sábado, 13 de junho de 2015

história 209: tá amarrado, Jeová!


Finalmente 18 horas e eu estava indo embora do trabalho. a vida não era em nada bucólica, na rua carros, buzinas, gente para lá e para cá, o movimento de voltar para casa estava a todo vapor. Eu fui para o ponto de ônibus e para minha sorte assim que cheguei meu ônibus estava lá parado, só me esperando, minha felicidade maior foi perceber que tinha um lugar vazio ao lado de uma senhora. YAS! Eu iria sentado.

Ela sorriu simpática quando me sentei, notei pelas roupas, o cabelo comprimo demais e a Bíblia no colo que ela deveria ser evangélica, não que esse seja o ponto principal da história, só uma colocação necessária. Pois bem, motorista fechou a porta e seguimos viagem adentrando o engarrafamento à nossa frente.

O movimento do ônibus pareceu ninar a senhora que caiu no sono segundos depois que o automóvel começou a se movimentar. E como é de se esperar, quando se está no meio de engarrafamento de carros é que os mesmos vão andar, parar, andar mais um pouco, parar, às vezes nem anda tanto assim, mas anda, e nesse ritmo que Deus ajuda a todos nós a chegar em casa. Só que toda vez que o motorista dava aquela parada, muitas vezes brusca, porque eles esquecem que estão carregando gente, mas sacos de batata, a senhora ao meu lado despertava do sono, era um fluxo do ônibus andar, parar, a senhora acordar assustada.

"Eita meu Deus!", soltou num das primeiras vezes.

"Valei-me, Nosso Senhor!", assustou-se quase batendo a cabeça na poltrona a frente.

Eu observando aquela cena e segurando meu riso, quando o ônibus andou um pouco mais, um carro entrou na frente do veiculo, o motorista apertou a buzina freando cinematograficamente, foram uns 10 segundos de turbulência em que todos se mexeram na cadeira, a senhora que já dormia acordou sobressaltada, com a pancada na cabeça na poltrona da frente e gritou: "TÁ AMARRADO, JEOVÁ JIREH! HOJE O INIMIGO NÃO VAI TRIUNFAR. TÁ REPREENDIDO!"

Foi uma cena tão rápida dela ter acordado, batido a cabeça na poltrona da frente, ter deixa claro para satanás que ele não iria vencer aquele dia e voltar a dormir de novo que se eu não tivesse ao lado daquela senhora não teria identificado de onde tinha partido o grito, inclusive acredito que ninguém que estava no ônibus e até hoje não sabe de onde veio o clamor.

A viagem seguiu bem, a senhora desceu um ponto antes de mim. É, somos vizinho... e o resto não é tão interessante. vou te contar...

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