quarta-feira, 30 de julho de 2008

um estranho dentro de mim [spoilers]

entre lygia fagundes telles, dalton trevisan, luiz fernando veríssimo, clarisse lispector, joão ubaldo ribeiro, j.r.r tolkien, c.s lewis e outros tantos mestres da literatura internacional e nacional eu resolvi ler um romance gls, titulado como: um estranho dentro de mim de lu mounier.

o romance conta a história de bander [isso é nome de gente?] e daniel que se conheceram num acidente de carro provocado pelo próprio bader logo após o mesmo ter sido deixado por seu antigo namorado, o bruno. plano de fundo bonito para uma história de amor gay, não é? mas não se enganem foi a pior coisa que eu já li na minha vida. nada supera o nível de quão amador e pobre que esse livro pode atingir, oh eu sei, eu não sou critico literário profissional, mas sei dizer o que me agrada e porque me agrada, e sei dizer melhor ainda o que não me agrada e porque não me agrada.

descrever duas ou mais cenas de beijo e amassos entre dois homens num apartamento em higienópolis e algumas declarações de amor, não faz de qualquer um texto virar literatura gls. o livro nunca foi realmente impresso [graças a Deus] e é disponível na versão pdf ou .doc em qualquer comunidade do orkut que seja intitulada "literatura gls\gay". stop! existe realmente literatura gay? baseados nos livros que eu tenho lido sobre o tema eu infelizmente tenho que dizer que não, não há. ao menos não há aqui no brasil. aqui nem existe um mercado gls quanto mais literatura gls e não vejo grandes interessados em criá-lo – infelizmente – mas cá entre nós, quem quer investir num país em que menos da metade da população alfabetizada não tem o habito de ler? mas não vamos discutir sobre o mercado literário brasileiro, até porque a situação é tão precária que só de pensar no mercado literário – não só o não existente gls – nacional eu entro em depressão.

voltando ao livro, eu nunca tinha lido algo tão ruim na minha vida, e eu leio até bula de remédio. eu li até o fim do livro, sim eu li, eu tive que ler só pra ver até onde ia parar, por mero descarrego de consciência e também por que na metade do livro eu já tinha parte desse texto na cabeça e queria ter aval para poder criticar.
pensem num amontoado de diálogos desconexos e fora da realidade, comparações ridículas e sem fundamentos, uma personagem principal dúbia, que ao mesmo tempo em que fala um texto todo voltado ao auto-controle e segurança em um relacionamento estável, ele sai correndo chorando ao ver o namorado personal trainer tratando bem um dos alunos da academia, excessivos pedidos de desculpa, excessivos "ta bom", "obrigado" e "ok". uma chuva de clichês, uma chuva de pobreza de detalhes. para completar o circo dos horrores, daniel, na metade do livro é seqüestrado pelo antigo namorado de bader, sim, o bruno, aquele mesmo que o deixo no começo do livro com apenas um bilhete dizendo que tinha se apaixonado por outro, o mesmo que passou AIDS para o baber.

após descoberta a doença do personagem principal, que diga-se de passagem entra em depressão e recupera-se do quadro psicossomático ao ler uma frase de charlie chaplim, o livro inclina-se ao informativo e há momentos que você se vê lendo uma página inteira de documento do word sobre o quão frágil é o organismo de um portador de HIV, quantas doenças um aidetico tem a possibilidade de adquirir e tudo isso com termos científicos, mas claro, todos nós somos obrigados a saber o que é o nível de CD4 do sangue. falar de AIDS e incentivar as pessoas a usarem camisinha sempre, é, talvez, a única coisa boa que o livro faz.
resumindo "um estranho dentro de mim" é um livro pobre, um livro ruim, um livro que não vale à pena ser lido. cadê meu bendito tempo perdido? vou te contar...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

história 139: fala mal, mas paga pau.

[grito alto e isterico] conseguiii... gente, gente, gente, consegui comprar um óculos vintage oversize squared branco, igualzinho àqueles que Paris Hilton circula em L.A. não, eu não tão fútil para escrever um texto sobre um óculos, não a ponto, mas nesse cidadezinha de 18 mil habitantes um acessório de cabelo diferente levanta comentário, imagina um óculos daquele tamanho, numa pessoa do meu tamanho, levantou muito comentário.

teve gente para comentar todo o tipo de coisa. uns [poucos] disseram que gostaram; uns [pouquíssimos] disseram na minha frente que não gostaram e uns [muitos] disseram que não gostaram, mas não na minha frente - claro!

hoje pela manhã eu entrei na loja que eu usualmente compro roupas, fui ver uma amiga que trabalha lá e que tinha muito tempo que eu não conversava com ela, notei de cara que tinha uma nova atendente, uma conhecida.
- bom dia, gente! - cumprimentei, todos.
- bom dia!
a atendente nova caminhou em minha direção;
- ai meu deus, que óculos lindo!
sorri!
- deixa eu ver...
tirei o óculos e entreguei nas mãos dela... ela colocou no rosto, se olhou no espelho e começou a rir, eu fiquei sério.
- bem diferente, não é?!
- é, sim. é um óculos que não serve para qualquer um.
- concordo... eu mesmo não combino.
minha amiga encostou. nos cumprimentamos com beijos.
- óculos novo amigo?
- sim, gostou?
ela pegou o óculos e colocou no rosto, se olhou no espelho, a outra menina se matando de rir.
- é bonito, mas meu rosto é muito pequeno, pra mim não serve... mas você tem estilo.
- é, bem a cara dele mesmo.
senti o sarcasmo tom de voz dela. fiquei mais sério ainda, ela continuou a rir.
- onde você comprou?
- internet...
- só na net para encontrar essas coisas.
- essas coisas?
silêncio...
- é ... essas coisas doidas que você usa...
- doidas?
- é. você não tem um estilo normal.
- graças deus, ao menos eu me destaco no meio da multidão.
- destaca mesmo - ela disse virando os olhos.
- as pessoas que falam de mim não sabem o tempo que estão perdendo, deveria pegar uma penca de roupa e levar na beira do rio ou capinar uma roça inteira, tenho certeza que ia aproveitar melhor o tempo...

silêncio. eu esperei ela dar uma resposta ou comentar alguma coisa, mas ela olhou no relógio e notou que estava na hora dela ir embora almoçar, salva pelo gongo, biscate. salvou-se de ouvir meu discurso;
eu sei que ela não é a única a falar de mim, de minha roupas, meus acessórios, meus óculos e eu não me importo com isso, não me importo mesmo. eu uso o que me faz bem, mesmo o mundo inteiro falando ao meu redor que é feio, que é diferente, que não é tendência. phoda-se, eu grito!
se cada pessoa cuidasse de sua própria vida e se preocupasse apenas com as suas coisas e respeitasse a opinião dos outros mesmo tendo as suas diferentes o mundo séria um lugar bem melhor; como eu disse para a menina da loja, quem fala de mim é porque de alguma forma eu incomodo ou mexo com a pessoa. gostaria eu que todos de minha cidade pudessem ler esse texto - coisa que eu duvido que metade faria - eles iriam ver o que eu realmente penso.

não gosta de mim querida? corta os pulsos agora, eu vou morrer de dó, mas nem vou ligar... para finalizar eu digo de novo: não perca seu tempo falando de mim, eu tô fazendo cara de origame e fingindo que nem te conheço; beijosmeliga, vou te contar...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

história 138: outro "di menor"

havia um bom tempo que nós não nos falávamos, amigos de verões passados, resolvemos nos encontrar para colocar as conversas [lê-se fofocas] em dia.

- sim, gata ... conte-me tudo!
- estou tão sem novidades, amigo, só trabalho e nada mais.
- aff. Jarbas, você leva essas coisas à sério demais.
- pior que é ... mas a senhora tem feito o quê?
- o de sempre, sexo, drogas e rock 'n' roll.
- ai que inveja.
- e as suas sex tapes, tem feito?
- que nada, minha paris hilton está hibernando. o último que eu fiquei foi em junho. adivinha?
- tanto tempo assim?! adinhar o quê? lá vem bomba...
- tinha 14 anos.
- sua
sina, né?!
-
sina? jamais esse foi o primeiro.
- engana-se você ... lembra de fulando de tal?
- lembro...
- pois é, tinha 14 anos na época que você ficava com ele.

[silêncio]

por algum acaso eu tenho cara de tia do primário? responde pra mim Jesus: porque essa sina com a pediatria? era o que me faltava, mais um "di menor" para minha lista de aliciamentos de menores. daqui uns dias estarei eu na televisão sendo preso por pedofilia... e o pior de tudo é que se eu disser que não sabia que os criaturas eram "di menor" ninguém vai acreditar.
estive pensando numa solução, e conclui que daqui uns dias eu vou ter que pedir a identidade do cidadão antes de beijar. ué, assim não dá, vou te contar...

terça-feira, 22 de julho de 2008

eu decidi...

...eu vou ser feliz, ah eu vou, nem que seja na base da porra! não nasci com vocação para o sofrimento, não nasci mesmo!

domingo, 20 de julho de 2008

história 137: eu também gosto de homens, sabia?

e eu agüento ficar longe de vocês? agüento nada! ui, que saudades de tudo aqui.
enfim, estou voltando, aos poucos, porque devagar é mais gostoso, não é?! ainda estou tendo muito trabalho pra fazer aqui, as coisas começam a se ajeitar. olha só que me aconteceu numa dessas noites de ausência do blog.
era mais uma noite de frio, um inacreditável frio no sertão da bahia. mesmo assim eu resolvi sair, mesmo sabendo que não iria encontrar nenhum ser humano interessante por lá; mas eram tantas provas ao meu redor, tanta nota para passar, tanta caderneta que para não cortar meus pulsos com uma caneta de marcar quadro branco eu resolvi sair e comer um lanche lá no trailer.

como eu imaginei a rua estava praticamente vazia de gente, aqui meu amor, frio é mais temido do que a peste negra que devastou a europa no século 14.
cheguei, pedi meu típico lanche sem carne, um refrigerante, paguei tudo e sentei numa mesa; o lanche veio rápido e eu comia tranqüilo, curtindo meu momento sozinho. quando eu estava quase no fim de meu lanche eu ouço uma voz atrás de mim, que disse:

- eu gosto de homens também.

me fiz de surda, fingi que nem ouvi. ele falou mais alto:

- eu gosto de homem também.

não reconheci a voz, mesmo buscando na mente todas as possibilidades de quem fosse e de quem eu gostaria que fosse, mas nada. tive que fazer a egípcia para saber quem era. quando eu percebi que era o mesmo bêbado chato [vide
história 063] que vive dizendo que quer fuder comigo eu senti umas náuseas, quase vomitei o lanche ali mesmo. até achei estranho porque desde a história 063 ele tem me dado um “gelo”. antes ele me cumprimentava na rua e tal, mas depois daquele dia parou, ao que parece vou voltou pior. ele aproveitou que a rua estava vazia e encostou na mesa que eu estava, pediu permissão para sentar – tem bêbado que ainda conservam a educação – eu disse que sim, só para ver até onde essa história iria parar e admito que também foi por ter medo da possibilidade dele fazer um escândalo ali no meio da rua. ele sentou, o cheiro de pinga recendeu e impregnou em meu nariz, ele começou:

- então, eu também gosto de homens, sabia?
- e o que eu tenho haver com isso, fulano [fui grossa mesmo]
- ué, você também não gosta de homem?
- essa é uma pergunta muito intima.
- você tem algo que me interessa.
- eu?
- é, você...
- e o que séria? [pra que eu perguntei isso]
- seu cuzinho.
[fiz cara de origame, mas por dentro eu grito: ai que nojo!]
- sai de meu colo que eu te machuco, rapaz. isso lá é jeito de falar com alguém?!
- ué, você não gosta de um pau grande? eu tenho um.
- sabe fulano, eu entendo eu vou te dar uma dica, desiste de ficar com homens, cara. porque com essas cantadas você só vai pegar puta de beira de estrada e olha lá. sabe porquê? bicha quando nasce burra, assim como você, vira hetero.

levantei da cadeira e fui embora.
odeio esse tipo de gente que acha que gay só pensa em sexo e num pênis duro; até parece que tudo quanto é gay está louco pra sair enfiando qualquer coisa no cu. é isso que dá viver no meio do mato, cheio de capataz viado que morre dentro do armário. quer fuder? procura um jegue no mato, comigo não viado. vou te contar...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

história 136: fazendo a vingativa! (6)

meu celular toca. aquele número conhecido. me espanto. muito tempo sem receber ao menos uma chamada desse velho número. desde dezembro? talvez... talvez. atendo o celular:

- oi?
- onde você está?
odeio isso, muito direto, como sempre.
- há muito tempo você não me liga.
hora de remexer no passado, quero ver como vai sair dessa.
­- é, eu uns problemas aí, você sabe, né?!
pior que sei, mas finjo que não sei de nada.
- é, sei...

[silêncio]

você recomeça, você quem ligou!
- pois é você não disse onde você está.
de novo?
­- por curiosidade, porque você quer saber?
delicado, não sou?
­- é que eu queria lhe ver.
soco de direita na boca do estomago, me ferrei. hora de fazer a rancorosa.
- me ver? pra quê?
fala um monte de putaria, fala um monte de putaria.
­- só digo o que eu quero, cara-a-cara.
merda! ele sempre tem uma saída, mas eu tenho uma carta escondida na manda.
- lembra da ultima vez? você me deixou esperando. [vide
história 084]
touchê! vai dizer o que agora, viado? quero só ver.
- mas isso foi em dezembro.
eu sei! ­mais detalhes? terça-feira, dia quatro.
- e sei disso. e daí? até hoje eu lembro o gosto de ter ficando te esperando lá. até porque o senhor numa mais me ligou depois daquele dia e sumiu da cidade.
memória de elefante. eu sonhava com esse momento.
- me perdoa?
merda dupla, ele tinha que dizer isso?
- pare! sem dramas, esse papel é meu.
maria la bario yo soy.
­- quero te ver.
você já disse isso... mas continua repetindo até me convencer.
- hoje?
contatos imediatos de terceiro grau? hoje? nem fiz a tchuca.
- sim. hoje!
- mas está frio lá fora.
desculpa esfarrapada número um.
- bom para ficar agarradinho.
resposta calculadamente boa número um, ele é bom nisso.
- sei não, minha mãe vai reclamar de eu sair tão tarde.
desculpa esfarrapada número dois.
- inventa outra, eu sei que sua mãe é tranqüila.
conhecendo minha vida demais, gato. livrou-se de novo.
- e se você me deixar lá plantando de novo?
se humilha que eu gosto...
- não vai acontecer!
claro, tá doido pra enfiar isso aí em mim.
- você não presta, sabia?
pior que presta. pior que presta.
- eu sei disso, mas eu preciso lhe ver hoje, quero falar com você.
falar? meoamô, a última coisa que vamos fazer é falar, de você, só sexo.
- você tem uma influência sobre mim. sabia?
Ai que mentira, ninguém grita: falsaaa! tá?

[ele ri]
não ria não meu, amor. você não sabe o que lhe aguarda. pensamentos vingativos começam a passar por minha cabeça.
­- iaê, vêm ou não?
uhm? tô pensando...
­- acho que eu vou.
- acha?
tem que ser tudo nos mínimos detalhes? que saco!
- ta certo, eu vou...
sonha, darling.
- jura?
até por nossa senhora de parecida.
- eu não juro, porque quem jura mente.
eu deveria ter jurado.
- te espero no mesmo lugar?
saudades...
- está habitável lá? depois de dezembro, o mal fadado dezembro que você me deixou esperando eu não fui mais lá.
cutucando a ferida para não achar que eu vou dar sem remoer a magoa de caboclo.
- sim, eu fui lá.
que lindo, preparando o ninho do amor.
- dez minutos eu estou lá então.
dez longos minutos, eu diria.
- já estou aqui te esperando, vem logo, tá frio.
mas você está sentando, querido?
- já estou saindo de casa.

ele encera a ligação. eu abro a janela, lembro da ultima vez que isso aconteceu, lembro de ter ficando esperando. olho para minha cama que já está prontinha para eu deitar e dormir, uma lufada de ar gelado corta meu rosto. fecho a janela. caminho até a porta. desligo o celular, apago a luz, deito na cama e durmo tranqüilo.
estou vingado!
como diriam: “um dia é da caça o outro é do caçador”. deve estar lá me esperando até hoje. oh, coitado. chorei. [risadas] é a vida, não é?! aqui se faz aqui se paga. estou cheio dos provérbios populares. vou te contar...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

história 135: glu glu glu

o filho de minha vizinha vai ser casar e dona teve a excelente idéia de comprar um peru para alimentá-lo, engordá-lo depois matá-lo para servir assado para os convidados do casamento. o tempo todo nessa rua escuta-se o barulho do peru no quintal dela. o bicho até aprece que está prevendo o fim trágico, mas a vida é assim: uns comem, uns são comidos e outros matam, não verdade?

o glu glu glu constante me fez lembrar de uma história de quando eu era criança e eu ia muito na fazenda de meu padrinho. numa das primeiras vezes que fui lá fiquei encantado com um ave que até então eu achava que era uma galinha grande de cabeça vermelha, daí me explicaram que aquele era um peru, diziam eles que era um parente da galinha.
os filhos do caseiro me achavam um idiota por eu não saber o que era um peru, e eu os acha idiotas por eles não saberem que era jiraya e os changemans, enfim, uma diferença básica da real roça e pseudo-cidade; os cangaceirinhos resolveram brincar comigo e me disseram que o peru era um bicho super manso e dócil e que seu encostasse ele não faria nada comigo, não é que eu na inocência de meus onze anos acreditei, e fui brincar com o tal peru enquanto meu padrinho conversava com o caseiro. eu desci a escadinha da área e fui para o quintal de terra vermelha, fui encostando perto do peru, ao que parece era uma perua, não é que a bicha nem se mexeu quando eu cheguei perto, os meninos tinha dito a verdade? eu me sentia o máximo alisando o peru, passando a mão na cabeça, brincando e rindo à toa, só por estar perto do bicho.

de repente eu ouço algo cortando o ar, olhei na direção do som e eis que estava o peru macho voado e gritando para cima de mim. sai correndo aos tropeços e a ave louca do edi no meu encalço, beliscando a minha perna, cai, dentro da casa os meninos caíram e tanto rir e eu desesperado correndo gritando e o peru correndo a trás de mim sem dó, nem piedade; a mulher do caseiro saiu da cozinha quando ouviu o minha gritaria, pegou uma vassoura e espantou o peru assassino me salvado da morte. meu pradinho e o caseiro correm para ver o que acontecia. encontrou um Jarbas em estado de choque e ofegante, suado, todo sujo de terra vermelha. não houve que não risse de mim, como sempre eu fui o gongado da história. explicaram depois que o peru macho tem ciúmes da perua, a fêmea que eu estava brincando, por isso ele me atacou, os meninos já sabiam desse comportamento do peru macho, por isso me mandaram mexer na fêmea que por sinal era muito mansa. eu tomei um trauma de peru, é certo que esse trauma curou-se [cof.cof.cof.] e os perus que eu mexo hoje em dia não são tão agressivos. ufa. vou te contar...