sábado, 17 de outubro de 2009

história 186: cara de passiva

eu cai na besteira de comentar em meu trabalho que tinha vários dias que eu não tinha um intercurso sexual com alguém. uma de minha colegas, a de cabelo vermelho, tentou ser caridosa comigo e comentou que tinha um certo amigo, legal, bonito, "e da sua altura" - como ela disse -, pra mim apresentar. ela pediu meu celular, com uma certa relutância eu dei meu numero - já cai na besteira de dar numero de celular pra uma outra amiga achando que ia me dar bem, mas no fim não me dar tão bem assim.

quase trinta dias se passaram e nada do tal amigo da ruiva se manifestar, detalhe que eu só dei meu numero e nem se quer me preocupei em perguntar o nome o seja lá o que fosse sobre o menino. estava eu numa sexta feira qualquer no james quando uma mensagem chegou em meu celular, um numero desconhecido uma mensagem meio intima demais assinada por alguém que eu não sabia quem era. alguém aqui acha realmente que eu dei atenção àquela mensagem, estando no james, alcoolizada, semi-prostituída e outras coisas que não vem ao caso agora? não, claro que não. no outro dia, ao chegar no trabalho, tive um insight quando vi a menina e fui perguntar se o nome do amigo dela era o mesmo nome que tinha assinado a mensagem. exatamente o mesmo. ligou para a pessoa, nos falamos rápido - e não deveria ter passado disso. ele disse que passaria no meu trabalho, comeriamos algo no shopping e conversariamos.

dito, feito. ele me ligou, avisando que ia me esperar na frente da livraria. tirei o uniforme, segurei na mão de deus e fui. quando eu vi aquela pessoa parada à frente da livraria curitiba, pedi instantâneamente jesus para me arrebatar. mas ele não o fez e eu segurei na mão de deus e fui. conclusão ele não era tão legal assim, não era tão inteligente assim e não era nem um pouco da minha altura - bem mais baixo, acreditem. voltei de meu intervalo pensando o quando eu me ferro por gosto.

mas a desgraça quando ela vem, ela acompanhada, ah, sim... tudo pode piorar. no MSN ele veio falar comigo.

ele: você é ativo ou passivo?
eu: não gostaria de falar sobre isso com você, sou o que o tesão mandar na hora.
ele: eu olhei suas fotos no orkut, analisei suas feições, seu rosto, você tem cara de passivo.
eu: ué, não sabia que pra ser passivo tinha que ter cara... mas é vivendo e aprendendo.

[bloqueio]

eu mereço? digam pra mim, eu mereço? "cara de passivo" era o que realmente me faltava, não que ser passivo seja realmente um problema, o que não é mesmo, mas me questionei muito sobre esse essa tal "cara de passivo". será que existe isso mesmo? cada coisa vou te contar...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

é sem sentido sentir

quero ver freiras promíscuas, ser uma prostituta cheia de pudores.
quero beber o mais ácidos dos venenos e me benzer com coca-cola.
quero correr pelado na avenida mais movimentada da maior das capitais e me cobrir de pele de animais no mais quente dos desertos.

quem liga se eu for e o plástico ficar?

quero toda hipocrisia do mundo, sorrir da desgraça do mendigo
bajular os nobres, secar de desejo e proteger o inimigo.
já vi matar, já matei, já vi morrer...

quero tudo com intensidade. rasgar a pele com lápis de cor recém apontado.
furar o peito de odio e explodir em purpurina colorida.
nada mais eu temo, nada mais me consola... nada mais me surpreende.

eu só quero... só quero sentir.