terça-feira, 31 de julho de 2007

[História 056: A tartaruga ninja gay]

Ainda em Curitiba, a mulher comum resolve me apresentar seus amigos, esses por sua vez resolvem me apresentar à noite curitibana [ui que perigo!]. Como eu era [sou] meio analfabeto se tratando de ruas e lugares da capital do Paraná, marquei com Di na praça Osório, um dos pontos turísticos. Sai de casa mais ou menos 11 horas da noite, caraca estava fazendo 6°c graus de temperatura, a rua parecia aqueles filmes de terror cheio de fumaça no chão e tal. Peguei o coletivo que divinamente chegou junto comigo no ponto – é coletivo mesmo, sou “probrinho” gente, e táxi é caro. Cheguei no centro e fui para praça Osório liguei para Di dizendo onde eu estava e ele me pediu 10 minutos para chegar até lá.

[ dica: Em 10 minutos muita coisa pode acontecer]

Lá estava eu na praça sozinho 23:30 da noite, até que tinha bastante gente passando, fiquei perto de um chafariz esperando. Notei que muito homem passava e ficava olhando para mim, mas dentro de minha inocência nordestina eu pensei que queriam me roubar ou coisa parecida, mesmo porque eu estava com uma blusa listras [tipo aquelas de presidiário] e isso não chamava nem um pingo de atenção. [cof. cof. cof]

Mas como comigo sempre tem que acontecer algo avistei lá de longe uma criatura vindo em minha direção, era baixinho, gordinho e careca, veio caminhando e olhando para mim, [parecia uma tartaruga ninja] de repente ele começou a coçar o saco, mas não era dessas coçadinhas tipo ‘vou-da-uma-ajeitadinha-básica’ era daquelas coçadas ‘vou-mexer-com-meu-pau-pra-endurecer’ ele praticamente tentava arrancar o dito cujo do seu lugar ao mesmo tempoq ue ele olhava para mim meio vesgo, acho que tentando me seduzir pelo olhar matador. Enfim, não estava dando muito certo.

... foi me dando um aflição e nada do Di chegar, comecei a caminhar para disfarçar, mas a tartaruga ninja que estava sentada num banco meio perto de onde eu estava ficava me seguindo e me comendo com os olhos, eu morrendo de agonia. Como eu sempre digo: "Quando uma coisa tende a piorar ele sempre piora" salve Murphy.

A tartaruga ninja levantou-se e veio em minha direção, eu comecei a rodar o chafariz e ele atrás de mim, ficou uma situação tão ridícula que nem eu estava acreditando que aquilo estava acontecendo, enfim, pensei no dinheiro que estava no meu bolso, pensei na minha integridade física, afinal eu sou um calango do nordeste virgem [cof. cof. cof]. porém teve uma determinado momento que eu me distrai e a tartaruga ninja se aproximou.

- Quantas horas por favor? – ele perguntou.
- Não tenho horas – eu disse mostrando meu pulso que até então estava coberto pela blusa de manga cumprida.

Eu disse dei as costas para ele e sai.

- Você é muito lindo sabia ?! – ele disse.

Fiquei gelado, ele era gay?! Uai! Assim não que eu não tenho desconfiado, mas essa de perguntar a hora é tão retrô [anyway] cada um luta com as armas que tem. Eu não disse nada, fica cara de Kátia [não tô entendendo nada] e caminhei para frente, ele foi se aproximando eu encostei perto de uns homens que estava motando umas barracas [acho que teria um festival de alguam coisa lá] ele sentou no banco mais próximo de mim e ficou de lá me olhando, menos de 5 minutos depois Di chegou, nós nos cumprimentamos e tal, quando eu olhei para trás a tartaruga ninja vesga e gay não estava mais lá.

Tinha que ter um assim não feio Deus? Vou te contar ...

domingo, 29 de julho de 2007

[História 055: Finalmente em Curitiba]

Cheguei na capital do Paraná exatamente às 00:15, ufa!
O motorista se explicou dizendo que era carioca e coisa e tal e que era a segunda vez que ele fazia o trajeto blá, blá, blá. Pra mim ele era analfabeto por que placa era o que não faltava na estrada, enfim, pelo menos eu tinha chegado e com vida - isso sim era importante.

Estava combinado de encontrar com minha mulher comum, porém às nove horas, e já era meia noite ... iria conhecê-la, conhecê-la não, iria encontrar com seu corpo físico, porque eu já a conhecia. Isso tá meio confuso né ?! Vou explicar ...

- pausa para explicação -
Tudo começou quando eu estava comentando num blog ai... entre os comentários eu encontrei um comentários de uma pessoas chamada mulher comum, entrei no seu blog, apaixonei a primeira lida, ela passou a comentar no meu blog e eu no dela.
Antes eu pensava que ele morava no Rio de Janeiro e morria de inveja disso.
Fomos para o MSN, ai ele me disse que morava em Curitiba - fiquei com mais inveja ainda [inveja branca] ... pronto! Foi assim que nos conhecemos, eu aqui na Bahia e ela lá em Curitiba [virtualidade? Pra mim é tão real como a realidade]
Eu vou pra Curitiba, quem eu resolvo conhecer? Se você responder a mulher comum você ganha um doce. Então é isso, meu primeiro caso de internet que dá certo. [Só porque não tem sexo na entrelinhas].
- fim da pausa para explicação -

Antes mesmo de ir para casa de meus parentes eu fui encontrar minha amiga e assim eu disquei o número do celular.

- Jarbas? - disse a voz exatamente do jeito que eu imagina ser.

Um endereço, um táxi e finalmente o frio - ah, o frio!
Uma reunião de blogueiros - fui pra casa de um amigo da mulher comum;
Conversa, vinho, pizza, chocolate e poker e acabamos na cama - "diga que fomos para cama bêbados feito gambás". está dito.

Ôh. mulher boa de cama, a melhor mulher com que eu fui pra cama. Sexo? Quem precisa disso!
Conversa - ah, como eu estava ansioso para isso.
... e uma coberta que parecia ser feita de urso de pelúcia [isso não dá pra esquecer]

na manhã seguinte, é melhor ir para casa dos parentes não é?

- Foi ótimo te conhecer, quer dizer te encontrar, até logo.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

[História 054: Curitiba aqui vou eu ... ]

... Depois do visto negado, o que mais fazer na selva de pedra chamada São Paulo [salve, salve, amém] ?

NADA!
Então, Curitiba aqui vou eu ...
Meu tio me deixou no Posto 2000 na F. Morato. Compro minha passagem e espero, espero, espero, o ônibus que deveria sair 15:30 saiu de lá 16:15 – Os outros passageiros achando o atrazo a coisa mais absurda do mundo reclamavam, reclamavam, eu bem acostumando com isso, aqui atraso é o que mais acontece com nossa digníssima Novo Horizonte. Pois bem, com desgraça pouco é besteira, o motorista do ônibus se perdeu dentro de São Paulo – graças a Deus São Paulo é uma cidade bem pequena e ele encontrou o caminho logo. Engana-se você! E nós fomos entrando numas bocadas, numas favelas, ao mesmo tempo que todos os celulares do ônibus começavam a tocar e familiares contando do acidente do avião da TAM, um pandemônio. Foi quando Deus iluminou a cabeça de alguém que conhecia a região e essa pessoa ensinou o motorista o caminho certo, às 18:15 nós encontramos a BR.

Agora sim! Curitiba aí vou eu ... yupiiiiiiiiiiiiiiiiiiii !

quinta-feira, 26 de julho de 2007

[História 053: São Paulo 2007]

Não sei se quero contar essa história, há tanta coisa que não precisa ser dita e ponderar minha língua é uma lição que eu tenho que aprender ainda nessa vida; tanta coisa ainda não foi digerida, só sei que não foi inútil ir para São Paulo, com certeza isso não foi.

- Résumé -

Eu fui para São Paulo para fazer a entrevista do visto americano, que diga-se passagem foi negado, cancelando minha viagem para New York City, como diria Murphy: "Quando uma coisa tende a dar errado, ela dá errado."

Talvez não fosse para ser, não sei. Um dia que sabe eu encontre a resposta.

[anyway]

Cá estou de novo, sem visto americano, porém cheio de muitas outras coisas, talvez melhores do que um carimbo no meu passaporte. Que perdeu foram os americanos, esse um metro e oitenta e seis de carne de primeira faria muita diferença por lá.

[...]

A melhor parte de São Paulo, foi ir para Curitiba, reencontrar família e encontrar minha mulher comum.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

[História 052: A muda Ninja]

Não... não é nada sobre São Paulou ou Curitiba.
Ainda estou pensando por onde começar, enquanto isso... fiquem com essa história que aconteceu dias antes de eu viajar.


Eu não sei direito porque, mas as coisas aqui tendem a acontecer exatamente na hora e no lugar onde eu estou, talvez por que a cidade se resuma em duas praças [exagerado!] assim sendo, estava uma amiga e eu sentados numa dessas duas praças quando houve um briga.

Os envolvido nessa briga são: um velho asqueroso, feio e pedófilo, a menina que transa com o velho, a mãe da menina e a muda ninja que era quem era casa como o velho. Não está entendendo nada não é ?! Calma, calma tudo vai se esclarecer.

... então continuando, estávamos nós conversando quando a porta de uma das casas escancarou-se de supetão, eu levei um susto daqueles [pra variar] em seguida o velho saiu lá de dentro correndo seguido da menina e da mãe, sem demora a muda ninja saiu fungando, soltando fogo pelas ventas, fico só imaginando o tanto de palavrão que ele não estaria falando se realmente falasse, ok.
A muda ninja saiu em disparada em direção do grupo distribuído chutes, pontapés e porradas, mas porque a revolta muda? Você deve estar se perguntando. Vou te contar ...

Para o começo da história a muda é [ou melhor era] esposa do velho pedófilo, porém a coitada vivia na fazenda, criada na zona rural e tal preferiu ficar por lá enquanto o velho se mudou para a “cidade” por lá a muda viveu feliz recebendo visitas do seu esposo todos os fins de semana, o que a muda não sabia era que o velho tinha uma amante, agora o detalhe é que a amante do velho tinha 14 anos de
idades. [não perca seu tempo se chocando agora] o detalhe maior ainda, é que a mãe da menina menor era quem levava a filha para transar com o velho em troca de dinheiro, sem dó nem piedade [agora sim você pode se chocar!]
Então é esse o motivo de tanta confusão, a briga acontece exatamente no dia em que a muda resolve fazer uma visita de surpresa para seu marido e pega com outra na cama, a fúria foi tão grande que a muda resolver revelar ser possuidora de técnicas ninjas de Pai Mei misturada com golpes de vale tudo.

Eu não sei explicar direito como a muda fazia, mas ela no meio da rua conseguia bater no velho, na menina e na mãe OU MESMO TEMPO. Era uma mistura de jiu-jitsu com capoeira e muita raiva. Só sei que a coisa não foi bonita de se ver não, a menina e a mãe saíram com alguns hematomas, o velho com um dos olhos roxo e foram preciso quatro homens para segurar a muda ninja e acabar com a briga. Obvio que por maldade o povo deixou o velho, a menina e a mãe apanharem até resolverem separar.

Moral da história: Nunca se case, ou case-se quiser, mas tenha certeza que sua esposa ou marido não foi um discípulo ninja no passado e possui técnicas orientais de defesa pessoal em segredo, ou o mais simples, case-se porém não tenha um amante, você vai evitar muito problemas e possivelmente um olho roxo.


P.S: Só pra constar nos altos dessa história, dizem por ai que a muda ninja mudou-se para São Paulo e casou-se com um senhor rico. [aff. São Paulo muda todo mundo]
Quanto ao velho, coitado, ficou sem muda, sem menina, sem nada.
A menina e a mãe, pouco saem de casa depois de tanta vergonha, mas dizem que elas estão sendo vistas muitas vezes saindo da casa de um moço ai. Próximos bafonds? Deus ajuda! Vou te contar ...





terça-feira, 24 de julho de 2007

[ de volta ]

De volta à Bahia.
e de volta não sob boas circunstancias ...

Assim que desci do ónibus fiquei sabendo que minha vozinha tinha morrido. Ela que protagonizou história tão hilarias [ vide história 005 ] ... E é assim que eu quero me lembrar dela.
Então gente odeio demagogia de sofrimento, odeio demagogia de qualquer tipo ... por isso vou finalizar por aqui, minha avó vai fazer muita faz, ah! isso com certeza vai, mas o ciclo da vida continua e não podemos fazer mais nada.

Me lembrarei dela com aquela panelona de arroz a mão me fazendo comer horrores;
Me lembrarei dela fazendo biscoitos;
Me lembrarei dela me dando presentes;
Me lembrarei dela feliz ... porque eu tenho certeza que é exatamente assim que ela gostaria de ser lembrada ...
Quando eu recolocar minha cabeça no lugar conto como foi em São Paulo e Curitba e tem muita coisa pra contar, não é Sheila ?

sexta-feira, 13 de julho de 2007



Viajando ...

[ São Paulo / Curitiba ]
Logo mais voltarei com as bafonds das capitais sudeste e sul...




terça-feira, 10 de julho de 2007

[História 051: O policial abusado part.2]

As férias acabaram e tudo voltou ao normal. Eu de volta à sala de informática, bem para quem tem acompanhado o blog sabe que lá agora a internet é comunitária, ou seja, qualquer ser humano com conhecimento mínimo de informática pode usar a internet, quem acompanha o blog também sabe que eu tenho um ... com poderia chamar ... desentendimento [não declarado] com as [com uma na verdade] autoridade policial da cidade [vide história 012].
Pois bem, para confirmar que [quase] todos os policiais são criaturas abusadas, leiam isso ... estou eu na minha sala, moreno, alto, bonito e sensual curtindo minha solidão e ouvindo umas músicas quando batem à porta, eis que era um policial [diga-se de passagem, um diferente do que eu tenho o desafeto] comumente conhecido no meu circulo de amizades como "51 centímetros."

- Pausa para esclarecimento -
O que você pensou quando leu o trecho "51 centímetros"? Caso você tenha pensando em algo com conotação sexual, deve lhe dizer que você tem uma mente suja igualzinha a minha, por que quando me disseram pela primeira vez, também pensei que se tratava do membro do garoto, mas não, se trata da altura da criatura, que deve ter possíveis 1,50 [não riam por favor].
- Fim da pausa esclarecimento -

Cumprimentos etc e tal, ele diz que precisa entrar na internet para olhar o contra-cheques dele, abro espaço ele entra e senta. Eu por minha vez volto para meu PC e continuo a escutar minha musicas e ler meus blogs como de habitual. Acreditem vocês assim que o policial sentou no PC ele abriu o site da radio uol e começou a escutar músicas de Ivete Sangalo num volume ligeiramente maior do que o meu, ou seja, ele estava ignorando totalmente a minha presença no recinto [como assim anão?] eu fiz sinal de desconforto por causa do som, o policial nem tremeu a periquita, não moveu um só centímetro de onde estava, para completar o abuso ele olha pra mim e diz: "Está lenta a internet hoje não é?!"
Eu resumi minha resposta num: "É!" que queria dizer: "É, está lenta sim, mas se você não tiver satisfeito vai numa lan house que você ganha muitíssimo mais".
Ok. vontade não faltou, mas com eu ia dizer isso para uma pessoa que possui uma arma de fogo pendurada na cintura, certo que ele é um pintor de rodapé, porém isso não diminui em nada o grau de periculosidade da arma do rapaz, nem faz com que ela [a arma] deixe de perfurar órgãos vitais, deixar a gente aleijado e etc e tal.
Tive que aguentar esse abuso, não por muito tempo, por que pela primeira vez na minha vida alguém lá em cima teve pena e a internet num instante a internet ficou absurdamente lenta e Ivete Sangalo começou a ter um crise de gagueira. Dai né tudo quanto foi site travou, paginas espiraraão e o policial desistiu de ver seu contra-cheque e foi-se embora, fiquei o resto da manhã sem conseguir nem abrir a janela de comentários dos blogs de tão lenta que a internet ficou, mas pelo menos tive paz para ouvir minha músicas. A vida é assim perde-se algumas coisas, mas ganha-se outras. Vou te contar ...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

[História 050: A última supresa de São João] - São João 2007 -

Acordei domingo ao som de um forró pé de serra, um anarriê, alavantu, não quis acreditar, o São João 2007 tinha acabado na noite anterior e muito bem acabado com o show da banda de meu amigo [vide história 049] Eu estava meio depressivo por que uma das festas que eu mais gosto do São João, o São João Passou Aí, não iria acontecer, mas o que é isso?

- Pausa para explicação -
São João Passou Aí é uma festa tipicamente feita no dia 24 de junho à tarde, onde varias pessoas saem nas ruas ao som de sanfona, zabumba e triângulo, cantando marchinhas juninas, passando de casa em casa para beber, comer e dançar.
- Fim da pausa para explicação -

Acordei domingo, sem querer acordar, sabendo que o não haveria São João Passou aí, mas o forró pé de serra que não parava de tocar animou-me e me fez levantar. Tomei banho e fui para a rua, e o que havia lá?
O Arraiá do Rosa, nada mais do filhos de um mesmo pai - o Sr. Rosa - que se reunirão para fazer uma festa em homenagem ao pai, detalhe era tanta gente, entre filho, netos, bisnetos, noras e genros, que a festa teve que ser feita no meio da rua, juntando os amigos e os curiosos era uma folia que nem sei explicar. Após descobrir que quase todos os meus amigos tinham ido para o beer fest numa cidade vizinha, tente adivinhar para onde eu fui ... se sua resposta foi Arraiá do Rosa, você acabou de ganhar um doce.
Entrei outros amigos por lá, e começou vim cerveja e wisky, eu bebendo, quando eu percebi já estava no meio da roda dançando quadrilha com minha prima.
Porém tudo que é bom dura pouco, o tecladista que estava animando a festa disse que iria tocar a ultima música para acabar com a festa e a última música foi tocada ... veio o silêncio. Eis que eu ouço o som de uma sanfona, o batuque de uma zabumba, o tilili do triângulo e da esquina vieram pessoas cantando.

"São João passou aí, passou Mandou que me desse pinga, mandou."

Meu coração veio a boca, explodindo de alegria eu gritei, São João não havia indo embora, ele estava passando, voltou para fazer uma última surpresa, nos fazer uma ultima festa.
Pulei, gritei, dancei e acompanhei o cortejo junto com todos que estávamos no Arraiá do Rosa.
Depois de rodar a cidade cantando e dançando, voltei pra casa, dormi tranqüilo.
Agora sim! Havia acabado o São João 2007. Com diria a minha mãe: "Vamos dormir, vamos descansar por que segunda-feira é dia de branco"

Segunda-feira tudo voltaria ao normal.
2008 vêm aí . vou te contar...

quinta-feira, 5 de julho de 2007

[História 048: Vamos para São Paulo] - São João 2007 -

O 2º dia foi [quase] relevante, eu acordei depressivo por ser o ultimo dia de festa [sofrendo antecipadamente com fim]. Além da questão de ter dormido tarde, quer dizer ter dormido cedo e ter acordado mais cedo ainda, juntando isso a uma ressaca horrorosa, passei a manhã e a tarde inteira feito um zumbie.
Pois bem, cheguei na festa tão apagadinho que nem sei viu, uma vontade louca de ir embora, mas eu não podia por que a banda da qual uns amigos são vocalistas e dançarinos ia fazer show [o primeiro show aqui] e eu não iria perder por nada. Fiquei lá lutando contra o sono, tentando relevar as dores na costas e pernas; encostei com o namorado de minha prima [que não gosta muito de forró] numa daquelas barraquinhas e ficamos conversando enquanto o povo todo dançava animado.
Conversa vai, conversa vem, uma mão toca meu ombro, quando eu me viro e olho para ver quem era, vi um menino lindo, de cabelo arrepiado, sorriso largo e mão estendida para me cumprimentar.

"Você não está me reconhecendo?" Ele disse.

Quer dizer, eu não estava nem pensando, pernas tremendo, um frio no baixo ventre, coração disparado, porém a pergunta ecoou dentro numa parte de meu cérebro ainda consciente e eu tive um insight.

- Big Flash Back por favor -
Há 2 anos atrás eu substitui uma professora no zona rural, por alguns poucos dias, 15 na verdade, o menino mais bonita da escola era exatamente o mais simpático comigo, só que ele tinha uma beleza bruta, era aquelas daquelas pessoas naturalmente bonitas, depois dos 15 dias de substituição nunca mais eu vi esse menino e 2 anos se passaram.
- Fim do Big Flash Back -

Com a iluminação da mente eu consegui desentalar as palavras: "Ricardo é você?"
Ele respondeu: "Ah, você se lembrou de mim, dois anos que não nos vemos"
Eu disse: "Pois é, você está tão ... diferente" [eu queria dizer lindo]
Ele disse: "Que nada você quem está diferente, quase não te reconheci!"
[risadas]
Eu recomecei: "...Mas onde você esteve esse tempo todo?"
Ele respondeu: "Fui para São Paulo, estou morando lá agora"
Dái o papo fluiu e conversamos durante algum tempo, mas ele foi-se. Trinta segundos paralisado depois, eu consegui explicar ao namorado de minha prima quem era Ricardo etc e tal.
Encontrei com ele outra vezes sem querer acreditar no quanto ele tinha mudado, até o jeito de falar, desejei profundamente ir pra São Paulo também para ver se me embelezo também. [como se minha feiúra tivesse solução] Vou te contar ...