quarta-feira, 30 de abril de 2008

[frase da semana]

"hoje eu não estou disposta a fazer nada,por favor!
por favor! olha bem o que você vai fazer."
primeira frase que o um professor ouvi ao entrar
numa sala de aulano interior da bahia.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

10 vantagens de ser uma bicha pobre

1 - é simples!
você não perde o seu precioso tempo com grandes sonhos. quem precisa ir num show de madonna em londres? quem precisa da coleção nova da dolce & gabbana? e quem precisa precisa de um diamanante swarovski? o maior sonho que você vai ter que alcançar é um sonho da padaria, ou um sonho de valsa.

2 - é valorizado!
em um mundo de cheio de ocós tão interesseiros, oportunistas e michês, só os sinceros e verdadeiros irão dar bola para você.

3 - é saudável!
você tem praticamente a vida de daiane dos santos: corre pra alcançar o ônibus, malha pra conseguir um lugar pra sentar, quando fica em pé no busão se alongando para fugir das atochadas do negão em pé e dá triplo mortal carpado para chegar do outro lado da vala.

4 - é anti-estressante!
nenhum vendedor te liga pra empurrar alguma bugiganga, na verdade nem telefone fixo você tem, só o celular pré-pago totalmente pai-de-santo, só recebe.

5 - é aliviante!
com a sua fama de bicha pão-com-ovo, nenhuma amiga penosa te pede dinheiro emprestado e, dependendo do seu grau de pobreza, eles nem serão mais suas amigas.

6 - é emocionante!
você nunca sabe se o dinheiro vai chegar no final do mês e, se ele chega vai embora rápido, rápido, sendo assim, tem uma rotina muito menos previsível!

7 - é invejável!
enquanto esse povo que viajam são barrados em aeroportos europeus, pegam trânsito no feriado, sofrem com as praias lotadas, bala perdida no rio de janeiro, assalto em são paulo, frio em curitiba, calor nas dunas maranhão, estupro no carnaval de salvador. você descansa na comodidade do seu barraco.

8 - é útil!
você tem de trabalhar aos domingos pra fazer hora-extra e, assim, não precisa assistir aos programas chatos de domingo. ninguém precisa ver gugu limpando são paulo dos nordestino ou fastão tentando falar mais do que os convidados com relogio de parede no pulso e nem vai ver aquela loira chorando por tudo quando é cachorro magro da cidade.

9 - é seguro!
você quase nunca leva sua carteira quando saí, pois ela está sempre vazia. assim, os trombadinhas e as bichas elza vão passar quilômetros de você!

10 - é gratificante!
sem dinheiro você não vai comprar um computador nas casas bahia ou nunca vai fazer um curso de informática, sem um curso de informática você nunca vai nem vai saber o que é uma lan house, sendo assim, nunca encontrará blogs como textos idiotas como esse.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

[história 122: reciprocidade! que nada, a senhora é falsa]

eu sinceramente não conheço ninguém que seja tão recíproco quanto eu sou.
trate-me bem e lhe tratarei bem, farei tudo para lhe ajudar e serei para sempre grato por tudo que você fizer por mim, mas trate-me mal que conhecerás o inferno antes mesmo de morrer [uau!] eu sempre digo que sou ótimo como amigo e sou mil vezes melhor como inimigo.

nós nos conhecemos através de amigos em comum, no começo era só simpatia e troca de elogios – de minha parte verdadeiros – depois de um tempo todos do grupo chegava para mim falar que ela estava falando mau de mim. coisas bobas, fofoquinhas e foi exatamente por isso eu nunca a procurei para tirar essas históriazinhas à limpo. sou uma pessoa muito tranqüila e não estou no mundo para perder tempo com coisas pequenas, esses blá, blá, blás me deixam muito stressado. como eu sabia que ela era falsa comigo, eu era falso com ela na mesma dose, às vezes visível até demais, para ela perceber que eu sabia que ela não gostava de mim e fingia que sim. ela viajou – libertando-me? – meses depois voltou para férias.

ela veio com um sorriso largo e braços aberto.
- amigooo, lindo! como você está, meu amor?!
sorri, abri os braço e fui ao encontro do abraço mais pesado que recebi na minha vida.
- tudo ótimo linda. e você?
- eu estou ótima, ótima! são paulo faz bem para qualquer um.
- consigo imaginar, senti falta de você.
- ai amigo, nem me fale. quase morri lá de saudades. e as novidades? conte todos os bafões.
- o de sempre, o de sempre, você entende aqui nada acontece.
- eu sei, eu sei. só não sei como você consegui viver aqui.
- um dia eu me liberto.
- torço por você.

tudo muito lindo, não?! doce ilusão da vida, mas infelizmente devo dizer que o dialogo que queríamos proferir era exatamente esse, mas outro completamente diferente:

- bichaaa, ridícula, horrorosa, que desprazer te encontrar, espero que você esteja muito mau.
- rachada miserável e gorda, eu estou lindo e magro. e você bruaca engordou 150 quilos em são paulo?
- e você bulimia de novo ou uma temporada na áfrica? tá desnutrido bicha!
- voltou pra quê? ninguém sentiu sua falta.
- voltei para atrapalhar sua vida, e te matar de inveja.
- inveja? de que tribufu?
- eu moro longe dessa pocilga e você está preso aqui, doido para sair.
- sairei daqui logo, e tenho certeza que não vou para brasilandia quando eu for embora. quem ficou tomando conta do seu ponto na augusta, jubarte?
- viado!
- puta!
- bicha boqueteira de cabelo!
- elefante marinho com batom e menstruada!

mas todo um código de etiqueta me governa [obrigado glória kalil] e toda minha reciprocidade me comanda, exatamente por isso que a gente não atraca de porrada no meio da rua – não por falta de vontade, admito; de qualquer maneira nós vamos continuar assim, no dia que ela mostrar suas reais garras eu mostrarei as minhas e garanto que estarão afiadas para rasgar aquela adiposa maldita.
minha mãe sempre diz: "devemos tomar cuidado com os que estão próximos, esses sim podem nos machucar" mamãe sabe das coisas, vou te contar...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

o novo hit do verão...

embaixo do meu guarda-chuva.
uva, uva, uva

embaixo do meu guarda-chuva.
uva, uva, uva

êh, êh, êh.


e não é para andar com ela.
ela, ela, ela

e não é para andar com ela.
ela, ela, ela

êh, êh, êh.



don't ask.
leia a história abaixo.

terça-feira, 22 de abril de 2008

[história 121: elas estão olhando...]

vocês se lembram que eu contei [história 082] a história de minha vizinha, velhinha que vivia viajando com os filhos e não desligou o telefone antes de viajar e o maldito telefone tocava de madrugada e me atrapalhava dormir? pois é, ela voltou. [sons de fogos de artifício] e voltou com uma das filhas e uma neta.

nossa casa é separada por um muro, só que o terreno da casa dela é ligeiramente mais baixa do que a minha, a janela da cozinha da vizinha dá visão direta para dentro de meu quarto. eu, acostumado com a ausência da velha, nem me liguei que a dita cuja tinha voltado. sai do banheiro depois do banho e entrei no quarto [janela aberta] tirei a toalha e nu caminhava dentro do quarto enquanto penteava os cabelos, conferia a espinha nova no meio do meu queixo, examinava falta barriga. veio aquela sensação de estar sendo observado.
pensei: "que nada, paranóia, não tem ninguém na casa ao lado". quando eu olho para o lado [só para conferir] estava a velha, a filha e a neta paradas e olhando para mim. eu olhei para elas também, sorri, fiz a linha kátia cega [vamos fingir que não vimos nada] e continuei nas minhas atividades normais.

cueca, desodorante, bermuda, perfume e camiseta.

era o que me faltava, paparazzi na casa ao lado. concordem comigo, olhou e me viu nu, continuaram olhando é porque gostaram de alguma coisa, não é?! só tenho uma coisa a dizer: “no flashes, please!” me sentindo a britney spears. vou te contar...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

[história 120: enquanto isso no "xete laine"]

[jarbas] entra na sala:

moreno_sarado diz para [jarbas]: oi gatinho quer tc?
[jarbas] diz para moreno_sarado: olá, quero sim
moreno_sarado diz para [jarbas]: tc de onde?
[jarbas] diz para moreno_sarado: interior da bahia.
moreno_sarado diz para [jarbas]: serio? eu tb
[jarbas] diz para moreno_sarado: de onde vc é?
moreno_sarado diz para [jarbas]: lugar x
[jarbas] diz para moreno_sarado: wow! bem próximo, eu sou de Y.
moreno_sarado diz para [jarbas]: legal, como vc é?
[jarbas] diz para moreno_sarado: eu sou feio.
moreno_sarado diz para [jarbas]: duvido. descreva como você é fisicamente então.
[jarbas] diz para moreno_sarado: alto, magro, perna fina, acne no rosto, cabelos e olhos preto, boca carnuda.

moreno_sarado saiu da sala.

ops! depois dizem que falar a verdade é sempre a melhor opção. vou te contar...

a novidade agora é:

a partir das 10:10 da manhã de hoje eu sou o mais novo professor de inglês da quinta série. [rezem por mim]
já consigo me ver sozinho na sala, toco de giz na mão e no quadro-negro escrito: "salvem a professorzinho".





I'm gonna tell you...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

segunda-feira, 14 de abril de 2008

[história 119: segura, se não cai!]

minha mãe inventou de passar uma mega cera polidora de chão na cerâmica de minha casa durante o fim de semana que eu estive fora. azar meu e de minha cachorra - coitada não fica mais em pé de tão liso que o chão está. [k.y?]
eu chego de viajem e abro a porta, olho para o chão tão brilhante, tão limpo, minha mãe com um largo sorriso como se dissesse: “rá! eu sou a responsável por isso, tá limpo, não está?! diz que está!” minha cachorra veio ao meu encontro na porta – como é de costume – mas a coitadinha não parava em pé até parecia que tinha uma doença nas perna. no trajeto até se aproximar de mim a coitada da cachorra caiu umas três vezes. daí minha mãe me alerta:

- cuidado com o chão esta um pouco lizinho.

um pouco? como ela é modesta, o chão estava tão brilhante que eu me via refletido como num espelho – exagero!

num chão desses tapetes são praticamente armas mortais, lá vou eu numa boa [la la la] na cozinha ver algo para comer, quando eu piso o pé esquerdo naquele tapetinho que geralmente as mães colocam próximos da pia, minha perna esquerda foi para frente junto com o tapete e direita ficou, eu girei 360° graus norte segurei no armário e consegui não cair. ufa! Mas um braço meio desorientado bateu numa tampa de panela em cima da pia que voou para o outro lado da cozinha e se espatifou no chão num barulho ensurdecedor, ai veio minha mãe correndo querendo saber o que era. reclamo do chão e ela fez a linha kátia, fingindo que não estava escutando a reclamação do chão perfeito dela.

- o que a senhor passou nesse chão, mainha?
- uma super cera, que dá brilho e lustra.
- essa é boa, não é?!
- ótima, vou usar sempre.
- NÃO!
- oxe menino, por que não?! eu adorei essa cera.
- não, a cera é boa, mas deixa o chão muito liso.
- não começa implicar com minha cera não, estou selando pele limpeza dessa casa, se você quiser viver imundice você avisa que eu vou me mudar daqui... [daí seguiu-se um texto de 10 minutos sobre o quanto era bom ser limpo e que ela adorava limpeza] e eu me dei por vencido, mesmo porque eu não ia lavar a casa inteira para tirar a cera.

agora eu fico aqui tentando não cair e quebrar um perna ou um braço, fugindo de tapete igual o diabo corre da cruz, quem sofre mesmo é minha cachorra que já não sabe mais o que é ficar em pé. vou te contar...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

[história 118: escola é para educar?]

lá estava eu na minha sala maldizendo a vida por não ter nada para fazer, tudo tão chato e parado. aff. batem à porta com urgência, levantei como se tivesse uns duzentos quilos nas costas. abri a porta da sala, era uma das disciplinadoras [vixe lá vem problema a – pensei].

- corre, briga no corredor - ela disse.

animei na hora, briga? ai delicia, finalmente alguém resolver fazer alguma coisa na vida.

- de quem? - eu perguntei.
- do aluno fulano com o coordenador e a diretora,o pau está comendo.
- jura?
- vai lá ver, milagre que você não escutou a gritaria daqui.
- gritaria? [ai meu deus a coisa estava forte mesmo]

tranquei minha sala e fui correndo para ver a tal briga. no caminho a disciplinadora me contou os por menores. parece que umas colegas do tal aluno falou que ele era viado, o menino sem muito juízo na cabeça pediu para ir no banheiro e combinou com um amigo para mandar a meninas que o chamaram de viado ir depois, num é que o diabinho endureceu o pinto e quando as meninas chegaram ele mostrou o pinto duro para elas e gritou para elas pegaram porque aquilo era o viado dele [medo dessa criatura] as meninas correram e chamaram a coordenação. o tal coordenador foi atrás do aluno do pinto duro, levou o menino para a diretoria, enquanto ele falava como o menino, o mesmo foi possuindo por alguma entidade maléfica gladiadora e foi para cima do coordenador para bater, a diretora que é esposa do coordenador estava perto na hora foi ajudar o marido a não apanhar – ou apanhar junto com ele, sei lá – esse menino começou a xingar a diretora de tudo quanto foi palavrão que vocês puderem imaginar na vida, enquanto isso uma das secretaria ligava para mãe do aluno. a mãe do menino chegou, pensando todo mundo que o menino ia acalmar – pobre de quem pensou isso. foi aí que o cão baixou mesmo, o menino foi pra cima do coordenador de novo, agora por ter chamando sua mãe na escola, a mãe foi segurar o menino, mas acabou levando umas porradas, [povo amavél, não é?!] só sei que na hora que eu cheguei a diretora estava gritando:

- se você não respeita sua mãe, nem ninguém eu vou ligar para a policia.

a mãe do menino começou a ter uns acessos de desfalecimento, como se fosse desmaiar alí mesmo, eu só olhando, e ela gritava:

- não, policia não, pelo amor de deus, policia não.

o circo estava armado, e aluno saindo de sala para ver, professor, secretarias, a escola parou para ver o bafão. e eu que não sou besta nem nada, não perdi tempo com a briga, aproveitei e fui embora sem ninguém me ver (6)² no fim o tal aluno foi suspenso uma semana e eu tirei metade de uma manhã de folga, como dizem por aí: “há males que vem para bem” não é verdade? vou te contar...

terça-feira, 8 de abril de 2008

[história 117: quem sobe no seu palanque? 2]

cacófato é uma coisa que eu realmente amo. e o que é um cacófato? vejamos a definição do dicionário michaelis:

ca.có.fa.to: s. m. cacofonia.

ca.co.fo.ni.a: s. f. gram. encontro de palavras ou sílabas que soam desagradavelmente; exemplo: ela trina muito bem.

diga-se de passagem, quem assistiu a serie que da tv globo que tinha selton mello como protagonista chamada o sistema, tomou um banho de cacófatos, muito engraçados. mas o que tudo isso tem haver com a história? veremos agora...

nessa época de eleições é bem praxe dar camisetas com fotos, números e slogan do candidato, para os possíveis eleitores, não é?! pois bem, a senhora que estava candidatando-se para ser vereadora distribuiu durante o comício camisetas com sua foto e número para os possíveis eleitores.

o comício segui-se como estava determinado. todos os outros candidatos subiram no palanque, todos falaram coisas ridículas e sem nexo e não muito diferente dos outros essa senhora subiu no palanque também. ela começou a fazer um discurso de que iria mudar a zuna rural, que era o povo mais precisado etc. e tal [não discordo dela] jogou uma idéias absurda e povo batendo palma. quando ela estava no fim do discurso ela olhou para um rapaz que estava na primeira fila, bem em frente ao palco. ela apontou para ele e disse:

- eu já dei as blusas, agora dessas calças que eu quero dar.

o povo parou, silencio. o rapaz ficou roxo de vergonha. o candidato a prefeito no palanque ficou vermelho, roxo, azul com listas e bolinha. tudo mundo ficou sem entender nada. eu no meio da galera quase morrendo de tanto rir; e ela? nem sim importou e continuou falando, como se nada tivesse acontece, na verdade nada realmente aconteceu, ela perdeu as eleições para falar a verdade ele teve apenas três votos, dizem por aí que nem ela mesma votou nela. gente para votar nela? ter, tinha, mas acabou que ninguém votou. penso que até hoje ela não entendeu o cacófato que ela soltou. é assim, não é?! vou te contar...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

eu...

não sou rico, mas eu tenho todo o dinheiro que preciso.
tenho casa, comida, roupa lavada e uma cama confortável para dormir.
não passo frio e nem passo fome.
uso roupas de marca e cuecas que custam quase o preço de uma sesta básica.
uso perfumes importados.
vivo circulado de gente, sou popular e tenho estilo.
sou inteligente e simpático.

mas a única coisa que eu queria era um abraço e ser amado.




domingo, 6 de abril de 2008

- a senhora quer se oposentar?

- quero sim, meu filho.
- para aposentar a senhora sabe que precisa já ter trabalhado.
- eu já trabalhei.
- trabalhou em que?
- puta.
- como assim, puta?
- puta meu filho, puta, biscate, rapariga. puta ué, vai dizer que nunca comeu uma?!
- desde quando a senhora é puta?
- desde que eu era novinha.
- e sua familia? sua mãe? seu pai?
- minha mãe era professora.
- olha, que bom. e seu pai?
- meu pai era professor.
- que interessante, pais professores. a senhora tem irmãos?
- uma irmã que também era professora.
- caramba, com uma familia de professores e a senhora virou puta?!
- tive sorte, não tive!?

[...]

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quarta-feira, 2 de abril de 2008

[história 116: NÃO mexe com quem está quieto!]

depois de uma breve turbulência, esse blog volta às suas atividades habituais. [amém]

sabe aquele antigo personagem do programa terrivelmente ruim da tv globo chamado zorra total, é de Patrick que eu estou falando, vocês se lembram de do bordão dele? "não mexe com quem está quieto" pois eu devo dizer que ele está certíssimo, vejam porque:

pois bem, há muito, muito tempo eu devia ter uma treze anos de idade. Nós costumávamos nos reunir todos os dias à tarde para brincar por aí. nesse tempo uma de minhas melhores amigas era o terror do grupo, era aquela menina que tudo mundo tinha medo porque ele batia em todos. eu que não era besta nem nada, conquistei a amizade dela e nós dois não nos desgrudávamos o que era bom pra mim porque ninguém vinha querer me bater que ela me defendia. nesse dia nós estávamos brincando perto da casa dela, correndo horrores, tudo mundo sentiu sede, e lá fomos ela, mais dois amigos e eu buscar água para tudo mundo na casa dessa amiga. eu era habituado entrar na casa dela, almoçar, jantar, mas já tinha um tempo que eu não entrava lá. ela abriu o portão da frente, seguido de uma rampa, depois a garagem a porta de entrada, sala, corredor com quartos de cada lado e no fim cozinha e quintal. não tinha ninguém na casa dela, ela acendeu a luz da sala clareando o ambiente e revelando um quadro antigo com uma menina e um rapaz. eu comecei a rir disfarçadamente, o menino devia ter uns cinco anos e a menina da fotos uns três. o menino até que estava bonito, mas a coitada da menina estava com o cabelo inchado feito uma juba de leão e tinha uma chupeta na boca e um expressão de susto, penso que por causa do flash na hora foto. nós fomos até a cozinha tudo mundo bebeu água ela pegou um copo, encheu a jarra de água gelada para os outros e nos ofereceu banana, tudo mundo pegou uma. eu voltei para sala antes do que todos comendo minha banana. lá sozinho comecei a rir sem disfarçar. o povo chegou e perguntou do que eu estava rindo, eu disse que era da menina da foto. minha amiga ficou vermelha.

- é algum parente seu fulana? - eu perguntei.
- não sou eu - ela respondeu com a cara amarrada.

o efeito foi maior do que se tivessem me contado a mais engraçada das piadas. eu comecei a rir descontroladamente e minha amiga foi ficando vermelha de raiva e pedindo para eu parar e foi saindo da casa, eu saindo junto rindo feito um idiota, era uma daquelas crises de riso que você não se controla e ri, ri, pára e volta rir de novo. eu só sei que eu ia rindo à frente do grupo quando de repente me veio um chute na perna e eu caí no chão exatamente na rampa inclinada, era minha amiga quem tinha me derrubado, eu tentei levantar, mas minha amiga me segurou descascou a banana e começou esfregar no meu rosto, depois me empurrou na rampa e eu sai rolando, eu parei de rir? não. isso deixou-a mais furiosa ainda, ela pegou a jarra de água e jogou toda a água em mim.
lá estava eu, melado de banana e molhado de água gelada, agora sim. eu parei de rir.
hoje quando lembramos dessa história rimos muito, e a foto continua na parede, eu continuo a freqüentar a casa, mas não ouso mais rir da mesma. sabem como é, não quero arriscar outra bananada. vou te contar...