! é ... então tá ... alí ... vou alí" disse e saiu.
Mais ou menos 20 minutos depois ele volta dizendo: "...E minha garganta tá seca e minha saliva grossa, normal? É normal?"
Eu respondo: "É, toma um pouco da água pra melhorar"
"Água! por que eu não pensei nisso antes ... água ... é vou beber água" disse e saiu mais uma vez.

E assim foi a noite inteira até ele sentir todos os efeito e não efeitos que uns traguinhos de maconha passar, eu na história fico parecendo um drogado conselheiro que inicia todo mundo, bem experiente, mas tudo bem.
Deus salve todos os marinheiro de primeira viagem, vou te contar ...

sexta-feira, 29 de junho de 2007

[história 046: Eu já sei!] - São João 2007 -

Finalmente chega a primeira noite de festa. Quando eu cheguei e vi aquela mar de gente, muito mais gente do que eu estava imaginando, senti um frio no meu baixo ventre.
Comprimentos, elogios, beijos, abraços e sorrisos, reencontros ... mas espera aí pausa nessa história ... um flash back por favor.

- Flash Back -
O ruim de morar no interior e ser "moderninho" como eu sou é que você [quase] nunca encontra acessórios, roupas e outras coisas legais para compor o seu estilo, por isso louvada seja a internet, pior de tudo é ter que pagar quase o valor do produto de frete, mas tudo bem.
Um de meus atuais sonhos de consumo [além do sapato quadriculado] era uma blusa listrada preta e branca - Sim! Daquele estilo presidiário [Dããã! Tudo mundo faz essa piadinha]
Por incrível que parece poucos dias antes da festa eu encontro a bendita blusa numa loja aqui, olha que eu já tinha rodado o interior do sertão da caatinga inteiro e não tinha encontrado. Comprei é claro! Sob a garantia da atendente que era a única.
- Fim do Flash Back -

...voltando. [eu estava usando a tal blusa listrada]
O único em meio a um mar de pretos, roxos, prateados e dourados. Como meus amigos sabem de meu fascínio por listras [vide minhas meias] todo mundo estava dizendo que as listras tinham caído muito bem em mim, eu flutuava feto um balão cheio de gás Hélio, mas nem tudo é rosas na minha vida, eu dançando tranqüilo ao som de Edgar Mão Branca, suando feito um cuscus, chega o namorado de minha prima e diz: "Tem um homem com a blusa igual a sua alí". Eu dei uns 3 desmaios, um pré-infarto fulminante e uma convulsão num só segundo, tentei disfarçar a irritação dançando ainda mais, porém quem disse que eu tive paz?! Mais umas 5 pessoas virem me dizer que o tal homem usava a blusa idêntica; Eu não aguentei fui ver quem era, no meio do caminho todo mundo me chamava para dizer que tinha um homem com a blusa igual a minha, eu só respondia: "Já sei", "Eu já sei!"
Até o tal homem ir embora foi esse inferno, eu já estava amaldiçoando a atendente da loja, excomungando o dia do nascimento da maldita.
Vi o homem de costas, adivinha quem estava usando a blusa?
[tic. tac. tic. tac.]
... Era o esposo da dona da loja, por isso a coitada da atendente achou que só tinha aquela blusa, provavelmente a dona da loja tirou uma blusa e deixou outra no dia que a mercadoria chegou, retirei todos os xingamentos da atendente inocente.
Virei pra trás e fui embora, uma amiga que me acompanhou disse: "Não entendi"
Eu digo pra ela: "Hello, pra que eu vou me preocupar, existe uma enorme diferença entra ele e eu, [cara interrogativa de minha amiga] Ele usa tamanho 'GG' eu uso 'P' o que eu quero mais?"
Sai tranqüilo sem dizer mais nada, o que mais eu tinha pra dizer?! O homem era realmente gordo, no barracão dancei, vez por outra chegava alguém falando que tinha alguém usando uma blusa igual a minha e eu só respondia: "Eu já sei!"

Nesse dia voltei pra casa 06:30 da manhã. Vou te contar ...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

[história 045: A feira de quinta] - São João 2007 -

As feiras livres daqui são tipicamente na sexta-feira, mas por causa das festas de São João tudo mudou, logo mudara a feira de sexta para quinta.
Todos os meus amigos[as] de fora estavam aqui, logo bagunça na feira, acordei cedo, tomei banho, café da manhã e saí lindo e fino, cheirozinho e de cabelinho molhado. Passei nos correios (vide história 044) e desci com a galera para a feira; caramba tomei um susto quando eu vi aquele tanto de gente, aquele tanto de barraca, uma gritaria, carro, moto para tudo quando era lado, tinha tanta gente de tanto tipo que nem sei. Perdi o fôlego. Me senti na 25 de Março em São Paulo.
Passamos pelas barracas e rimos muito das roupas e outros acessórios que era vendidos, finalmente encontramos um lugar para ficar, próximo ao brasão da cidade - ninguém nem queria se expor né?! Posição estratégica para vermos todos e sermos visto por todos.
Como somos pobres combinamos que cada um ia pagar uma cerveja [seriam 5 no total] e assim foi, mas não pensem que parou por aí, nós estava chamando tanto a atenção que a feira praticamente todo parou e voltou sua atenção para nós, já alterados pelo álcool nós começamos a pedir cerveja para os amigos e conhecidos que passavam por lá, acreditem além das 5 que cada um de nós pagou conseguimos beber mais 16 cervejas - esse negocio de mendigar tá dando retorno.
Pois bem, um dos paulistinhas que estava lá com seu tênis de mola e sua meia branca até a canela começou a tirar foto de nós [detalhe] sem a nossa permissão, tudo mundo se sentiu incomodado com a situação mas ninguém falou nada. Eu como sou espetáculoso levantei olhei bem para o paulistinha e enquanto dava uns tapas nas minhas partes sexuais eu gritei: "Tira foto da minha buceta!" o menino ficou morrendo de vergonha e saiu do lugar onde estava.
Mas não para por aí, lá vou eu perguntar para o ex-namorado de uma amiga minha que estava por lá, recém-chegado de São Paulo quantas horas eram, alteradinho pela cerveja não percebi que o menino não estava com relógio, mesmo por que também ele estava usando uma blusa de manga cumprida, quando eu fui perceber a falta do relógio já era tarde e a pergunta já tinha sido feita. Ele segurou minha mão e começou a alisar meu braço, eu fiquei bege com pintas gold, Ok, eu estava bêbado admito, mas sóbrio o suficiente para perceber a explosão de homossexualidade do rapaz na minha frente, ele disse: "Só as horas que você quer? Por você eu faço tudo".
Eu respondi: "Não... não só a hora mesmo!"
Ele pegou o celular no bolso de trás da calça e olhou a hora e me falou. Detalhe aqui não pega celular, pra que aquele celular no bolso? Enfim foi útil, depois que ele disse as horas eu soltei a minha mão da mão dele e estava virando para voltar para a rodinha do povo, quando ele segurou no meu braço e perguntou: "Tem certeza que você não quer mais nada?"
Juro que me deu vontade de dizer: "30 mil dólares resolve minha vida, você tem aí?" mas me ative em dizer apenas: "Tenho, mas muito obrigado mesmo por me informar a hora."
Deus me livre de ex-affair de amiga, além de tudo feinho, mas o sorriso dele era bonito, Ok, isso não vem ao caso agora, vamos esquecer essas coisas.
Depois disso mais dança, risadas e conversas, parei com a cerveja em tempo de ficar quimicamente feliz e de não precisar ir para casa carregado.

Sem duvida foi uma das melhores feiras de minha vida. Vou te contar ...

terça-feira, 26 de junho de 2007

[história 044: Cadê o tênis?] - São João 2007 -

Qual o objetivo maior numa festa? Ser visto é claro. Sim... Sim... concordo que se divertir também, porém expor sua figura ao máximo é ótimo também, mas como? Roupas novas, cortes de cabelos revolucionários e essas coisas fúteis que compõem nossa vida.
Eu [obvio] entro na onda capitalista e dentro de minha recente explosão, indie e harajuku resolvi comprar um tênis, acreditem vocês que eu tenho certeza que ia causar na festa, por quê? Acreditem vocês ninguém ia ter um igual. Rodei a psuedo-cidade grande vizinha e não encontrei o bendito tênis para comprar, recorri a santa internet achei um site barato e confiável e comprei a tal tênis, paguei R$11,00 de frete, um roubo, mas também quem manda morar no fim do mundo.
Agora o detalhe é que eu comprei e paguei tudo quase um mês antes do primeiro dia de festas aqui, para encurtar essa história stressante vamos para o dia que faltava exatamente um semana pra o primeiro dia de festa e nada do tênis chegar, eu entrei no site e encontrei o atendimento on-line disponível depois de escrever poucas e boas com a atendente eu finalizei com: "Se eu não tiver com o tênis em minhas mãos daqui uma semana, eu vou procurar o procon de minha cidade"
Mentira que aqui nem procon tem, mas deu certo quando eu entrei no site mais tarde estava lá:

Status do produto: Enviado.

Me despreocupei e cai na festa, um dia antes de todas as festa eu fui no correi pela manhã a atendente disse que não tinha nenhuma caixa para mim, que eu voltasse depois com o número do pedido que ela iria rastrear o produto pra mim. Quem disse que eu lembrei?! Fui pra rua com uns amigos e bebi horrores, pra fugir de um fulano aí lembrei do tênis e sai correndo, entrei na internet para pegar o número do produto totalmente alcoolizado; foi uma sensação tão boa, inventei de entrar no MSN; She Pythan e Lentes Invertidas silêncio, nós não precisamos abrir comentários sobre essa parte [cof. cof. cof] com o número anotado voltei no correio. O produto estava em transito para minha cidade, já estava na cidade vizinha, estava a apenas 82 quilômetros de distância de mim, a antendente do correio disse: "Passa aqui amanhã 2 horas da tarde que o malote já chegou e você pega concerteza."
Saí radiante com a possibilidade de poder usar meu tênis no outro dia de noite, já estava me imaginando causando nas festa [a loka].
No dia seguinte de manhã passei trilhões de vezes na frente do correio e nem dei atenção, bem achando que iria encontrar o correio aberto á tarde, quando foi 2 horas em pouco lá estava eu na porta do correio com a maior cara de tacho, sim! o correio estava fechado com um cartaz enorme escrito:

DEVIDO ÀS FESTAS JUNINAS OS CORREIOS SÓ ABRIAM NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA.

Ai que vontade de morrer, onde estava minha bazuca para eu explodir aquela porta maldita e pegar meu sapato e ir embora para minha casa feliz. Em pensar que eu tênis estava apenas do outro lado da porta eu iria passar o São João inteiro sem poder usá-lo. Lá do outro lado da praça uns amigos me gritaram e eu fui, já cheguei xingando a mulher do correio, só depois do 5º copo de cerveja que eu esqueci do fato, engraçado que eu só fui lembrar do tênis na hora que eu estava tomando banho gelado antes de ir para a festa.
Não pensem que eu não causei, por que eu arrasei na roupa, como dizia o ditado: "Quem não tem cão, caça com gato"

[história 043: Começa o São João 2007]

Aqui é assim ... como vocês devem imaginar pouco coisa acontece, mesmo por que se trata de uma cidade de 4 mil habitantes perdida no meio da caatinga baiana, logo as festa juninas - aqui chamada de festas de São João. É um dos eventos mais esperados durante tudo o ano, mas dificuldades começaram antes, não só para mim.
Primeiro, o prefeito anunciou 3 dias de festa [animado todo mundo] depois veio de novo dizer que seriam apenas 2 [desanimando todo mundo] porém para compensar ele contratou Edgar Mão Branca para tocar na abertura, para quem não sabe Mão Branca [deputado federal] é um do ícones do forró contemporâneo, perdendo apenas para dos deuses Gonzaguinha e Dominguinhos.
Depois veio a decoração, São João sem decoração nas ruas não é São João, faltavam 9 dias para começar as festas e nada, nenhuma bandeirola, nenhum balão, nenhuma fita pendurada num poste, nada, magicamente em 2 dias a cidade inteira estava colorida coberta de bandeirinhas, linda. Um mar de bandeirolas coloridas anunciando o inicio das festividades.
E o povo de São Paulo começou a chegar, ônibus e mais ônibus lotados de gente de tênis de mola e meia branca até a canela a população triplicou, muita gente na rua e não se ouvia mais nada apenas forró.

... Havia começado as Festas de São João. Eu vou contar [tudo] ...

sexta-feira, 22 de junho de 2007


... EM RECESSO PARA AS FESTAS JUNINAS .
QUANDO EU ME RECUPERAR DE TODAS AS RESSACAS EU VOLTO.



[tem todos os bafonds das Festas de São João ... vindo por aí.]
[ você acha que o universo vai me deixar em paz ?! ]



[ até mais ]



quarta-feira, 20 de junho de 2007

[história 042: Os 3 camungongos e o queijo]

Era uma vez ... 3 camundongos que se levantaram numa dispensa perdida numa casa no interior do nordeste para dizer que gostavam de um tipo de queijo que a grande maioria ali não curtia muito, os que curtiam fingiam não curtir [mas isso não é interessante], outros camundongos já tinham feito a mesma coisa e sofrido tanto quanto os 3 camundongos de nossa história, ou até mais, porém isso não é interessante também. Um dia algumas coisas mudaram na vida dos 3 camundongos [que era muito amigos, diga-se passagem] um pedaço de queijo, do jeitinho que eles gostavam começou a circular na dispensa que eles viviam. O camundongo numero 3 viu o queijo de longe e não achou ele grandes coisas, e falou mal do queijo para os outros dois, esses por sua vez adoram o queijo e começaram uma competição declarada para ver quem comeria o queijo primeiro. Nenhum dos dois camundongos conseguia nada, quando foi um dia o queijo se aproximou do camundongo 3 e esse se sentiu muito atraído por aquele pedaço de queijo, que ele [errôniamente] tinha julgado não ser bom. O camundongo 3 disse para os outros dois camundongos que ele também queria comer do queijo agora, mas para a surpresa do camundongo 3, os amigos disseram que se ele comesse nunca mais eles falariam ele. O camundongo ficou triste, mas foi consolado por uma andorinha e uma tartaruga [via internet] para manter as amizades ele decidiu não comer mais o pedaço de queijo, porém ele não deixava de pensar no pedaço de queijo, para complicar a história mais ainda, uma gorila [feia] que tinha por aquela região inventou de querer comer o queijo também. Pior de tudo é que o queijo falou por aí que ele queria ser comigo era pela a gorila, isso deixou o camundongo mais depressivo ainda, ele desistiu de uma vez por todos. Mas nem tudo estava perdido, a fada madrinha do bumbum grande chegou para o camundongo 3 e disse que o queijo queria era ser comigo por ele mesmo, e não pela gorila e muito menos pelos outros camundongos. O camundongo 3 ficou muito feliz, feliz mesmo e correu ao encontro do queijo e comeu o queijo, os outros dois camundongos tiveram que aceitar e não ficaram com raiva do camundongo 3, mesmo porque foi o próprio queijo quem tinha escolhido por quem ele ia ser comido. Se isso estivesse acontecendo em tempo real eu diria que o camundongo 3 comeu o queijo ontem, mas como essa história é totalmente fictícia [cof. cof. cof] e nada, nada disso aconteceu deixa quieto o caso que é melhor.

A moral da história é:
Exatamente quem não quer é quem tem. Eu acho que é essa a moral, ou na verdade a história não tem moral nenhum, só sei que a gente tem que tomar cuidado antes de falar que não gosta de algo ou alguma coisa. Vou te contar...

terça-feira, 19 de junho de 2007

[história 041: Almoço na casa de Lidy]

Nem só de lanches da Panvicon Center vive o homem, mas de toda a bondade dos colegas do inglês.
Já são 3 anos que todo sábado eu faço tudo igual, acordo às 5:30 da manhã, pegar ônibus cheio, frio, 2 horas de viagem. Para quê? Estudar inglês. Se a cidade não tem nenhum curso o jeito é fazer uns sacrifícios e sair para outro lugar, pra falar a verdade eu adoro fazer isso da a impressão de estar mais vivo, sei lá.
Três anos de poucos almoços decentes no sábado, Sabrina e Deri muito obrigado.
Sandro e eu, sabemos bem o que é ficar sem comer ou não comer nada descente...

– pausa para explicação –

Sandro é o amigo que vai comigo todo sábado pra fazer inglês também.

– fim da pausa para explicação –

Nós ao longo desses três anos temos nos contentado com lanches e salgados como almoço, mas sábado passado tudo mudou e Deus iluminou o coração bondoso de Lidy [uma colega do inglês] e ela nos convidou para almoçar na casa dela, e melhor ainda com promessa de um almoço vegetariano [aleluia].
Quem recusaria um convite desses em sã consciência? Lá fomos nós para a casa de Lidy depois do fim da aula, em meio a coincidências e risadas nós chegamos ao apartamento de Lidy, tudo muito aconchegante, não vou mentir que o AP dela é um de meus ideais de casa para solteiro ou recém-casado, tudo com jeito de casa de boneca.
Eis que veio a cerveja – ai delicia.
D. Maria [mãe de Lidy] muito simpática – ainda quero saber de onde eu a conheço.
D. Celeste [tia de Lidy] Celeste com ‘C’ por favor.
Lívia [irmã de Lidy] cadê seu celular vibrando moça?

Conversa animada, agradável, muita risada, teve até momento álbum-de-fotos [como ela adivinhou que eu adoro isso?] tava com clima de almoço de família.

Eis que veio a comida, claro que eu vou fazer questão de descrever os pormenores para deixar tudo mundo com água na boca, e eu com vontade de comer de novo. Sobre a mesa: arroz com passas, feijão gigante, panquecas com proteína de soja e queijo e uma salada. Ah, a salada, uma das melhores saladas que eu já comi na minha vida, tinha couve, repolho, cenoura, pedaços de manga, maça e abacaxi, coberta com batatas e pedaços de pão, aaaaai que vontade de comer de novo.
Finamente eu estava tendo um sábado digno de gente; todas as regras de minha estava foram quebras, não vou mentir que eu fiquei apreensivo esperando um copo cair, um cano quebrar, a garrafa de refrigerante explodir, mas nada!
Lidy anunciou a sobremesa; creme imperatriz, já comeu? Eu achei o nome tão digno. Dizem que nós comemos com os olhos além da boca e é a pura verdade, o creme imperatriz era tão bonito quanto gostoso, comi como nunca tinha comigo antes [mendigoooo] até me lembrei de uma prima que diz todas as vezes que está comendo algo gostoso: "Eu amo Deus, mas eu amo mais ainda quando eu tô comendo, só porque Deus inventou a comida" igualmente penso eu.
Uma das melhores coisa do mundo é comer [sem duplos sentidos, por favor] comer uma boa comida, sem culpa, com gosto.
Chegou a hora de ir embora, assim tão rápido? Pois é, tínhamos que pegar o ultimo ônibus pra voltar pra casa, despedidas.
Já no ônibus aquela estranha sensação de não estar com fome, para falar a verdade a primeira coisa que eu pensava quando eu entro no ônibus pra voltar era: "O que eu vou comer quando chegar em casa?!" Foi estranho não estar com fome.

Lidy contar essa história aqui no meu blog é o mínimo que eu posso fazer para lhe agradecer pelo almoço maravilhoso e a tarde tão agradável.
Muito obrigado.

Aaai deu fome agora, deixa eu ir ali comer alguma coisa. Vou te contar...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

[história 040: Onde está a chave?]


... Aí eu chego no meu trabalho hoje, quando eu vou na secretaria, nada da chave da minha sala.
Procuraram, procuraram e nada. A secretaria que trabalhou na sexta-feira chegou e disse que a menina que trabalha a noite tinha ficado até mais tarde e que provavelmente ela tinha levado a chave para casa.
Contando com essa já foram mais de cinco vezes que essa menina faz isso ... ok.
Fui perguntar para as mulheres da limpeza, quem sabe a chave da sala não estivesse com uma delas, vocês acreditam que a mulher da limpeza virou para mim e disse: "A chave nós procuramos aí e não achamos, acho que a menina do noturno levou para casa, não é nossa obrigação buscar, a sala ficou fechada e sem limpar"
Eu só respondi: "Se não é obrigação de vocês muito menos a minha!"
Sentei no pátio para esperar o coordenador ou a diretora que diga-se de passagem são casados; o coordenador chegou. Eu pergunto: "A chave da minha sala, tipo não tá com você não?"
Ele: "Não... não está aqui não?"

Nisso a secretaria falou que achava que a menina que trabalha à noite tinha levado para casa na sexta. O coordenador olhou para mim, senti que ele ia me mandar buscar, eu abri o bocão logo e falei, no tom mais desaforado que eu consegui fazer: "Oh, nem me manda ir buscar por que essa não é a minha obrigação, como disseram as mulheres da limpeza, indo pra minha casa agora, se vocês mandarem buscar a chave me liga que eu volto para trabalhar se não até amanhã"

Sai da secretaria e fui embora ... querer abusar de mim não, tá pensando que eu sou o que? Agora aqui vagabundiando na net, ôh coisa boa.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

[história 039: Afunda ou boia?!]

Antes de começar deixe-me avisar logo que essa história é meio nojenta, se você é do tipo de pessoa que torce o nariz quando ouvi falar de cocô, xixi, catarro etc e tal. Pare de ler agora e muito obrigado por ter lido até aqui. Mas se você não tá nem aí pra nada ou está, mas mesmo assim quer ler mais uma de minhas insanidades vá em frente, mas depois não reclame eu avisei.

Ainda no meu núcleo universitário de saúde, estávamos falando sobre alimentação saudável, má alimentação, vegetarianismo [claro!], ai minha amiga enfermeira [futura obstetra, minha futura Helena de Paginas da Vida] falou: "Você sabe qual é o teste mais simples para saber se você tem uma má ou boa alimentação?" Resposta: Não! Eis a explicação:

"Basta você observar suas fezes e ver se elas afundam ou bóiam [uhm?] no caso de afundar má alimentação, se boiar boa alimentação, fácil né?!"


Eu sou uma pessoa impressionada, só foi ouvir isso e pronto, feito perfume de puta que gruda ba pele e não sai depois do banho, essa idéia de olhar o cocô no vaso grudou na minha cabeça, era eu ir ao banheiro no fim de todo o processo, estava lá eu olhando para as coisas, pior de tudo, para minha frustração meu cocô sempre afundava o que me deixava extremamente depressivo e irritado, mas um dia eu fui iluminado. Terminei de expulsar minhas necessidades fisiológicas sólidas quando eu olhei, adivinha? Sim! Para minha felicidade estava boiando, eu sai correndo gritando dentro de casa:

"Boiou! Boiou! Boiou!"

Minha mãe veio correndo saber o que se passava, querendo saber o que tinha boiado e por que me deixava tão feliz daquele jeito, eu expliquei toda história, minha mãe olhou meio assim pra mim e apenas disse: “Tem horas que eu não acredito que você saiu de mim, por que você é doido assim meu filho?!” nem respondi nada, eu não estava nem aí pra minha mãe, meu cocô tinha boiado e isso sim era importante, eu tive um boa alimentação apesar de que a boa alimentação já nem importava era uma questão de honra pra mim fazer esse cocô boiar. Se ele boiava isso me deixa muito feliz, entendesse ela ou não.
Voltei para o banheiro observei meu cocô lá boiando tranqüilo, era o mesmo que escutar ele dizendo: "Eu tô boiado, eu tô boiando, eu tô boiando."
Com uma dorzinha no coração dei descarga deixando uma parte de mim ir para longe, outros cocôs vieram e nada de boiar de novo. Ai que raiva! Mas eu não perco as esperanças do cocô boiante de novo na minha vida.
Agora de uma coisa eu tenho certeza, você pode até negar, mas se você leu até aqui não vai conseguir não observar seu cocô, tá amaldiçoado.
[bom começo de fim de semana para todos]

quinta-feira, 14 de junho de 2007

[históra 038: Experimenta tocar no meu óculos]

Aí eu estava com meus amigos sexta-feira passada sentando na frente de um barzinho daqui, conversamos, bebíamos uma cervejinha para comemorar o feriadão. De repente eu recebo um cutucão que quase desnucou meu ombro, quando eu olhei um menino de rua. Eu tenho um magnetismo incrível para esse povo, bêbado, doido, hippie, meninos de rua todos me amam, sempre que tem um, eles sempre vem direto para mim. O menino olhou para mim e diz: "Dá dez centavo aí?!"
Ele usou um tom imperativo, tanto que tudo mundo da mesa parou para olhar o menino, que devia ter no máximo 11 anos, era baixinho, magrinho.

"Eu não tenho não!" Respondi.
"Tem sim! Me dá logo aí" Ele disse.

Eu olhei a criaturinha da cabeça aos pés, me controlei para não dar um bom cascudo na cabeça, preferi ignorá-lo e voltar minha atenção para meus amigos que já tinha voltado a conversar normalmente. Então veio outro cutucão. Olhei.

"Dá 10 centavo aí cara!?" disse o menino de novo.
"Eu não tenho não... dá licença, por favor!" Eu respondi.
"Me dá 10 centavos ou eu quebro seu óculos!" Ele disse.

Oh, ele cutucou o diabo com a vara curta, eu estava usando meu fiel escudeiro, meu óculos Ray Ban Aviator, detalhe que o meu não tem nem o Ray nem o Ban, por que eu sei que foi comprado na feira, praguas messssmo, pelos menos foi comprado em Salvador [ui que chic na capital] mas foi presente e tem um valor sentimental ALTÍSSIMO, ele que tocasse um dedo naquele óculos, que ele ia ver com quantos paus fazeram o Titanic. O menino devia ter no máximo um metro e trinta, eu levantei, o menino lá em baixo eu cá em cima, olhei para ele e fiz cara de desafio. Acreditem ou não, ele olhou pra mim e disse:

"Vai dá os 10 centavo não gigante?!"

Não vou mentir que gostei do gigante, adoro quando reconhecem que sou alto, meus amigos pararam de novo para olhar o que acontecia comigo e o menino, eu tinha quem manter minha superioridade, resolvi fazer o que eu sei fazer de melhor. ESCÂNDALO! Olhei bem para cara do menino, soltei um sorriso sarcástico, não vou mentir que eu já estava semi-alterado pelo álcool, pensei "você vai se arrepender viadinho!" aí abri meu bocão:

"Quem é gigante aqui? Tenta quebrar meus óculos, tenta triscar sua mão suja neles para você vê. Te quebro em três pedaços num segundo, tenta a sorte moleque, e sai logo daqui antes que eu te dê um cascudo na cabeça e chame o conselho tutelar para te pagar e te colocar na cadeia, você pensa que você é quem pra ficar ameaçando os outros, vai crescer, vira gente pra depois você falar comigo."

O menino arregalou o olho, ficou vermelho e saiu sem dizer uma palavra. Sentei lindo e fino e pronto, continuamos do jeito que nós paramos, depois sozinho no banheiro quase morri de rir da cara do menino, coitado, acho que nunca imaginava que eu ia fazer aquilo. Nunca mais ele me pede 10 centavos.
Meche com quem tá quieto, vou te contar.

terça-feira, 12 de junho de 2007

[história 037: O Dia dos Namorados]

Então é Dia dos namorados, impossível não perceber ou até mesmo não se envolver de alguma forma com essa data comemorativa, na internet pop-ups explodem na sua frente cheias de corações vermelhos e cupidos, na TV tudo extremamente vermelho e cheio de corações flechados, aqui no meu trabalho frases românticas e urnas para deixar bilhetes de amor estão espalhadas por todos os lugares, tudo tão romântico, love is in the air.Eu resolvo então fazer uma auto-avaliação de meus 20 anos nessa terra. São 20 dias dos namoradas passados, 20 dias dos namorando sem estar namorando. Por que será? Talvez por eu ser um expert em apaixonar-me por quem nem sempre está podendo gostar de mim. Não me lembro de alguém que gostasse de mim e que realmente valesse o esforço – Oh, pena dele! Não sintam pena de mim se vocês têm amor às próprias vidas.
Sempre tive medo de admitir que gostava de alguém, questões de orgulho e falsa impressão de auto-suficiência, mas quando eu achei que poderia dar certo, levei dois chifres inesquecíveis [ ui ] um dos quais eu mesmo vi com esses olhos que o fogo há de consumir [daqui muito tempo]. Talvez por isso eu me tornei uma pessoa completa e simplesmente volúvel, é isso mesmo, eu percebi que [quase] todas as vezes que eu estive apaixonado [ou pensei estar] era só fogo em palha, vinha devastava, se mostrava forte, mas no segundo seguinte, nada.



Percebi que eu amo e desamo como muita facilidade, me apego às pessoas rapidamente e me desapego mais rapidamente ainda. Isso é uma faca de dois gumes, bom que não sofre no possível futuro termino [nada é para sempre] e ruim por não valorizar tanto quanto devia.
Ai, é tão difícil falar de amor, namoro e essas coisas porque eu nunca senti essas coisas, às vezes eu acho tão estranho, irie completar 20 anos de 04 de agosto e nunca passei por essas coisas, tenho amigos que já vagaram do 5º dos infernos ao 7º céu por amor, e eu? Nada!
Talvez o meu esteja guardado, ou quem sabe eu sou uma cumbuca, sim, “todo panela tem sua tampa” já diziam os antigos, mas minha tampa tá demorando tanto pra chegar que eu tenho medo de ser uma cumbuca que não tem tampa. Alguns amigos me dizem que tem medo do dia que meu “amor” de verdade chegar, dizem eles que vai ser tão avassalador que eu vou cair de quatro no chão. Será? Mas eu não perco as esperança, o mundo tem 6 bilhões de habitantes, será que nenhum deles é do meu tamanho? 


O dia dos namorados me leva a querer um carinho, um cafuné, um cheiro no cangote, um beijo demorado e um abraço apertado, são dessas cosias que eu sinto falta, do resto meia noite e um de hoje tudo acaba, aí o dia dos namorados vai ter passado, eu não terei ganhado nenhum presente, mas também não irei dar. Os cupidos voltam para o monte Olimpo, os corações são desflechados, os cartões vão para o fundo das gavetas, tudo volta a ser colorido e o vermelho perde [parte] do seu império. Mas nós os solteiros continuamos vivos, por que dia dos namorados é só mais uma data.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

[história 036: Engole ou cospe?]

Aí eu estava conversando com uma amiga sobre sexo e essas coisas da vida, o tópico que nós estavamos discutindo era: "Sexo oral fazer ou não fazer?!" eis que veio uma pergunta em minha cabeça [pervertida] como minha língua ainda precisa aprender o que é freio, a pergunta saiu antes mesmo de eu pensar em não fazê-la. Eu pergunto: "Amiga, você engole ou cospe?"
Ela olhou para mim, esperei uma ofensa, um palavrão, uma porrada na cara, mas não, ela respondeu naturalmente: "Eu engulo."
Fiz cara de nojo, ela olhou pra mim e disse [mais naturalmente ainda]: "Você acha que eu sou do tipo de pessoa que levanta da cama só para cuspir, quebrando o clima todo?! E você acha que meu cabelo é bom assim por quê?"

Uhmmm? Pára o mundo agora!
Tipo, eu já tinha ouvida falar que parte das proteínas e vitaminas que o homem ingere ia para o esperma, para torná-lo mais... como eu poderia dizer? Mais, mais esperma entendem?! Porém eu nunca tinha ouvido falar que esperma era bom para o cabelo, ou para qualquer outra parte do corpo, a não ser fecundação, que é exatamente a função dele.
Eu tenho que admitir que o cabelo de minha amiga é lindo, e tenho que admitir ainda que eu morro de inveja de suas madeixas, eu bem pensando que era algo genético ou coisa do tipo, quando o segredo da filha da putinha é beber esperma, pensa bem. E se essa moda pega, Jesus, o que eu vou vender de esperma não tá escrito, e o meu é dos bons sou vegetariano logo meu esperma é mais limpinho. Será que isso tem comprovação científica? Uma coisa eu sei, com comprovação científica ou não em minha amiga tá dando certo, o cabelo da desgraçada não tem uma ponta dupla, um fio quebrado, queda? Ela bem sabe o que é isso.
Agora eu fico olhando para os homens e mulheres que tem cabelo bonito na rua e fico pensando "Isso deve beber horrores" ou "Olha a cara, pensa que eu eu não sei que ela bebe". Pelo sim e pelo não eu continuo sem beber.
Sei lá, pra mim esperma não deixa de ser esperma nunca, mas uma coisa eu tenho que disser, levantar para cuspir realmente quebra o clima. Vou te contar.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

[história 035: Você fuma maconha?!]


Feriado prolongado - os Deuses sejam louvados. Estava precisando dessa pausa. Foi no feriado passado que isso aconteceu comigo. A galera todo estava reunida na praça [inclusive o pessoal que estuda em outra cidade] tudo mundo reunido, imaginem só; muita gritaria, conversa alto, risadas, bebidas e muito mais. Eu, o espectaculoso era um dos que mais chamava a atenção do povo que nos assistia sentando nos bancos e espiando das janelas das casas ao redor. Até aqui você pensaria: "Sim, e que tem de extraordinário nisso?!" Realmente nesse encontro não teve nada de absurdo ou extraordinário, mas comigo a coisa anda numa vertente bem diferente, os dias seguintes para os outros são normais, quanto a mim, continuem lendo. Feriado acabou, tudo mundo voltou para suas atividades normais. Dois dias depois eu saí para o trailler para comer um lanche [vegetariano] quando uma pessoa, tenho que ressaltar, semi-alcoolizada [vou omitir o nome, sabe como é] me chamou no canto, tudo mundo adoro me chamar no canto quando eu estou naquele trailler [sem duplos sentidos por favor] eis que a criatura fala pra mim: "Você fuma maconha não fuma?" Minha cor sumiu na hora, fiquei bege, nem tive tempo de ficar com raiva ou coisa parecida, só quase desmaiei de susto, primeiro que eu não esperava uma pergunta desse tipo, dois por que eu não esperava que aquela pessoa pudesse me perguntar sobre maconha, às vezes eu me esqueço dos velhos ditados: "Do buraco que menos se espera é do buraco que sai." certíssimo. Eu respondi: "Claro que não!" Ele olhou bem para minha cara e disse: "Ah, precisa mentir pra mim não, claro que você fuma maconha, pra ser assim você só pode fumar maconha, te vi antes de ontem, você tava maconhado, não tava?!" eu respondi: "Não é maconha não ... é felicidade NA.TU.RALLLLL ... se você não sabe o que é isso. Oh, pena de você!" Eu relevei o estado da criatura e sua quantidade de álcool no sangue, mas eu devia ter esculhambado fazendo lindamente minha linha barraqueiro, mas do que ia adiantar, no dia seguinte ele provavelmente não se lembraria de nada e se lembrasse fingiria que não. Quando eu estava saindo, achando na minha santa ignorância que o assunto tinha se acabado, ele segurou no meu braço e disse: "Fala aí moço, onde eu posso conseguir maconha da boa aqui?! Não seja egoísta" Abençoado seja Augusto Cury que grita aos meus ouvidos para respirar fundo e esperar 30 segundos todas as vezes que essas coisas acontecem comigo. Olhei bem para ele, com uma cara que se eu mesmo olhasse para mim, correria 3 dias sem olhar para trás de medo e sem dizer nada encostei perto de meus amigos com que eu estava antes. Só comigo acontecem essas coisas, já fui confundido por garoto de programa, ladrão de bolsa, só me faltava mesmo ser confundido por traficante. Vou te contar.

sábado, 2 de junho de 2007

[história 034: Quero meus óculos!]


Não sei quanto a vocês, mas eu quando era criança morria de vontade de ter aparelho nos dentes e usar óculos, mas por azar meu avô era dentista, ou seja, raros problemas de dentes e todas as vezes eu acusava [falsamente] que estava com os olhos de alguma forma incomodando era podado por minha mãe. Pois bem, alguns desses gostos já não repercutem mais na meu mundo de hoje, Deus me livre de aparelho apesar de precisar usar, Deus não me livre de óculos. Engraçado como algumas coisas não nos largam, eu a vontade de usar óculos. Daí né, meu olhos começaram a mim incomodar quando eu estava usando computador [cerca de 10 horas de meu dia] e quando eu li [nem sei quanto tempo, muito!] a felicidade brotou no meu peito, é um sentimento estranho eu sei, mas fazer o que eu estava feliz por ter uma doença nos olhos e possivelmente precisar usar óculos, mas não tentem entender isso [outros tentaram e não conseguiram]. Animadíssimo peguei o telefone e marquei uma consulta no oftalmologista. O dia esperado chegou, radiante eu fui pra o consultório feliz da vida. Tudo de como sempre, aquela mulher chama a gente e coloca um colírio para dilatar os olhos depois coloca a gente numa espécie de binóculo, quando você olha em um asterisco desfocado, quando o desgraçado do asterisco fica focado a mulher tira e coloca no outro olho, dá uma raiva. Aí a gente volta para a sala de espera e espera [meu obvio] aí a sinetinha toca e você pode entrar, gente tanta era minha ansiedade pra escutar o medico dizendo que eu tinha uma doença que meu coração estava acelerado, aí ele me perguntou o que eu estava sentindo, expliquei, exagerando um pouco admito. Lá vai o médico e me coloca em outra maquina, agora a pra ver a letras, bem clássico! O médico analisa, analisa, pergunta, eu respondo. Eis que ele pede para eu sentar na cadeira e começa a falar o resultado, ele diz: "Você não tem nada nós olhos, essa irritação deve ser pelo excesso de uso do computador, vou te passar um colírio e você volta pra casa e usa quando sentir irritado de novo. Tudo bem?" Ele só disse "tudo bem" no fim por causa da minha cara de visível decepção. Como assim? Só um colirizinho, eu queria era um óculos, a minha chance de parecer intelectual estava me escapando pelas mãos. Caramba, qual é o maior clichê da medicina? Toda vez que você vai num oftalmologista você volta usando óculos, porque os clichês nunca se encaixam pra mim?! Vou mentir não, sai do consultoria revoltado, queria meu óculos, mas tive que me contentar como um colírio. Só comigo mesmo, vou te contar.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

[história 033: Mamãe é do contra!]

Hoje é sexta-feira finalmente ... começa o fim de semana [graças a Deus] dia de ir pra rua, dia de expor a figura na praça até tarde, quando deveria ser dia de dormir cedo, por causa do inglês de sábado.
Lembrei-me de uma dessas sexta-feiras da vida que eu cheguei em casa de madrugada, mamãe não podia saber nunca que eu estava chegando aquela hora se não ia comer meu fígado cru de tanto me xingar por causa do inglês etc e tal, ou seja, eu teria que entrar em casa totalmente desapercebido, acho que eu nunca entrei tão silencioso na minha casa, tanto é que minha cachorra que todas as vezes que eu chego, independente da hora, vai na porta me receber nesse dia nem por lá apareceu.Certo, aí eu fui dormir tranquilo, acho na minha santa ignorância que mamis nada tinha ouvido.No outro dia de manhã veio a bomba, minha mãe já me acordou gritando:
"Deus me livre... pra chegar tarde e acordar todo mundo da casa não dá, pensei que o exercito nacional tava invadindo a minha casa de tanto que você bateu nas portas, até parecei que a casa estava caindo, assim não dá!"
Eu bege, mudo, o que mais eu poderia dizer? Tipo assim, eu achei que não tinha feito barulho algum, não tinha consumido nenhum alcohol ... realmente não deu pra entender, nem deu pra eu me defender, mesmo porque se eu contasse a verdade ela não acreditaria. Resolvi fazer um teste... Numa outra noite aí... cheguei tarde de novo, não fiz a mínima questão de fazer silêncio ao entrar, bati portas, puxei descarga, fiz o diabo a quatro dentro de minha casa, dormi com o coração na mão, preparado para o show de minha mãe na manhã seguinte. No outro dia, minha mãe acorda dizendo:
"Quer dizer, se fosse um ladrão tinha me matado, roubado tudo da casa e ido embora sem eu saber, assim não dá, entrar na casa com esse silêncio todo, não se pra que, nem fiquei sabendo que horas você chegou, vê assim chegou quase amanhecendo o dia."
Eu mudo mais uma vez, tipo o que tem de errado com minha mãe ou comigo né?!Caramba, isso que eu chamo de ser do contra. Agora fica assim ... toda as vezes que eu vou chegar em casa de madrugada tenho que me lembrar de não me preocupar em fazer barulho por que se não minha mãe acorda.
Vai saber né, e assim a gente vai vivendo... vou te contar!