domingo, 30 de setembro de 2007

[História 068: Sobre os bêbados]

Digamos que eu não tenho muita sorte com bêbado, hippies e assemelhados, meu sangue é doce para esse povo, onde eu tô mesmo se estiver com varias pessoas eles sempre vêm para meu lado.

aqui na cidade onde eu moro tem um menino, sim menino, ele deve ter no máximo 17 anos. vou chamá-lo de João... só vive bêbado [dá pena] e quando perguntam se ele bebe ele fala que só por esporte ... okay. que seja...

Pois bem, um dia desses chega um amigo e me diz: "João mandou perguntar se você quer ficar com ele". Quase cai para trás, não é preconceito nem nada, mas João não toma banho, não escova os dentes e vive bêbado, sem falar que ele é negro e tipo tem a mania de passar oleo de comida na pele, tipo para tirar o cinza que fica quando não tá hidratada, mas nem por isso vou ficar desfazendo da pessoa né?! calma, calma, eu disse que não [claro!] quando eu digo desfazer é tipo, humilhá-lo porque nunca que eu ficaria com aquilo, eu mandei meu amigo dizer que não dava etc e tal, porque eu não curtia ficar com homens [cof. cof. cof] e entro outras coisas.

oh, Deus, teria sido melhor se eu tivesse xingado João tudo, desse dia em diante minha paz acabou ... onde eu tava João mexia comigo, tipo assoviava, gritava meu nome, essas coisas [um tormento].

essa história se trata de um dia em que eu estava passando na frente de um bar, pense num bar cheio de gente, pense num bar cheio de gente bebada, pois é, hora que eu passei João correu para a porta e gritou: "gostosão, lindooooo"

quando eu olho para trás o povo do bar inteiro tinha corrido para ver quem era que João estava gritando, eu abaixei minha cabeça e segui meu caminho tremendo de raiva e vergonha, não bastava isso o povo do bar começou a gritar, quem disse que João parou, eis um novo grito: "vocês conhecem um homem mais lindo do que Jarbas?" aaai que vontade de morrer. Nem pra trás eu olhei mais, mas o povo continuou a gritar até eu virar a esquina e ir embora pra mim casa.

desse dia em em diante corria do João igual um doido, quando foi um dia eu estava no jardim com uma amiga, só nós dois sentados no banco, João começou a se aproximar, vindo em minha direção, sorriso de orelha a orelha, senti que não iria dar coisa que prestasse, sem muita idéia, sem ter para onde fugir agarrei minha amiga e dei um beijo na boca dela, João passou e disse: "é perdi mesmo, o que eu faço agora?"

depois disso nunca mais ele mexeu comigo, quando eu passo na rua ele ainda vira a cara no maior olhar blasé, sim! João me despreza e me dá gelo, eu mereço? [risos] vou te contar...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

não gosto de filosofias, mas...

...hoje eu senti necessidade de publicar um texto que eu considero [não sei vocês considerarão] menos idiota do que todo o resto que aparece por aqui. por que hoje eu dei o ultimo suspiro, e foi um suspiro de libertação, tenho que dividir isso, então eis o tal texto abaixo.

é tão surreal essa sensação pós-paixão.
quando você olha para a pessoa e pensa: "uau! como eu pude gostar tanto disso?!"
talvez essa é uma pergunta que nunca se obtém resposta.
corações tendem a ser meio bobos, sei lá. acho que tem coisas que não devem ser questionada, não por admissão de burrice ou apatia, mas porque determinadas coisas acontecem por que tem que acontecer, e ninguém muda isso, nem nunca mudará.

me lembro agora de uma amiga que sempre me diz: "tudo acontece com um propósito, nada é por acaso"

depois dos últimos acontecimentos, adotei essa filosofia pra mim.
...e agora? é botar o espírito de puta na ativa novamente, o bom é se divertir.
já perdi muito tempo ... agora é hora de voltar ao campo de batalha. [ui cuidado ela tá perigosa] ha ha ha!

c'est la vie.


terça-feira, 25 de setembro de 2007

[História 066: It's raining cats! Aleluia]

Quem já ouviu falar do ritmo [infelizmente] inventado na Bahia, o saudoso e muitíssimo conhecido ARROCHA ?!?!?
Vamos para uma breve explicação - discrição by wikipedia.

Arrocha: É um ritmo musical originário da Bahia. Ele veio proveniente da seresta, influenciado pela música brega e o estilo romântico, com modificações que o tornaram, segundo seus adeptos, mais sensual. Estilo musical originário da Bahia, nasceu no brega de caroba na cidade de Candeias. Um movimento social focado nas classes inferiores.

De qualquer maneira, esse história não se trata do ritmo quente da Bahia, mas sim do dia que fui punido por me atrever a cantar uma dessas músicas.

Let’s go...
Estávamos meus amigos e eu sentados numa esquina que tem aqui na minha cidade, é bem comum nós ir para lá, porque na calçada dá pra sentar todo mundo, e eu ando em bando, pois bem, num dia desses eu muito cheio de inspiração para incomodar os outros e um pouco de alcohol no sangue, comecei a contar um versinho de arrocha, na verdade eu misturei duas musicas, ou seja, elevei o nível da desgraça insuportável para algo mais insuportável ainda. Eu cantava:

Arrocha, arrocha, arrochaaaaaa. Arrochaaaaa. Arrochaaaa. Piriri pompom piriri pompom arrocha o corpo todo Piriri pompom piriri pompom piriri pompom

Imaginem vocês a pessoa repetir isso mais de 25 vezes, é de querer morrer – eu admito. Meus amigos já estavam ficando doidos, todo mundo me mandava calar a boca, mas o inferno é que a porcaria da musica não saia da minha cabeça e quanto mais eles pediam para eu parar, mas eu cantava e cantava alto.
Já ouviram aquele ditado: “Aqui se faz aqui se paga” e o outro “Tudo volto três vezes pior, tanto as cosias boas quanto as coisas ruim”? Eu sou a prova viva de que isso é verdade. Na hora que eu disse: “A ultima vez gente” e gritei bem algo o verso acima, acreditem se quiser, um gato caiu em cima da minha cabeça, vindo de onde? Só Deus sabe, é exatamente isso que você leu mesmo, um gato simplesmente choveu em mim. Eu tomei um susto tão grande que eu fiquei de pé no mesmo instante e corri para o meio da rua, quando eu vi o gato no chão, pensei que fosse um gambá, pensei: “agora fudeu é um gambá e peidou em mim, todo fedendo” olhei de novo e vi que era um gato, sai correndo atrás desse gato, gritando, pena que eu não consegui pegar aquele maldito felino voador, e todo mundo rio da minha cara. ¬ '

E essa foi minha traumatizante experiência com o ritmo arrocha e o gato voador. Ah, não podia deixar de comentar que meus amigos AMARAM me ver passar vergonha e receber uma gatada na cabeça depois de incomodá-los tanto; e teorias foram criadas, uma delas é que o próprio Deus lançou o gato em mim, enjoa de escutar minha voz. Será? Só se de uma coisa, nunca mais eu conta musica de arrocha. Vou te contar...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

[História 065: para dores musculares e reumáticas]

Ainda sobre o caso do médico boliviano e minha alergia [agora sóbrio]

Quando eu saio do hospital já meio depressivo por causa da doença canina recém descoberta, ligo para uns amigos para vim me buscar, mas ninguém podia naquele momento, tive que ir à pé, cerca de 1 km de distancia. SIM! O hospital fica numa das saídas da cidade.
[anyway] foi direto para a farmácia para comprar o remédio que o boliviano havia me receitado.

Ir na farmácia Rocha é sempre uma festa, a atendente Keila, é um amor de pessoa, super divertida, amo!
Entrei na farmácia caladinho, meio borocoxó.

- vixxx, tá doente é?! – ela perguntou.
- sarna!
- Deus me livre, sai daqui cachorrinho de rua! [rimos]
- oh, judia de mim não mulher, tô sofrendo.
- vixxx, começou o drama [rimos]
- então, você acredita que eu fui atendido por um medico boliviano?!]
- ah, me falaram desse médico, o povo da zona rural tá pra morrer sem entender o que o tal médico fala.
- menina, nem te conto foi um suplicio esse consulta. [contei a história]
- deixa-me ver a receita ai. [entreguei]
- oxe, esse remédio aqui é para dores musculares e reumáticas; o.O'
- como assim???

Com eu sempre digo: "desgraça quando vêm, nunca vêm sozinha, sempre vêm acompanhada". Não bastava eu tá com uma coceira dos infernos nas costas, ter descoberto que tinha pegado doença de cachorro por causa de um cobertor esquecido no fundo de meu guarda-roupa que eu precisei usar por causa do frio repentino aqui na caatinga causado pelas mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global e por fim ser atendido por um medico boliviano que falou um texto da qual eu não entendi quase nada, ter caminhado quase um quilometro com o sol a pino, chegar na farmácia e descobrir que o medico tinha me receitado um remédio para dores musculares e reumáticas é demais para uma única pessoa... eu fiquei em silencio. – francamente o que mais eu podia fazer? Mas minha vontade era de voltar correndo de dar uns bons tapas na cara daquele medico. [anyway] minha amiga farmacêutica foi mais esperta, ligou para o hospital e conversou com o médio, ou pelo menos fazê-lo. Por fim o medico realmente tinha passado o remédio errado, depois de conversar com o medico ele disse o nome do remédio certo e eu fui pra casa "feliz" e com a certeza de que eu não iria morrer com um choque anafilático.

No fim das contas, uma semana depois de tomar o remédio que era uma delicia [sabor de hortelã] eu já estou curado, o cobertor foi lavado, mas o aquecimento global não pára [anyway] vou te contar...

domingo, 16 de setembro de 2007

\o/ Um ano sem vacas mortas . um ano de vegetarianosmo \o/

[a little bit drunk]

e esse post era pra feito ontem... porém contratempos etc e tal me impediram de escrever, la la la, a preguiça também conta bastante...

[anyway]

venho para dizer que ontem fez um ano, UM ANO ... que eu não como carne. UAU!
É, pois é, parece que foi ontem que eu decidi parar de comer carne, nem acredito que tem um ano que eu não coloco uma vaca, boi, galinha, porco, cabra, cabrito, carneiro, ovelha, gambá e outro mamífero, reptiliano ou bicho morto na minha boca.

Ai vocês podem me perguntar: - ah, mas você não sente falta?
Eu responderei: - não, não sinto.

é tudo uma questão de costume, não é à toa que somos o topo da cadeia alimentar, adaptadilidade. Na verdade nunca gostei de carne, nem quando não tinha todas essas idéias naturalistas de gente "doida" que doa dinheiro para o green peace.

ôh, deixa-me acabar logo esse texto... esse post tá muito chato e eu tô meio bêbado porque eu acabei de chegar do aniversário de minha amiga ... uma coisa eu digo: pelo menos cerveja não nenhum bicho morto e isso me deixa muito, muito tranqüilo mesmo.

Deus salva a alegria quimicamente induzida! [amém]

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

[História 064: el medico]

Nos últimos dias começou a fazer um friozinho gostoso à noite aqui na Bahia – coisa realmente muito rara eu admito. Na verdade aqui o termômetro marcou 20°c o povo já pega casaco.
Enquanto a população excomungava o frio recém-chegado, eu levantava as mãos para os céus a agradecia a Deus por ter oportunidade de ver a Bahia esfriar, o que acontece em seguida? Começo a usar um cobertor guardado no recanto do meu guarda-roupa desde que você usava mini-saias [uau!] dormi tranqüilo e quentinho [ai delicia] ... na manhã seguinte acordo com uma “pluiguicinha”, uma coceirinha nas costas – “ah, não deve ser nada, eu pensei” e a vida seguiu no habitual, o frio continuou, uma semana se passou e a cada manhã a coceirinha aumentava, num dia desses eu penso: “oh, deixa eu ver o que é isso que eu tenho nas costas...” quando eu fico de costas diante do espelho quase quebrando o pescoço na tentativa de ver algo, eis que deslumbro com minhas costas totalmente empolada, coberta de pontinhos vermelhos que lembravam acene; pronto, meu suplicio tinha começado. Pense comigo, aprece que quando a gente tem consciência da doença mais ela ataca, ou melhor mais a gente tem a impressão de ter os sintomas, a partir daqui meu calvário começou, as costas coçavam, coçavam, coçavam e coçar as costas, ou melhor, tentar coçá-las é uma experiência traumatizante; corri mostrei para a minha mãe.
“Jesus tende misericórdia, o que foi isso meu filho?!” foi a única cosia que ela disse, não ajudou muito, e a coceira só aumentando, mamãe em sua sabedoria descomunal praticamente me deu um banho de álcool etílico; ótimo, aliviou e muito.
Dormi de novo, na esperança de acordar no outro dia sem nada [doce ilusão] quando eu acordei no outro dia [domingo] a alergia estava três vezes pior do que já estava, o que fazer então? Hospital aqui vou eu...

Como você imagina a sala de espera de um hospital publico no Brasil? Gente entrando, gente saindo, criança chorando, velho gemendo, um pandemônio. Certo? Pois minha cidade é tão do contra que a sala de espera estava completamente vazia se vacilar o hostipal estava vazio e a atendente tava do lado de fora conversando com os seguranças. Cheguei fiz a ficha e em menos de três minutos estava sentado do lado de fora do consultório.

“puedes entra” disse uma voz masculina “buenas tardes” era o medico.
“espanhol?” pensei “era o que mim faltava”
“o que sientes hoy?”
“eu estou com uma alergia nas costas e apareceu de uma semana pra cá, tá coçando bastante” eu respondi.
“dejame me ver?”
[levante a camiseta e mostrei]
“me parece igual as que tu tienes em la cara!” ele disse.
Levantei uma sobrancelha, e disse: “não é acne não, porque as das costas coçam e apareceram por agora!”
O medico ficou de pé diante de mim, pensei: “vai me dar uma porrada”, eu sentando, ele disse: “no necessitas ficar “nerboso”, fiques de pé” assim eu fiz... fiquei de pé, deu vontade de rir na hora o médico ficou da altura de meu peito.
“asenta otra vez” ele disse “o que tu mudastes de tu habitual?”
“eu comecei a usar uma coberta que estava a muito tempo guardada” eu respondi.
“dejame ver tu cara” disse e pegou no meu rosto meio sem jeito, e mexeu pra lá, mexeu pra cá, quase quebrou minha mandíbula, vou para a cadeira e sentou diante de mim, e começou a escrever no prontuário e numa receita.
“usted tiene ácaros” diagnosticou.
“o que?” eu disse, foi instantâneo.
“ácaros”
“eu tenho o que?”
“Á - ca - ros”

– pausa para consulta no dicionário –
Ácaros s.m (Entomol)
1. nome comum a todos os acarinos.
2. aracnídeo que produz a sarna; á.ca.ros.
– fim da consulta –

ai meu Deus, eu estava com sarna, mas não é cachorro que tem essa doença? Pelo visto não, eu na minha sorte incalculável peguei uma doença que até então eu achava que só cachorro tinha, enfim, o médico me explicou que isso é normal principalmente por eu ter usando o cobertor sem deixá-lo ao sol ou lavá-lo antes e que os ácaros se desenvolvem em panos que ficam muito tempo no mesmo lugar, blá, blá, blá. Escutei tudo com atenção, peguei a receita que o médico boliviano [ah, eu descobri a nacionalidade dele depois] e fui para a farmácia, o que aconteceu lá rende outra história [que ficará para depois].
Pensando pelo lado positivo – se é que tem um – ao menos eu tive um atendimento internacional; boliviano eu sei, eu sei, mas é internacional, ser atendido por um medico, mesmo que boliviano não é pra qualquer um não. vou te contar...


ps.: foto meramente inlustrativa.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

[História 063: - Vamos transar?!

Cá estava eu andando pelas ruas de madrugada, voltando para minha casa [juro que não estava aprontando nada. cof. cof. cof] a rua igual a um deserto, quando de repente das profundesas do submundo um rapaz bêbado me chamou para conversar, eis nosso dialogo [só Deus pra ter piedade de mim]

Para esclarecimento, de azul são as fala dele, de vermelho são as minhas falas e de itálico foi o que eu pensei na hora ou comentários. [ah, pra que isso?! vocês são pessoas inteligentes]

– psiu! [eu olhei] – podemos conversar?
[aff. era o que me faltava] – pode dizer...
– nãoooo, mais juntinho encosta aqui...
– sim?
– você é viado? [uau! assim na lata ofende!]
– não porquê?
– quero transar hoje, nós dois acotece?
– claro que não...
– porque não?
– por que eu não curto isso e porque eu tenho que ir embora.
– ah, fica mais um pouco.
– não dá... eu tenho que ir.
– queria te beijar, te abraçar ... vamos transar.
– não dá não vei, tenho que ir. [comecei a andar]
– psiu! [olhei pra trás]
– vamos conversar.
[parei, porque eu faço isso?] – diz logo cara!
– vamos para minha casa, escutar uma musica, beber um vinho. [aaai como ele é romântico]
– não dá mesmo, eu tenho que ir embora, amanhã eu acordo cedo pra trabalhar [por que eu estava dando explicação para um bêbado chato? enfim...]
– certo, esquece o vinho, vamos pra minha casa bater um papo, se conhecer melhor ouvir uma musica legal. [dá pra acreditar nisso?]
– cara, não dá mesmo, eu tenho que ir embora. [não fui ainda porque? Só pra ver no que ia dar e contar aqui]
– você é tão lindo. [ele faz cara do gato de Shrek] - vamos transar?!
– já disse que não dá, eu não sou viado.
– te dou 10 reais! [ai que vontade de morrer, como assim, tô desmoralizado mesmo, 10 reais é pouco demais]
– não tô precisando de seu dinheiro não, você tá pensando que eu sou quem?
– pára de besteira moço. vamos transar!
[engrossei a voz] – vei, não dá mesmo e eu tenho que ir embora. [eu ainda estava simpático?! cada o barraco, cadê o escandalo no meio da rua? ah, rua vazia, sem plateia não tem graça]

[sai caminhando ... ]

- psiu! [olhei pra trás... ele fez aquele barulho que o povo faz quando tem dente podre, tipo sugando a carne que tá no buraco]
- lindão! [o barulho de novo] gossssstosão.

[ voltei a caminhar de novo ]

- psiu! [olhei pra trás de novo] - esquece a transa vamos fumar maconha!

Nem pra trás eu olhei de novo... caraca, por que tudo mundo me vê assim tão junkie, meu filme tá queimado mesmo, até os bêbados estão achando que eu sou maconheiro... aff. pelo menos eu sai no lucro lindão e gostosão são bons elogios mesmo vindo de um bêbado insuportável numa madrugada qualquer da caatinga... cada coisa, vou te contar...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

[História 062: O fantástico mundo dos nomes]

O circo dos horrores está aberto, quanto mais a gente acho que não existe mais nada que vá nos surpreender, chega mais uma coisa mais bizarra do que a gente acha que podia aparecer.

Mas porque eu estou falando isso? Pelo titulo do post vocês já devem estar cientes do que se trata. SIM! Vamos falar dos "lindos" nomes que encontrei perdidos por ai nesse caatinga de meu Padrinho Padre Cicero [padin padi ciço] Cada coisa que eu vi nesse cadastro que vocês nem imaginam, enfim, ah, Deus salve a criatividade do homem do campo.
Quem disse que Charlotte, Washington, Willian, Elizabeth são nomes chics? Engana-se você pesando que por aqui alguém vai colocar o nome do filho de Paris ou Jaden Liynn. Nunca! O padrão aqui é outro.
Abaixo uma listinha dos nomes mais ... digamos criativos que eu vi durante todo o Educacenso 2007.

- Agaivo. [seria Ivo com H?]
- Amilson.
- Eliesio. [é nome grego, não é?]
- Sinelia.
- Jordelina.
- Elizân. [é nome feminino, não discuta]
- Irenilton.
- Tremilton.
- Vandy.
- Liodília.
- Delicia. [sim, isso é verdade]
- Aermenio.
- Azico. [praticamente um elemento da tabela periodica]
- Diassis.
- Vair.
- Enedino.
- Cizesnando.
- Hilário. [sim, isso é verdade]
- Generosa. [vaca?]
- Janesse.
- Romualdo.
- Terencio.
- Maicon Jiordan. [NBA passa por aqui, temos um astro do basquete também]
- Whamylla Nadieska. [se essa mãe quis infeitar, ela conseguiu]
- Willica.

- Carmensilva. [quando o nome já vem com sobrenome]
- Gisdel. [não, não é pastel]

Já chega né gente? Ano que vem tem mais... vou te contar...


segunda-feira, 3 de setembro de 2007

[ História 061: Mucama! ]

Posso recomeçar com um grito de satisfação ... aff. Finalmente acabou o censo.
Enfim ... cá estou eu de volta novamente again mais uma vez de novo!
Ui que saudade de tudo isso aqui... Vocês nem lembraram que eu existia né?

... vou começar contando um bafinho que aconteceu nesses dias de cadastro à tarde.
Para fins explicativos:

- o cadastro está sendo feito na mesma escola que eu trabalho.

- na mesma sala que eu trabalho.
- nos três turnos. [manhã, tarde e noite]

Pois bem, eu tenho uma moralzinha com as tias merendeiras, ou seja, SIM! Eu sou um esfomeado que vive na cantina lambendo colheres e pedido mais merenda... hi hi hi ... então, todos os dias no intervalo, ou seja, na hora da distribuição da merenda o pessoal aqui pedia para eu ir na cozinha pegar uma merendinha, lá ia eu feliz pegar ... la la la ... voltava da cantina com a bandeja cheia de coisas, mingau de chocolate, sopas, arroz doce, bolachinhas etc e tal.
Um belo dia estava eu voltando da cozinha com minha badejinha cheia de coisas para comer caminhando distraindo pelo pátio quando uma menina passa por mim e diz: "Gosssstoso!" sim foi com essa entonação puxando o 'S', arrepiei todinho, ui me senti o übermodel na hora, cheguei na sala contando mil vantagens.
No dia seguinte, lá vou eu passando de novo com a bandeja outra menina que tava sentada diz: "Jarbas, você é lindo" aaai, eu não estava me agüentando dentro de mim mesmo do meu eu interior interno. Será que era por causa do meu novo shampoo? Enfim, como eu estava na vantagem não quis questionar muito não.

Quando foi no terceiro dia, eu passei de novo com a bandeja, os ouvidos apurados para tentar escutar o mínimo ruído que fosse, de repente uma menina que estava sentada, com umas amigas disse: Eitá Jarbas, todo dia levando merenda pra esse povo, você tá parecendo uma mucama" [glup!]
Onde estava minha bazuca Deus? Aaai que vontade de morrer, sim, morrer porque a desgraçada da menina falou bem alto, o pátio inteiro, cheio de gente parou e olhou pra mim, pior de tudo que é que a filha da putinha falou meu nome, nem deu pra disfarçar, uns tiveram coragem de rir outro fingiram, e eu? Eu bem bestinha achado que ia receber mais um elogio recebi esse bomba na cara, voltei para sala calado, cabisbaixo, meio depressivo, óbvio que o povo perguntou porque, eu que sou linguarudo contei o caso, eles riram, claro! E eu tive que agüentar todas as piadinhas.

Pior de tudo é que eu achava que tinha nascido para ser a própria Sinhá Moça, mas fui rebaixado a mucama. Nem chance de ser a escrava Isaura eu tive. Vou te contar...