quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

história 207: só Jesus salva!

Aquele não dava para ser considerado um dia bom. Se eu fosse pontuar todas as coisas que não deram certo [no período de menos de 12 horas] não seria essa uma crônica, mas uma nova versão do livro das Lamentações da Bíblia. Dentre muitas coisas que aconteceu, eu tive que caminhar do quinto dos infernos até a casa do caralho [e voltar] sob um sol [que não era o da Toscana] de mais de 30° C, brigar com atendente de duas prestadores de serviço, discutir com gente desaforada em fila, entre outras coisas. Àquela altura do dia a única coisa que eu queria era chegar em casa deitar na cama e chorar de desespero, mas como lá não tinha comida resolvi ir para casa de minha tia almoçar.

Repara...
Na volta, entrei no ônibus e o único lugar vazio era ao lado de um boy magia, rapaz branco, cabelo cortadinho, queixo quadro, boca vermelha, corpo bacana... fui me aproximando e agradecendo a Deus por não ser cego, quando eu me sentei o rapaz sorriu para mim e que sorriso! Já passei logo: “aii Deus! Não me tenta porque eu sou fraco e o Senhor já sabe que eu vou cair” [só para explicar, eu estava namorando na época].

Olhei de novo para o rapaz... ele sorriu em resposta. [gelei] “Será que ele estava me paquerando?!”, já estava me iludido. Acho que eu até podia me permitir, né?! Mesmo que eu não fosse ficar com o rapaz [porque sou fiel], mas massagear o ego é sempre bom. Olhei uma terceira vez para o moço, que sorriu mais uma vez e me estendeu a mão, nela um papel... “aii meu Deus! É o telefone dele!”, deslumbrei antes de olhar o conteúdo escrito. Passado o afobamento inicial, segurei o papel diante dos meus olhos e conferi que não era o número do rapaz, mas um folheto de uma dessas igrejas evangélicas qualquer escrito uma mensagem de amor, fé e esperança [que eu nem fiz questão de gravar na cabeça] e com letras garrafais: ‘SÓ JESUS SALVA’. Né?!

– Deus odeia o pecado, mas ama o pecador! – o rapaz disse.


Soltei um sorriso amarelo e agradeci o rapaz, desci 3 pontos antes de minha casa, como forma de autopunição. Afinal de contas, não há nada tão ruim que não possa piorar, vou te contar...

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