domingo, 29 de novembro de 2009

história 187: made in japan

depois que eu cheguei da bahia, mais do que qualquer coisa, eu tinha que sair na noite curitibana, beber, rir, ver meus amigos e dançar, dançar e dançar. ficar com alguém era algo que não estava sendo, nem minimamente, cogitado por minha mim antes de sair de casa. pensei em balada, pensei em james, maldito [bendito?] vicio.

eu ia encontrar com umas amigos de meu antigo trabalho, quando eu estava na fila uma amiga da faculdade me ligou chamando pra sair, convenci-a de vim pra o james. menos de vinte minutos depois essa minha amiga chegou, acompanhada da namorada, duas meninas japonesas e um rapaz com cara de brasileiro, quer dizer, não tinha cara de oriental. enfim, eis que ela me apresenta as meninas e o rapaz, ambas eram do Japão, uma delas, a menos tímida já falava português e o menino era namorado dela, a outra, a mais tímida, era recém chegada no brasil, se não me engano a menos de 3 meses, coitadinha, não falava português ainda e só falava inglês, graças a deus, passar a noite inteira na mímica não iria dar certo.

nós ficamos na parte de baixo, eu, faltando dançar a sacucarachá vestido de mariati, tentei embriagar a japonesa com tequila, mas ela deu pra trás. de repente minha amiga vira pra o lado, eu seguia-a com os olhos, um outro japonês surgiu diante de nossos olhos, ela fez aquela cara que a gente faz quando acha que conhece alguém, não é que o filho da putinha do japonês era um conhecido da minha amiga mesmo.

- pause para um mini flash back -
em setembro, no dia da parada gay, no fim da parada, eu encontrei com essa amiga, ela veio louca do edi contar que tinha conhecido um japonês gay from japan de verdade, intercambista aqui no brasil e tal, e por mais que eu gostasse de japonês, naquele dia, eu olhei para o tal japa, mas nem dei muita atenção.
- pode continuar -

então, o tal japa da parada gay era o mesmo japa que estava no james. so what? tá, quem acompanha esse blog sabe que eu tenho uma verdadeira queda, ok, queda é coisa de primário, eu tenho uma tara psicótica por japoneses e até então eu nunca tinha ficado com nenhum exemplar da raça. eu tive um insight na hora, eu não podia desperdiçar a oportunidade de ter diante de mim um japinha, made in japan de verdade, amigo de amiga e não, ao menos, tentar ficar com ele. é, pra falar a verdade, ter aquele japonês diante de mim, assim, minimamente disponível foi um êxtase comprável a excitação da anunciação da volta de jesus cristo para um evangélico fanático, com o poder do exagero, claro.
- amiga, arruma o japinha pra mim - eu disse.
- serio que você quer, brother? - ela perguntou, não que tivesse duvidas, claro.
- não vou embora sem beijá-lo - eu outorguei.
houve uns minutos do qual os japoneses foram apresentados e eu me senti num matsuri com aquele povo falando em japonês. depois “se drogamos” com mais álcool, “se jogamos” na pista, “se vulgarizamos” descendo até o chão, “se prostituimos” esfregando nos corpos suados e “se suamos” muito, muito mesmo. só por causa do calor e do suor, que resolvemos sair para o corredor tentar tomar um ar. o japinha veio junto, ficamos conversando. essa minha amiga resolve ir embora com a namorada e a amigas japonesas. fiquei com outras amigas da faculdade e o rapaz oriental. eu sabia que aquele era o melhor momento pra cair matando em cima do mocinho, mas cadê a coragem? aí, eu percebi que sou tímido, até demais. eu travei, juro, você pode ate achar que sou um idiota, o que eu não nego que fui - até certo ponto -, mas eu simplesmente não sabia o que falar, não sabia como agir, não sabia o que fazer diante do japonês. minha amiga me ajudou e disse pra ela que eu estava envergonhado, mas queria beijá-lo, em seu português arrastado ele falou que queria me beijar também. escorado na parede eu fiquei diante dele, olhei nos olhos e fui encostando devagar minha boca na boca dele. beijei-o, não com tanto vontade quando eu o beijaria se estivéssemos num quarto sozinho, mas eu pude ouvir os fogos de artifício imaginário explodindo no céu de curitiba. eu estava beijando meu primeiro oriental, as pessoas me observando, os não conhecidos poderia pensar: “olha, dois caras de beijando”, os mais conhecidos poderiam estar pensando: “é, jarbas pegou o cara”, mas pra mim era uma multidão frenética comemorando meu objetivo alcançado. a gente ficou um tempo se beijando e não passou disso, ele era bem menos liberal com caricias com semelhantes em publico, o que não me incomoda. como comentário pessoal, eu digo que foi bom, e por mais que eu quisesse, devo dizer que com aquele japa foi mais um caso de just-one-night-of-kisses. a titulo de curiosidade, o nome dele lembra o som do kanji do numero cinco, aos mais curiosos, “google it”.se é ele, eu não sei. se é um oriental, eu também não sei. mas eu sei que quero algum alguém, algum amor. se for oriental, melhor ainda, vou te contar...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

i will be back!

por que, nem tudo que está esquecido, está morto... e tudo que adormece, um dia, acorda.