quarta-feira, 21 de julho de 2010

mudar é preciso [?]

este blog nunca teve carácter póstumo, nunca pensei numa data para terminar e continuo não pensando. mas os últimos fatos que ocorrem por aqui me fez criar receio em divulgar o que ocorre comigo, pessoas que conheço, lugares que frequento. me questionei, pela primeira vez, desde 2007 [quando o blog começou] se não tava me expondo demais. contar as "coisas que só acontecem comigo" nunca foi algo que me preocupasse, mas agora preocupa.

não vou fechar o blog. só assim Vou Te Contar...

terça-feira, 13 de julho de 2010

história 202: eu daria...

era um dia normal de trabalho ou deveria ser. eles entraram na loja que eu trabalho e foram direto na direção de meu balcão. eram três, dois meninos visivelmente gays, ambos bonitos, e uma menina – sempre tem a fag hag, né?! eles queriam um daqueles celulares recém lançados, mostrei o tal celular, falei das funções e o aparelho, que vinha com uma caixa de som de brinde. enquanto demonstrava pra o menino, ele viu um outro celular, da mesma marca, da mesma linha musical, mas mais barato, contudo não vinha com a caixa de som de brinde.

- ai, moço consegui uma caixinha nesse mais barato – choramingou.
- infelizmente eu não posso – respondi. e eu realmente não podia.
- pode sim... – ele recomeçou, já sorrindo – eu sei que você pode moço, ajuda os amigos.
- é verdade... não posso mesmo. as caixinhas vêm dentro da embalagem do celular que está lacrada, proteção de fabrica.
- você pode abrir uma das embalagens, pega uma caixa pra mim e fica tudo bem...

sorri alto. nessa altura do campeonato todos do departamento estavam prestando atenção na conversa, afinal de contas eu era o único que tava atendendo um cliente.

- sério, eu não posso te dar, se eu pudesse eu te daria... – antes de terminar de falar eu fiz silencio abruptamente, maliciando a frase anterior, e nunca tentativa de concertar a coisa eu completei: “a caixinha, eu te daria a caixinha de som, claro!”

por minha culpa, todos ao redor perceberam, mesmo não intencional, o duplo sentido da frase e todos riram. eu fiquei magenta de tanta vergonha.

- mas se você quiser me dar algo além da caixinha de som, a gente negocia – o menino disse, alto suficiente para apenas ele e eu ouvirmos.

eu preferi sorrir apenas e não dizer mais nada. já diziam que peixe morre é pela boca. depois de ter pago o celular, o mais caro, inclusive, o menino estendeu a mão e agradeceu pelo atendimento, se apresentou dizendo o nome e antes de sair da loja disse:

- então, foi um prazer, Jarbas. a gente se vê por ai.

me despedi, mas não vou mentir que desejei o mesmo. me mantive trabalhada no profissionalismo. fora da loja a coisa mudaria de figura, porém de uniforme sou assexuado, praticamente uma samambaia. de qualquer maneira, se fosse para admitir algo, eu admito, pra ele eu daria. vou te contar...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

ctrl + c, crtl + v ou nostalgia, me copia

abri meu e-mail, como de costume. e como de costume haviam algumas notificações de novos comentários em meu blog, esse blog que você tá lendo agora. esse mesmo blog que eu dei inicio a quase 4 anos atrás. e por incrível que apareça tinha um cometário de um certo Filipe Pereira – que é um espírito de luz –, elogiando o texto e me alertando que tinha alguém copiando meus textos. ele deixou um link, até achei que fosse um vírus, um desses spams, sabe? mesmo assim, fui lá conferir.

ai, que loucura! dei de cara com minha ultima história já na home do blog. pensei: "ah, ele só copiou um textinho, coitado!"... ledo engano, Leda Nagle. fui nos arquivos do tal blog – que vocês vão poder conferir, por que sou má e vou deixar o link do blog aqui –, e o menino que se chama Diego Lacerda estava me copiando desde março de 2009 com o texto "morri [?]", que ele nem se deu o trabalho de mudar o titulo. a loucura continuou... a cada mês mais e mais textos meus pipocavam na tela.

todos os textos de Abril, Maio, Junho, Agosto, Setembro e Outubro de 2009 eram meus, mas a giripoca puiu quando eu fui nos arquivos de Dezembro de 2009 e lá tinha o texto "Chove chuva, chove sem parar ♪", que é de minha autoria – ai, que duvida! – esse é o texto que eu mais amo, minha abro prima. foi uma situação que aconteceu com minha mãe. ele não tinha o direito de copiar... ferveu meu sangue. foi nesse momento que você assinou seu sentaça de morte, em vida, Diego Larcerda.

não precisa nem dizer que o resto de 2010 inteiro é meu... até um texto, insano, que escrevi descrevendo como séria meu funeral, ele copiou. por isso, gente, eu clamo por uma resposta: CADÊ A IDENTIDADE DESSA PESSOA?! sério, esse Diego Lacerda deve ser sérios problemas psicologicos, mas com disse meu amigo do cool in the heat: "...mas por outro lado é chic ser copiado, hehehe louco!" e não é verdade? me senti importante e olha que meus textos nem tem tanto qualidade literária assim... são só relatos de meu dia-a-dia, algo que poderia ser considerado como algo bastante egoista, né?! será que essa pessoa se identifica tanto assim com minha vida?

enfim, não vou começar um discurso sobre direitos autorais, porque acho dispensável, mas devo dizer que vou tomar as providências para o tal Nostalgia indispensável ser tirado da rede, afinal de contas, eu não dei permissão para o mocinho me plagiar. paramos por aqui? não, né?! dentro de meus direitos, deixo o link do blog, para vocês me ajudarem e denunciá-lo por plágio.

link:
http://www.nostalgiaindispensvel.blogspot.com/

desde já agradeço a vocês que denunciarem, você Filipe Pereira por me avisar desse puta falta de sacagem e ao Foxx pelas dicas de licença e a campanha no twitter contra o plágio, muito obrigado mesmo.
ah, não poderia deixar de avisar que esse blog, apatir de agora, tem a licença Attribution-ShareAlike 3.0 Unported. isso significa que você pode usar qualquer um dos textos ou partes deles, inclusive para uso comercial, contando que dê os devidos créditos, em todo caso, pra mim, que sou o real autor de toda esse obra.
sem mais,
beijos, me copia!

sábado, 3 de julho de 2010

história 201: bicha má ou o poder da roupa

eu estava no James Bar - pra variar – dançando, cantando, bebendo, sorrindo, conversando e outros muitos gerúndios de uma pessoa ungida na glória da noite. adquiri uma Heineken – porque sou apaixonado pela verdinha – e subi para a parte de cima do bar. fiquei por ali observando as pessoas, vendo o DVD do Arctic Monkeys que passava pela 150ª vez - só naquela noite. fiquei aguardando algo acontecer, e aconteceu.

a bicha, trabalhada na maldade, caminhou em minha direção, parou sorridente e disse num tom de deboche:

- camiseta Riachuelo, né?!

fiquei 10 segundos em silêncio, imóvel, com minha melhor cara de origami – sem expressão –, incredulo e antes de agir, pensei qual era o sentido daquela abordagem fail, depois pensei em tudo que eu poderia fazer com aquela homossexual passiva. eu poderia (a) dar um grito estridente e avançar com minha Gillette na mão pra rasgar a cara da desgraçada, mas isso causaria minha expulsão do bar, (b) cuspir na cara da maligna e sair fina ou (c) não falar nada, virar as costas e voltar pra pista e dançar feito biscate. o mais prudente era sair e fingir que nada tava acontecendo e voltar pra meus gerúndios de um ser ungido. mas eu, trabalhada na glória, apenas disse:

- é verdade, a camiseta é Riachuelo, mas sabe qual a diferença entre ela em mim e em você?

a bicha não disse nada, mas o olhar demoníaco se mantinha. eu continuei:

- a diferença é que em mim, nenhum deles vai crer que é uma Riachuelo, não que isso tenha problema, mas em você, meu amor, não garanto.

(bate cabelo) desci a escada e voltei a dançar, sem dar chance para o exu-gay falar algo. e pra falar a verdade, nem o vi o resto da noite inteira. fim da história, mas eu não poderia deixar de questionar – outra vez: qual o objetivo dessa abordagem, gente? o que essa pessoa ganhou identificando, o que, teoriacamente, seria uma camiseta de uma marca “inferior” – inferioridade, talvez comprovada, caso fosse comprada a um Armani, Calvin Klein, enfim...? sim, eu uso C&A, Renner e Riachuelo. sim, eu acho peças que me agradam nessa lojas de fast fashion, uso e não nego. acredito que a roupa não faz de você, o que você é. ou melhor, não é sua roupa, exclusivamente, que te torna o que você. não to aqui pra desmerecer o poder da indumentária, até porque, eu faço faculdade de moda e isso sério uma hipocrisia imensa, acredito no poder da roupa, mas pare e pense, se tratando de roupa: tudo é efêmero. quem dá importância pra roupa, somos você e eu, porque no fim elas só servem pra nos proteger do frio, do calor e cobrir nossos orgãos sexuais. pronto!

no fim, um ser humano desses é digno de pena. super valoriza o que não deveria ser super valorizado, mas nesse mundo, é cada um por si e, tomara, que Deus por todos. vou te contar...